Este Governo vai ficar na história como o verdadeiro campeão do ataque a tudo que é vida no mundo rural.
Depois da estocada final sobre o que ainda restava dos serviços públicos em meio rural, passou à ofensiva alterando a lei dos baldios com vista à privatização destes bens comunitários e a sua entrega aos interesses da indústria de celulose e Comunidades Intermunicipais.
Não contente com tudo isto, (contra as propostas da CNA e suas associadas) o Governo, acabou por não aproveitar a margem de manobra prevista na reforma da PAC, ao invés, optou por um modelo focado essencialmente nas produções super-intensivas do agro-negócio, privilegiando as grandes explorações e grandes proprietários absentistas, em detrimento da agricultura familiar portuguesa.
Bem pode o Governo jurar a pés juntos que tais medidas têm a ver com decisões comunitárias, o que é redondamente FALSO, pois estas são na verdade opções políticas que traduzem o reforço das ditas mordomias para os mesmos de sempre.
Das imensas conquistas que o povo português alcançou com a revolução libertadora do 25 de Abril, cujo 40.º aniversário comemoraremos neste ano de 2014, que lhe deram características de uma revolução não apenas democrática e nacional, mas já com objectivos socialistas, e onde podíamos identificar as nacionalizações, o controlo operário ou a Reforma Agrária, entre outras, a entrega dos baldios, depois de muitos séculos, aos seus legítimos donos, as comunidades locais, é uma das mais importantes porque correspondendo aos anseios profundos de largas faixas da população portuguesa, instituiu a gestão pelos seus legítimos donos e possuidores – os povos.
No pavilhão da Imigração na Festa do Avante!, o convívio solidário entre todos os camaradas e amigos, imigrantes ou não, é o principal cartão de visita que faz deste um espaço obrigatório de paragem. Atendendo à crescente e diversificada presença de comunidades imigrantes no nosso país, o PCP tem-se destacado na defesa dos direitos destes trabalhadores e pela sua unidade na luta com os autóctones. Somos o partido com maior e mais qualificada intervenção política nesta área, e o facto reflecte-se na exposição que a Organização da Imigração apresenta este ano, onde são tratadas matérias como a defesa dos direitos, a acção nos parlamentos, o nacional e o europeu, e as especificidades das comunidades de origem africana, do Leste da Europa ou do Brasil .