Cerca de nove por cento de consultas no Serviço Nacional de Saúde e 15 por cento de urgências não se realizaram em 2015 devido a incapacidade dos utentes para pagar as taxas moderadoras.
A conclusão consta de um estudo, apresentado dia 8 em Lisboa, pela escola de gestão de informação da Universidade Nova de Lisboa.
A análise revela ainda que cerca de mais de cinco por cento dos exames de diagnóstico não puderam ser feitos pela mesma razão.
Sem o entrave das taxas moderadoras, teria havido em 2015 um acréscimo de 2,8 milhões de consultas nos centros de saúde, de 1,2 milhões de consultas de especialidade hospitalar e 1,1 milhões de episódios de urgência.
Baseando-se em inquéritos representativos da população, o estudo mostra que a grande maioria da população portuguesa considera o valor das taxas moderadoras elevado e apenas 35 por cento o classificam de adequado.
Prisões sobrelotadas
Portugal era o nono país da Europa com maior sobrelotação nas cadeias em 2014, segundo um relatório do Conselho da Europa divulgado dia 8.
Além do nosso País os estabelecimentos prisionais mais sobrelotados encontram-se na Hungria, Bélgica, Macedónia, Grécia, Albânia, Espanha, França e Eslovénia.
Em 2013, a capacidade das prisões portuguesas era de 117 presos por 100 lugares, passando para 111 detidos em 2014, sendo a média dos 47 países do Conselho da Europa de 94 presos por 100 lugares.
O documento refere ainda que cada preso custou ao Estado português, por dia, 41,45 euros em 2013. Este valor desceu 12,25 euros em relação a 2010, quando cada recluso custava, por dia, 53,7 euros.
Assédio vitima 1,5 milhões
Mais de 1,5 milhões de pessoas foram vítimas de assédio moral ou sexual, segundo indica um estudo, divulgado dia 9, da responsabilidade da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego.
Os dados mostram que o assédio sexual atinge 12,6 por cento da população activa, enquanto a média dos países europeus ronda os dois por cento. No assédio moral, a relação é de 16,5 por cento para Portugal e 4,1 por cento na média europeia.
A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa irá debater, no próximo dia 25, um relatório que implica directamente o primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaçi, na extracção e tráfico de órgãos humanos.
O documento de 28 páginas, já aprovado em Comissão em meados de Dezembro, confirma que os principais responsáveis do chamado Exército de Libertação do Kosovo (UÇK) se dedicaram ao tráfico de órgãos retirados a prisioneiros sérvios entre 1998 e 2000.
Thorbjørn Jagland (há quem escreva Thorbjorn Jagland ou Thorbjoern Jagland) é um nome que, praticamente, nada diz aos nossos leitores...
Todavia, este norueguês é uma pessoa importante.
Thorbjorn Jagland é Secretário Geral do Conselho da Europa desde 1 de Outubro de 2009. Foi Primeiro-Ministro da Noruega de 25 de Outubro de1996 a 17 Outubro de 1997. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros de 17 de Março de 2000 a 19 de Outubro de 2001. Foi Presidente do Parlamento da Noruega (Storting) de 10 de Outubro de 2005 a 1 de Outubro de 2009. E foi membro do Parlamento entre 1993 e 2009.
É um dos muitos vice-presidentes da Internacional Socialista.
Caramba, é uma pessoa mesmo importante!
Em 2009, Thorbjørn Jaglandtornou-se Presidente do Comité Nobel Norueguês, aquele que distribui o Prémio Nobel da Paz.
Aqui, os nossos leitores mais ingénuos dirão que ele é uma espécie de Sua Santidade que faz beatificações e santificações ao distribuir os Prémios Nobel da Paz.
Os nossos leitores menos ingénuos quererão saber o que ele disse e o que ele fez.
A verdade, a crua e cruel verdade!, é que Thorbjørn Jagland é, também, membro da Assembleia Parlamentar da NATO! Leia em francês
Para Ler: (a posição que ele tomou em 26 de Maio de 2003 na referida Assembleia)
Em francês:
«Thorbjørn Jagland (N) regrette que, en l'absence d'un accord préalable de l'ONU, la Norvège n'ait pu suivre les États-Unis sur la manière de traiter le régime irakien. La politique étrangère de Washington est incohérente : si l'administration américaine veut véritablement combattre le fondamentalisme islamiste et le terrorisme, pourquoi soutient-elle l'Arabie saoudite etn'intervient-elle pas en Syrie et en Iran? L'intervenant a demandé qu'une définition commune du terrorisme et de ses causes soit établie, de même qu'une stratégie conjointe visant à combattre les deux. À cet égard, la "feuille de route" pour le règlement du conflit israélo-palestinien est un grand pas en avant.»
Em inglês
«Thorbjørn Jagland (N) regretted that without prior UN approval Norway could not follow US leadership over how to tackle the Iraqi regime. He commented that, in his view, US foreign policy had been inconsistent and asked why, if it was serious about combating Islamic fundamentalism and terrorism, the US supported Saudi Arabia andwhy it did not act in Syria or Iran?He called for a common understanding of terrorism and its causes as well as a common strategy to fight both. In this respect, the "Road Map" for a solution to the Israeli-Palestinian conflict was an important step forward.»
Para Ler: (algumas posições que ele tomou em 13 ou 14 de Novembro de 2004 na referida Assembleia)
Em francês:
«Jagland (NO) déplore l’absence de principe clair pour lutter contre les groupes terroristes. (...) M. Jagland (NO) juge "impératif" d’impliquer des pays musulmans en Irak.»
Em inglês
«Thorbjoern Jagland (NO) bemoaned the lack of a clear concept to tackle terrorist groups. (...) Mr Jagland (NO) considered it "imperative" to involve Muslim countries in Iraq.»
Para Ler: (algumas posições que ele tomou em 26 de Novembro de 2009 na referida Assembleia)
Em francês:
«M. Jagland dit que si l’Alliance est en Afghanistan ce n’est pas pour son intérêt propre, mais pour mettre un terme à la tyrannie, dans le cadre d’une résolution des Nations unies visant à faire cesser le terrorisme et à empêcher des conflits futurs. Chaque défi réaffirme la nécessité, pour l’OTAN, de mettre en place des alliances et de s’adapter aux nouvelles réalités.»
Em inglês
«Mr Jagland said that NATO is not in Afghanistan for the sake of NATO; it is there to stop tyranny under a UN resolution to stop terrorism and future wars. Each challenge reaffirms the need for NATO to build alliances and adapt to the new realities.»