«Em Novembro de 2012, o jogador (...) deixara exultantes os palestinianos quando decidiu doar 1,5 milhões a crianças e escolas na Faixa de Gaza, depois de ter ganho uma Bota de Ouro, leiloada pela fundação do clube espanhol. Já em 2010, o madeirense que iniciou a carreira no Sporting vendera uma grande parte do seu calçado desportivo para financiar escolas no território fronteiriço com o Egipto e governado pelo movimento islâmico Hamas, onde nada ou ninguém entra sem autorização de Israel.»
«Um mês após o jogo da Seleção Nacional frente a Israel surgem agora imagens que mostram Cristiano Ronaldo a recusar trocar a camisola com um dos jogadores da equipa adversária.
«Não troco camisola com assassinos», terá afirmado o jogador nos balneários, quando os jornalistas o questionaram porque recusou a troca de camisolas.»
1. Agora Obama é o Presidente dos EUA e os problemas que enfrenta não se resolvem com discursos e disputas eleitorais. Aqui, como aí, e, talvez, um pouco por todo o mundo, no entanto, não se vai ao fundo das questões. Tem mais interesse falar da morte de um artista que deixou de o ser há muito, de um acidente de avião que não deveria ter sido autorizado a levantar voo, de um governador (Carolina do Sul) e sua amante, da última vitória futebolística do Brasil, do custo do Cristiano Ronaldo, ou das coisas do tempo, porque, como se sabe, chove na época das chuvas e faz calor nos tempos de haver sol até fartar...
2. Para que não pensem que a situação é apenas grave nesse rectângulo à beira mar plantado, aproveito para vos dizer que, finalmente, se sabe quem ganhou as eleições para Senador de Minnesota. Poderão pensar que nada tem a ver uma coisa com a outra. Mas, na minha modesta opinião, tem mesmo muito a ver... com o estado em que se faz política e, portanto, em que se enfrentam os problema reais que atingem as pessoas reais, como nós.
3. As eleições foram em 4 de Novembro do ano passado, lembram-se? No dia em que houve eleições para Presidente dos EUA, em que concorreram dezenas de candidatos mas em que só se falava do Obama, do McCain e da Sara Pallin... Nessa mesma data houve eleições várias e diversos referendos...
4. Passaram-se 9 meses!!!!!!!!!!!!!! Contaram-se e recontaram-se 3 milhões de voto. Apresentaram-se recursos, reclamações, razões e desrazões,... Tudo porquê? Porque, se se confirmasse a vitória do candidato do Partido Democrático, este passaria a ter 60 dos 100 Senadores e, portanto, a maioria qualificada necessária para poder votar sem problemas (há votações que, no Senado, exigem esse número de votos). Tudo isto provocado pelo Partido perdedor (o Republicano) e o seu derrotado candidato que, entretanto, porque já era Senador, continuou a ocupar o seu cargo e a recusar levantar o seu republicano assento da cadeira do poder em que se havia instalado!!!!!!!!!!!!
5. Imagine-se que isto se passava (se fosse possível) em Portugal!...
6. Não são necessários comentários. Ouça-se Medina Carreira e imagine-se o que vai por esse mundo fora. Aqui, na capital do império em derrocada, a situação é bem pior: maior a nau, maior a tormenta.