Os vários serviços de informações dos EUA gastaram cerca de 68 mil milhões de dólares (54 mil milhões de euros) durante o ano orçamental de 2014, terminado em Setembro.
Segundo as autoridades federais revelaram dia 30, o programa nacional de informações, incluindo a CIA, custou 50,5 mil milhões de dólares e o programa militar de informações 17,4 mil milhões.
«O País continua mergulhado numa crise profunda. A dívida pública interna aumentou para um nível astronómico. A dívida externa é a maior do mundo. O défice da balança comercial é colossal. Os EUA são hoje um estado parasita que consome muito mais do que produz e mantém a hegemonia mundial em consequência do seu enorme poderio militar. A política financeira de Obama, concebida para favorecer as grandes transnacionais e a banca, contribuiu para agravar o desemprego e manteve na miséria dezenas de milhões de famílias.»
«The significance of the re-election of the first African-American president should not be lost as we move into the post-election landscape. It says a lot about the desire of a huge section of the Black, white and Latino/a masses, both the workers and some in the middle class, and especially the youth, to work together to solve the dire and mounting problems that face them: layoffs, low wages, crushing debts, lack of health care, growing climate disasters, and — especially for the oppressed Black, Latino/a and Native communities — unbridled police terror against the poor.»
«O sistema político faz a sua parte, impedindo na prática a participação de outras forças políticas que não os dois partidos do sistema na gestão dos destinos dos EUA. Mas não é apenas o sistema político e eleitoral que garante a permanência das «duas cabeças» de um mesmo poder na Casa Branca. O financiamento das campanhas eleitorais tem aqui um papel fundamental. Nestas eleições os dois partidos juntos terão gasto nada mais nada menos do que seis mil milhões de dólares. Uma soma astronómica que demonstrando na prática quem está por detrás da «democracia» norte-americana funciona também como «filtro decantador» relativamente a quaisquer eventuais alternativas políticas.»
«Os seis maiores bancos norte-americanos registaram lucros de dezenas de milhares de milhões de dólares em 2011, cenário que contrasta com o alastramento da pobreza e das desigualdades no país.»
(...)
«46 milhões de norte-americanos recebem senhas de alimentação»
Presidente da República, 1º Ministro, demais governantes, economistas do sistema, antigos e actuais representantes das organizações do grande patronato, banqueiros e seus representantes andam TODOS a violar desbragadamente o 8º Mandamento da Igreja Católica.
Mentem despudoradamente quando afirmam que «o povo vive acima das suas possibilidades» e que esta é a causa principal da crise. Fingem não saber (alguns não sabem mesmo!) que esta é uma crise do sistema capitalista clássica de sobreprodução e de falta de mercados. Marx explica, mas não o estudam…
Alguns dados a nível internacional:
Em 12 meses, o crescimento da fortuna dos mais ricos foi duas vezes superior ao aumento da riqueza mundial como um todo. Os milionários no mundo (que representam menos de 1% da população mundial) controlam 38,5% da riqueza mundial. Seiscentos biliões (milhões de milhões) de dólares em «derivados financeiros» (capital fictício), tal é o valor em causa na banca americana!!! E 81,13% dos 750 biliões de dólares que constituem a dívida dos EUA provêm dos «derivados financeiros». Nos últimos três anos o valor do resgate aos bancos da União Europeia (U.E.) pagos pelos contribuintes ascendeu a mais de quatro biliões de euros.
E em Portugal?
A maioria da população que vive de rendimentos do trabalho (de um salário ou de uma reforma) viu cair, números redondos, nos últimos trinta anos a sua participação neste rendimento de 60 para menos de 40%. Isto apesar do aumento da riqueza criada. Só nos últimos quinze anos o PIB cresceu, em termos reais, cerca de 30%. Mas a distribuição não se alterou. Veja-se o caso paradigmático dos executivos financeiros. Estão em nono lugar num conjunto de 13 países, com uma média de 845 mil euros anuais. Mais de 124 vezes o rendimento de quem ganha o salário mínimo!!!
Só nos últimos cinco anos, entre 2005 e 2010, os 5 maiores bancos arrecadaram 15.000 milhões de euros de lucro. As duas maiores empresas do sector energético (EDP e GALP) 10.000 milhões aproximadamente e a PT cerca de 9.000 milhões. O stock oficial nos paraísos fiscais das entidades portuguesas em 2009, referenciados pelo FMI, era de 65 mil milhões de euros.
De acordo com os dados do Banco de Portugal, a dívida pública atingiu os 106,6% do PIB no segundo trimestre deste ano. O que traduz uma subida de mais de 12 pontos percentuais face aos primeiros três meses de 2011. Recorde-se que em 2000, a dívida pública representava 48,7% do PIB. Em 2005 os 61,7%. Em 2007 era de 68,3%. Sobe para os 71,6% em 2008. Para 83% em 2009. Alcança os 93,5% em 2010. Porque nos escondem quem fez a dívida, como foi gasto o dinheiro, quem são os nossos credores?
Mentem quando proclamam ou a sua política e o Pacto, ou a bancarrota. Ou é isto ou não há dinheiro para salários e ficamos sem financiamento. E no entanto o dinheiro nunca faltou. Nem aos agiotas que cobram juros astronómicos, nem aos mega bancos, nem ao grande capital.
A propósito: quanto emprestou a banca ao Estado e quanto recebeu? O que vai deixar de receber é calculado em função dos lucros que esperava arrecadar? Quanto «perdeu» a banca e quanto vai receber?
Há muito se percebeu que os programas de austeridade, ditos de combate à crise e ao défice, são pretexto para uma ofensiva com um objectivo muito concreto: obrigar as populações que vivem do seu trabalho a trabalhar mais e a receber menos.
É falso que não haja alternativa. A resolução de uma crise económica pressupõe SEMPRE uma opção política. Como diz o povo «quanto mais calados, mais roubados». Por isso a resposta aí está: no Parlamento e nas instituições. E, sobretudo, na rua e nos locais de trabalho. No final se verá que é mesmo «o povo quem mais ordena».
Nota de despedida: comecei a minha colaboração regular no «Público» em Abril de 2002 com uma adaptação do Novo Testamento «Não lhes perdoeis, Senhor, que eles sabem o que fazem!». Termino com a Bíblia e o «8º Mandamento». Estou certo que a direcção deste jornal não deixará neste espaço de Opinião a área de pensamento político e ideológico do marxismo-leninismo vazia.
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
In jornal "Público" - Edição de 29 de Outubro de 2011
Ao aproximar-se do cerne da crise sistémica global que, segundo o LEAP/E2020, corresponderá ao segundo semestre de 2008, doravante já é possível apreender melhor as grandes tendências que definirão as taxas de câmbio, o comércio mundial e as dinâmicas regionais num prazo de cinco anos. Com efeito, algumas das principais características da fase dita de "decantação" da crise começam a delinear-se. O LEAP/E2020 decidiu portanto apresentar neste GEAB Nº 24 suas primeiras antecipações sobre estas grandes tendências no horizonte 2011/2013. Estas antecipações são certamente úteis para os investidores individuais que desejarem ter uma certa visibilidade a médio prazo. Elas podem igualmente ser muito particularmente pertinentes para as empresas exportadores e as autoridades económicas e financeiras que têm necessidade de tal visibilidade para elaborar suas decisões estratégicas, num momento em que se afunda o conjunto das referências e das certezas que fundamentaram a economia e as finanças mundiais destas últimas décadas.
Aqui vão algumas notícias da última hora enviadas pelo nosso correspondente:
Falências de companhias aéreas
Foi anunciada hoje, 11 de Abril, a falência da FRONTIER AIRLINES HOLDINGS INC.
Era a segunda maior companhia que operava no Aeroporto Internacional de Denver. Servia 62 cidades em 36 estados americanos, 6 no México, 1 no Canadá e 1 na Costa Rica. Tinha cerca de 6 mil empregados.
Esta falência vem juntar-se a outras 3: ALOHA, em 30 de Março; ATA, em 2 de Abril; SKYBUS, em 5 de Abril.
Problemas de manutenção em aviões obrigam a cancelar milhares de voos
A AMERICAN AIRLINES cancelou hoje [11 de Abril] 570 voos. Nos últimos dois dias foram afectados cerca de 330 mil passageiros.
O CEO da Companhia, Gerard Arpey, disse ontem que as indemnizações a estes passageiros serão de dezenas de milhões de dólares.
A GENERAL ELECTRIC é uma empresa de referência
Fechadas as contas do primeiro trimestre deste ano, a GENERAL ELECTRIC, anunciou uma quebra de receitas de 11% e problemas financeiros graves.
Este anúncio foi a principal causa para a imediata queda de cotações na Bolsa de Nova Iorque.
Esta empresa, pela dimensão e diversidade que atingiu, é considerada como um dos principais barómetros da economia americana.
Nos últimos dias foram revelados dados actualizados.
A taxa de desemprego continua a crescer (7.1% em Março) e a bater records e, mesmo segundo o governo de Bush, não se prevêem melhorias nos próximos 3 meses.
O problema do crédito à habitação continua a agravar-se e começa a atingir a banca estrangeira.
A China e o Japão não irão comprar mais títulos de tesouro americanos porque temem que não haja liquidez por parte das reservas de ouro dos EUA.
A dívida externa continua a crescer.
Três Governadores (um Democrata, um Republicano e um Independependente, o conhecido Schwarzenegger, da Califórnia) foram a Washington DC para, publicamente, denunciarem o estado em que se encontram as infraestruturas (estradas, pontes, etc) e a necessidade de um apoio financeiro extraordinário não considerado no Orçamento do Estado.
Na última semana faliram 3 companhias aéreas, uma delas, a conhecida Aloha que operava para o Hawaii há 60 anos.
Especialistas prevêem que o pico de falências em cadeia seja atingido no terceiro trimestre do corrente ano.
Os Bancos Centrais injectaram esta semana no sistema financeiro mais de 200 mil milhões de dólares. Desde o início da actual crise provocada pelo rebentamento da bolha imobiliária nos EUA em 2007 já vamos em perto de 1.000.000.000.000 de dólares. Número fabuloso e que se lê, um milhão de milhões. Pura e simplesmente para alimentar a continuação do sistema de economia de casino. Não foi acrescentado um cêntimo que fosse à economia mundial. Mas muitos bancos puderam respirar de alívio.
Estudos diversos admitem que a massa monetária em circulação já ultrapasse em 16 (dezasseis) vezes o Produto Mundial Bruto (PMB). Uma crise de dimensões incalculáveis pode estar ao virar da esquina.
Quem é amigo quem é? O Banco Central Europeu, a Reserva Federal dos EUA, o Banco de Inglaterra, o Banco do Japão, o...