Portugal teve, no ano passado, a segunda tarifa mais alta do gás para uso doméstico da União Europeia (10,4 euros por 100 kWh), e a maior subida de preços (11,4%), segundo um estudo do Eurostat, divulgado dia 27.
De acordo com o gabinete oficial de estatísticas, o preço médio do gás na UE foi de 7,2 euros por 100 kWh, tendo a tarifa mais alta sido cobrada na Suécia (11,4 euros).
Os impostos representam 23 por cento do preço do gás doméstico em Portugal, onde também o preço da electricidade está acima da média europeia.
No segundo semestre do ano passado, os portugueses pagaram 27,4 euros por 100 kWh, ou seja, o sétimo valor mais elevado dos países da União Europeia, apenas superado pela Itália, Chipre, Espanha, Irlanda, Alemanha e Dinamarca.
O peso dos impostos representa 42 por cento do preço da electricidade, o qual teve um agravamento de 4,7 por cento no ano passado.
A 27 de Fevereiro de 1953, faz agora 62 anos, foi assinado um acordo em Londres que tem o maior significado. 20 países decidiram perdoar mais de 60% da dívida da República Federal da Alemanha.
Assinaram o «acordo sobre as dívidas externas alemãs» com a R.F.A. os seguintes países: Bélgica, Canadá, Ceilão, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Irão, Irlanda, Itália, Jugoslávia, Liechtenstein, Luxemburgo, Noruega, Paquistão, Suécia, Suíça, Reino Unido, República da África do Sul.
O tratado foi determinante para o país se tornar numa grande potência económica mundial e num importante aliado dos Estados Unidos durante as décadas da Guerra Fria...
Um terço dos portugueses (33%) nunca usou Internet, o quinto valor mais elevado na União Europeia, a seguir à Roménia (42%), Bulgária (41%), Grécia (36%) e a Itália (34%).
No extremo oposto estão a Dinamarca com apenas quatro por cento de «infoexcluídos», o Luxemburgo (5%) e a Finlândia (6%).
De acordo com um inquérito do Eurostat, divulgado dia 18, apenas 62 por cento dos lares em Portugal possuem ligação à Internet, o quarto valor mais baixo entre os 28 estados-membros, onde a média atinge os 79 por cento, variando entre os 54 por cento na Bulgária e os 95 por cento na Holanda.
Relativamente à frequência de utilização de Internet, apenas 48 por cento dos portugueses inquiridos indicaram que usam este meio diariamente, também neste caso muito abaixo da média europeia que se situa nos 62 por cento.
E depois venham falar de «balcões virtuais» para substituirem os serviços de finanças (e outros) encerrados...
O custo do trabalho por hora em Portugal baixou 20 cêntimos em 2012, face a 2011, segundo dados do Eurostat que identificou no nosso País a segunda maior queda na União Europeia, a par de Espanha e apenas superada pela Grécia.
Os números do gabinete de estatísticas europeu, divulgados dia 10, revelam que o custo médio do trabalho por hora em Portugal (excluindo agricultura e administração pública), fixou-se nos 12,2 euros, abaixo dos 12,4 euros registados entre 2011 e 2009.
Nominalmente, a redução verificada em Portugal é igual à registada em Espanha, onde o custo do trabalho baixou igualmente 20 cêntimos, de 21,2 euros por hora para 21 euros. Queda mais acentuada verificou-se na Grécia, onde o custo laboral por hora recuou 1,3 euros, de 16,2 euros para 14,9 euros, mesmo assim muito acima dos valores praticados em Portugal.
Em nenhum outro país da UE se observou uma descida dos custos laborais em 2012, face ao ano anterior. Pelo contrário, os restantes estados-membros registaram subidas, com excepção da Eslovénia, onde o custo do trabalho por hora estagnou nos 14,9 euros.
Em média, no conjunto da UE, os custos laborais por hora aumentaram de 23 euros em 2011 para 23,4 euros em 2012, enquanto na zona euro subiram de 27,5 euros para 28 euros.
Os valores mais elevados foram verificados na Suécia (39 euros por hora) e na Dinamarca (38,1 euros por hora), enquanto os mais baixos pertencem à Bulgária (3,7 euros por hora) e à Roménia (4,4 euros por hora).
Os banqueiros portugueses estão na lista dos mais bem pagos da Europa, segundo revela um estudo publicado, dia 22, pelo jornal francês Le Parisien. Num conjunto de 13 países, as remunerações dos executivos financeiros lusos ocupam o nono lugar, com uma média de 845 mil euros anuais.
No topo estão britânicos (5,7 milhões de euros), logo seguido dos suíços (4,4 milhões) e dos espanhóis (3,7 milhões). Seguem-se os alemães (3,3 milhões), italianos (1,9 milhões), suecos (1,3 milhões), austríacos (1,2 milhões) e franceses (865 mil euros).
Os mais «comedidos» são os dinamarqueses (796 mil euros), os holandeses (623 mil euros), os noruegueses (537 mil euros) e os belgas (250 mil euros).
«Claro, clarinho, para militar compreender», como gostava ironicamente de dizer Carlos Fabião.
1: O que se pode fazer com US$700 mil milhões
Quanto dinheiro significa isto? Muitas pessoas ficam confusas ao verem números com mais de seis zeros. A dádiva proposta pelo governo Bush-Paulson e aprovada sexta-feira pelo Congresso dos EUA – para evitar bancarrotas em série tão grandes como a do banco Lehman Brothers – tem 11 zeros. Este montante, além de salvar banqueiros insolventes, poderia ser utilizado em muitas outras coisas. A revista Spiegel Onlineelaborou uma lista de possibilidades. Eis algumas delas:
2: Pagar os salários de 22 milhões de pessoas
U$700 mil milhões seriam suficientes para pagar o salário médio anual a 22 milhões de pessoas nos Estados Unidos. De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o pagamento médio por uma semana de trabalho foi de US$612 em Agosto último.
3: Estabelecer cobertura de saúde universal
Os EUA poderiam finalmente estabelecer seguro de saúde universal, um objectivo que até agora foi constantemente evitado pelos políticos. O governo poderia financiar até seis anos de seguro de saúde para cada um e todos os ciadadãos estado-unidenses.
4: Comprar um sistema de comunicações para serviços médicos de emergência
Washington poderia comprar um sistema de comunicações uniforme para todos os serviços de emergência médica do país, que é urgentemente necessário, mais de 47 vezes. Estimativas estabelecem o preço de um tal sistema em torno dos US$15 mil milhões.
5: Construir barreiras em torno de Nova Orleans
O projecto para fortalecer as barreiras em torno de Nova Orleans poderia realmente ser pago mais de uma centena de vezes. Desde o Furacão Katrina, o governo gastou cerca de US$7 mil milhões em tais esforços.
6: Comprar a Dinamarca – Duas vezes *
US$700 mil milhões é suficiente para financiar as economias de países inteiros. A soma considerada pelo Congresso é mais do que o dobro do produto interno da Dinamarca, o qual em 2007 foi cerca de US$312 mil milhões.
7: Financiar todo o orçamento nacional da Alemanha durante mais de um ano
Projecções estabelecem o orçamento nacional da Alemanha para 2009 em €288 mil milhões, os quais, às actuais taxas de câmbio, resultam em cerca de US$420 mil milhões. Com esta soma de dinheiro seria possível financiar o país durante 1,6 anos.
8: Combater a pobreza em África durante 10 anos
Este montante de dinheiro poderia financiar programas da ONU para combater a fome e pobreza em África durante 10 anos. De acordo com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, o continente precisa de US$72 mil milhões por ano de ajuda ao desenvolvimento.
9: Financiar todas as operações de inteligência dos EUA durante 15 anos
O governo dos EUA poderia financiar todas as suas 16 agências de inteligência durante mais de 15 anos. Actualmente o custo anual somado das mesmas, incluindo 100 mil empregados, sistemas de comunicações, equipamento de reconhecimento e armas totaliza cerca de US$44 mil milhões.
10: Lançar múltiplos "New Deals"
Franklin Dellano Roosevelt ficaria verde de inveja. Seu "New Deal" da década de 1930, inigualável até agora como programa de crescimento, poderia ser financiado muitas vezes mais. Segundo o Wall Street Journal, os investimento de infraestrutura do programa custariam cerca de US$250 mil milhões em dólares de hoje. Estes investimentos ajudaram a construir ou renovar 8000 parques, 40 mil edifícios públicos e 71 mil escolas.
11: Salvar a Terra (ao invés de bancos)
Ao invés de ajudar bancos, US$700 mil milhões poderiam ser utilizados para salvar o ambiente. Esta, pelo menos, é a opinião de M. A. Sanjayan, cientista principal do grupo de protecção ambiental The Nature Conservancy. Embora os dados dos institutos de investigação variem consideravelmente quanto à quantia precisa que seria necessária para por o ambiente de novo numa base saudável, todos concordam em que US$700 mil milhões dava para um longo caminho.
12: Permanecer no Afeganistão e no Iraque por mais sete anos
Os números de Washington mostram quão absurdamente caras podem ser as guerras. Desde a invasão do Iraque, os EUA gastaram aproximadamente US$648 mil milhões na guerra. A níveis actuais de despesa, US$700 mil milhões seriam suficiente para travar as guerra no Iraque e no Afeganistão durante mais sete anos.
13: Voar para a Lua, repetidamente
A quantia também seria suficiente para financiar quatro missões diferentes de voos tripulados para a Lua. O programa "Apolo" da NASA, durante a década de 1960, custou cerca de US$164 mil milhões em dólares de hoje. O dinheiro também poderia comprar sete estações internacionais no espaço.
*Ou comprar Portugal – três vezes. O PIB português de 2007 foi de €162.756,1 milhões, o que equivale a US$233.805 milhões à cotação actual.