«Paulo Portas, enquanto ministro da Defesa Nacional de anterior governo, mentiu deliberadamente aos portugueses sobre a existência de armas de destruição maciça no Iraque, que serviram de pretexto para a guerra de agressão anglo-americana desencadeada em 2003.»
«A verdade é que Paulo Portas, regressado de uma visita de Estado aos EUA, declarou à comunicação social que “vira provas insofismáveis da existência de armas de destruição maciça no Iraque” (cito de cor mas as palavras foram muito aproximadamente estas). Ele não afirmou que lhe tinham dito que essas provas existiam. Não. Garantiu que vira as provas. Ora, como as armas não existiam logo as provas também não, Portas mentiu deliberadamente. E mentiu com dolo, visto que a mentira visava justificar o envolvimento de Portugal naquela guerra perversa e que se traduziu num desastre estratégico. A tese de que afinal Portas foi enganado não colhe. É a segunda mentira. Portas não foi enganado, enganou. Um político que usa assim, fraudulentamente, o seu cargo de Estado, não deve voltar a ser ministro.»
A coisa está feia, portanto! Os homens ainda chegam a vias de facto! Será que vai correr sangue? Bem, se é preciso derramar sangue, senhores ministros, que seja o vosso, que seja o vosso... Mas bem na frente de combate! No Afeganistão, por exemplo! Vão reforçar o número de soldados, lutando por uma causa que vos é cara, para contentamento de todos!
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
Post scriptum:
Na referida entrevista, pergunta a jornalista Luísa Meireles (com o mesmo à-vontade de quem coloca uma questão banal):
«Descarta o envio de batalhão de 600 homens, ou de um destacamento de F-16, como foi sugerido na imprensa?»
Resposta "diplomática" de Augusto Santos Silva (que não responde directamente à pergunta como se exigia num caso tão grave):
«Há uma decisão política tomada em Portugal, dela decorre o reforço. Quando os aliados dizem que é preciso reforçar a presença, nós dizemos, é verdade, estamos de acordo, e até já decidimos reforçar.»
É uma forma adocicada de dizer: "Quando os aliados mandam, nós estamos de acordo". E se for preciso enviar F-16, nós enviamos!
«O ministro da Defesa afirmou hoje que Portugal tem "a porta sempre aberta" relativamente à possibilidade de alargar o apoio militar no Afeganistão, sublinhando, contudo, que um reforço de 250 militares já é "muito considerável".
Augusto Santos Silva reiterou a importância de Portugal duplicar o número de militares envolvidos na Força de Protecção Internacional do Afeganistão (ISAF), uma decisão que já estava tomada antes do anúncio do presidente Obama.
Confrontado com os apelos feitos pela NATO para que os aliados aumentem a sua contribuição militar na ordem dos 5 000 homens, Augusto Santos Silva referiu que "a porta portuguesa em relação às obrigações e solidariedade com os aliados está sempre aberta".»
Nas reportagens seguintes, Luís Amado não só teoriza na sua habitual linguagem hermética (Santos Silva é mais directo) própria dos grandes diplomatas, como passa um raspanete à União Europeia (ao que parece pelo sua falta de empenhamento).
Em carta de 7 de Dezembro à baronesa AshtonLuis Amado é mais mais concreto, embora mantenha a mesma linguagem "diplomática" (ou será "eufemística"?): «É vital que nós - a UE e os Estados-membros – nos reunamos em Londres com ideias claras do que pode ser o nosso esforço e de como podemos melhorar a eficácia global dos recursos aplicados no Afeganistão. (...) Neste contexto, uma das preocupações mais prementes é o compromisso europeu para a estabilização do Afeganistão, em suas vertentes civil e militar. (...) [a estratégia anunciada na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama] traduz uma visão clara e sensata do que se pode e deve fazer no e para o Afeganistão», e, segundo a Agência Lusa, Luís Amado mencionou o empenho de novos recursos militares, o reforço do treinamento das forças afegãs e do esforço civil para o desenvolvimento social e econômico do país. E a Agência Lusa termina assim a sua notícia: A carta inclui ainda uma referência à necessidade de os dirigentes europeus transmitirem às opiniões públicas europeias a importância da presença internacional no Afeganistão, para que seja possível ter o apoio necessário ao esforço em recursos militares, civis e financeiros.
E, tal como o autor da frase do título, Augusto Santos Silva, tanta lealdade de Portas deve-se ao amor ardente que ambos compartilham com Rumsfeld e com a NATO, ao povo do Afeganistão e, por extensão, a todo o mundo!
O bei de Tunes não quer bases militares no seu território!
O bei de Tunes é um traficante!
As denúncias acumulam-se na nossa redacção sobre o sinistro bei de Tunes que virá este ano, mais uma vez a convite do PCP, à Festa do Avante!, que decorrerá entre 4 e 6 de Setembro, na Atalaia.
O caso é grave até porque Portugal tem sido dos mais atingidos, conhecida que é a proliferação de camelos em vários sectores, com particular incidência na banca onde espalham os seus produtos tóxicos. Há quem afirme que os animais não são para aqui chamados, que não têm culpa, e que a palavra «camelo» é utilizada pelos traficantes para designar não se sabe bem o quê. Dizem que a palavra «camelo» é usada aqui como as palavras «mula» e «burro» são aplicadas a um «correio» de droga. Têm os pobres animais e os CTT culpa destas alcunhas?
No meio desta trapalhada toda o Sr. José Maria Queirós chegou a ser detido por em tempos ter escrito «Eu sou um camelo e você é Minerva» porque a frase foi entendida como sendo uma mensagem em código. Desfeito o mal-entendido o que interessa é a conclusão a que se chegou: o bei de Tunes é um tremendo traficante!