Complexo do Alemão: A manipulação da “vitoriosa guerra contra o tráfico”
Desenho de Carlos Latuff
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Desenho de Carlos Latuff
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(sublinhados meus; ler também AQUI)
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Desenho de Carlos Latuff
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Desenho de Carlos Latuff
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(sublinhados meus; ler também AQUI)
Pedro Méndez Suárez, Rebelión de 9 de Agosto
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- Dizem que vieram consumir... perdão... combater a droga...
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Para que nunca mais aconteça! (Edição N.º 1915, 12-08-2010)
Entre eles, o dirigente comunista destacou, «no Extremo Oriente, as recentes manobras militares sul-coreanas e dos EUA nos mares Amarelo e do Japão»; na América Latina, as «provocações à Venezuela, a reactivação da IV Esquadra dos EUA, a instalação de inúmeras bases militares norte-americanas na Colômbia e outros países da região e as ocupações militares de facto do Haiti e da Costa Rica e o golpe de Estado nas Honduras»; e, no Médio Oriente, as «provocações israelitas na linha azul entre o Líbano e Israel», a política de terrorismo de Estado de Israel contra o povo palestiniano ou contra aqueles que com ele se solidarizam e a «extremamente perigosa» escalada contra o Irão a pretexto do alegado perigo nuclear.»
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«O sacrifício americano» (Edição N.º 1914, 05-08-2010)
«Foi ainda desse «sacrifício» que nasceu há 50 anos o criminoso bloqueio a Cuba e, há um ano, o golpe fascista nas Honduras e, mais recentemente, a ocupação da Costa Rica e as sucessivas provocações contra os povos que na América Latina decidiram ser donos do seu próprio destino. E por aí fora, numa sucessão de «sacrifícios» que deixa atrás de si um rasto de destruição e morte – a barbárie.»
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(...) É sempre assim: «Nenhum grande banco dos EUA – incluindo a Wells Fargo – foi alguma vez formalmente acusado de violar a Lei dos Segredos Bancários ou qualquer outra lei federal. Em vez disso, o Departamento da Justiça resolve as acusações criminais utilizando acordos de adiamento do processo, em que o banco paga uma multa e promete não voltar a violar a lei». Para os banqueiros não há pistolas taser...
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A «crise» mundial está a fazer crescer o apetite pelo trabalho escravo: a cada dia que passa, milhares de pessoas são vendidas e forçadas a trabalhar ou a prostituir-se. O tráfico de seres humanos, escravatura dos tempos modernos, está a aumentar por todo o Mundo. A maior parte das histórias não são tão espectaculares – e não têm final feliz.
La cremallera de América. Antonio Medina
Rebelión 18 de Setembro
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
Cuestionan investigación de EEUU por violación de niña en Colombia
«El gobierno de Estados Unidos hizo mínimos y errados esfuerzos para investigar a un sargento del Ejército estadounidense y a un contratista civil de nacionalidad mexicana denunciados en Colombia como sospechosos de la violación de una niña de 12 años en agosto del 2007, según una investigación de El Nuevo Herald.
Los implicados, el sargento Michael Coen y el contratista César Ruiz, fueron sacados de Colombia porque gozaban de inmunidad diplomática y hoy no afrontan ningún cargo criminal en Estados Unidos por la violación de la menor en una habitación de la base Germán Olano de la Fuerza Aérea Colombiana (FAC), en Melgar, a 100 kilómetros al occidente de Bogotá.
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Basándose en testimonios y pruebas materiales, la fiscalía libró órdenes de captura contra Coen y Ruiz, pero las órdenes no fueron ejecutadas a consecuencia de la inmunidad diplomática, de acuerdo con la fiscalía regional que manejaba el caso. La investigación quedó truncada».
Las bases militares de EEUU en Colombia
«Violaciones las ha habido y las hay a granel, y a las víctimas no las salvan ni su corta edad; así han agredido hasta niñas de 12 años. En ningún caso la justicia actuó. Han filmado pornografía, han traficado con drogas, también lo han hecho con armas para irregulares. No ha habido delito que no cometieran. Ninguno de estos delincuentes fue procesado. En algunos momentos no han faltado figuras de peso en el Estado colombiano que reclamaran esa impunidad, que no inmunidad, pero no se hallaron los oídos necesarios ni las decididas instituciones para actuar».
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
- Presidente Uribe, estão a preparar uma marcha contra o terrorismo de Estado no nosso país para o dia 6
- Não sei a que propósito vem essa marcha se nós sempre temos estado pela paz... Hip!
Neste Blogue:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
O texto completo é o seguinte:
«Alvaro Uribe Velez--a Colombian politician and senator dedicated to collaboration with the Medellin cartel at high government levels. Uribe was linked to a business involved in narcotics activities in the U.S. His father was murdered in Colombia for is connection with narcotic traffickers. Uribe has worked for the Medellin cartel and is a close personal friend of Pablo Escobar Gaviria. He has participated in Escobar's political campaign to win the position of assistent parliamentarian to Jorge {(Ortega)}. Uribe has been one of the politicians, from the Senate, who has attacked all forms of the extradition treaty»
A pergunta deste concurso de verão é sobre quem disse isto. As respostas devem ser justificadas.
Quem acertar e fizer uma redacção sobre o assunto poderá receber inúmeros prémios que incluem uma estadia no Hotel Bagram recentemente remodelado.
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
Não digam nada a ninguém, mas a solução está AQUI
Texto de José Paulo Gascão
Neste artigo José Paulo Gascão desmascara a farsa mediática montada por Uribe a propósito do resgate de Ingrid Betancourt,resultante na realidade da traição de dois responsáveis das FARC. Evoca tambem - citando passagens do livro da jornalista Virginia Vallejo - pormenores da amizade que ligou o actual presidente da Colombia a Pablo Escobar, tão sólida que o rei do narcotráfico afirmava que sem a colaboração activa de Uribe o negócio da droga não teria podido desenvolver-se.
Não foi por razões humanitárias que o governo de Álvaro Uribe rejubilou com o resgate de Ingrid Bettancourt, dos 3 norte-americanos «cedidos pelo FBI à DEA» e de mais 11 prisioneiros de guerra.
O resgate do passado dia 2 de Julho também não teve nada a ver com o guião descrito pelo governo colombiano, digno de um daqueles filmes de Hollywood em que se reescreve a História da 2ª Guerra Mundial.
Um comunicado do Secretariado das FARC de 5 de Julho esclarecia que «a fuga dos 15 prisioneiros de guerra (…) foi consequência directa da desprezível conduta de César e Enrique [os dois ex-guerrilheiros exibidos na TV], que atraiçoaram o seu compromisso revolucionário e a confiança que neles se depositou». A Rádio Suisse Romande, com boas relações com o negociador suíço junto das FARC para o intercâmbio humanitário, fala num pagamento de 20 milhões de dólares.
Este revés das FARC serviu a Uribe para uma grande operação de propaganda mediática com objectivos precisos:
• Resumir o problema dos prisioneiros de guerra de cada uma das forças beligerantes a Ingrid Bettancourt e aos 3 norte-americanos. Mesmo os restantes prisioneiros resgatados ficaram no limbo noticioso: foram 11;
• Fazer esquecer que o Exército colombiano, apesar dos seus 400.000 efectivos, é incapaz de derrotar as FARC;
• Impedir o intercâmbio humanitário das centenas de prisioneiros de guerra em poder das duas forças beligerantes;
• Desviar a atenção da acusação que lhe moveu o Supremo Tribunal por ter comprado os votos no Congresso que permitiram a sua reeleição, e do facto de 32 senadores (a maioria do Partido de Uribe), num total de 102, estarem presos e/ou acusados de ligações aos cartéis da droga, aos bandos paramilitares e à venda de votos que permitiu a reeleição de Uribe;
• Dar início a uma extraordinária operação de propaganda interna e externa de auto-promoção, tentando garantir que os EUA não lhe darão o tratamento que deram ao também traficante de droga general Noriega do Panamá.
Ingrid Bettancourt
Seja qual for a posição que se tenha em relação ao conflito colombiano, o fim do sofrimento de prisioneiros de guerra é sempre um motivo de regozijo.
A verdade é que, de facto, Ingrid não é verdadeiramente uma prisioneira de guerra. Eleita senadora em 1998 pelo Partido Liberal, decide candidatar-se à Presidência da República em 2002. Como Uribe já estava nomeado pelo Partido Liberal, funda o partido Oxigénio Verde e anuncia em campanha eleitoral que ia à selva colombiana falar com Manuel Marulanda, pois era ela quem ia resolver o conflito colombiano… Interceptada num posto de controlo das FARC foi mandada de volta e em paz. Faz uma 2ª tentativa em 23 de Fevereiro de 2002 e é, por fim, feita prisioneira…
Agora, uma vez resgatada e aparentando uma saúde digna de inveja, Ingrid logo se assumiu como apoiante de Uribe, e iniciou uma campanha humanitária pela libertação dos prisioneiros de guerra em poder das FARC, esquece as centenas de prisioneiros de guerra do Estado colombiano e afasta o intercâmbio humanitário dos prisioneiros das duas forças beligerantes.
Novos dados sobre Uribe
No seu livro há pouco lançado, “Amando Pablo, Odiando Escobar” (editora Random House Mondadori), Virgínia Vallejo, que foi diva colombiana dos anos 80 (hoje com 58 anos), apresentadora de TV, repórter, modelo, actriz e amante de Pablo Escobar durante cinco anos, é, seguramente, a mais incómoda testemunha contra Álvaro Uribe que, como Director da Aeronáutica Civil da Colômbia, e citamos, «concedeu dezenas de licenças para pistas de aterragem e centenas para aviões, helicópteros, com os quais se construiu toda a infra-estrutura do narcotráfico».
De Álvaro Uribe, Pablo Escobar costumava dizer que «se não fosse por esse bendito rapaz, teríamos de nadar até Miami para levar a droga aos gringos. Agora, com nossas próprias pistas, estamos preparados. É pista própria, aviões próprios, helicópteros próprios…».
Mas Virgínia Vallejo não refere apenas Pablo Escobar. Também cita Álvaro Uribe em confidência após a morte do pai, Alberto Uribe (1), num tiroteio com um comando das FARC: «Quem pensa que este [o narcotráfico] é um negócio fácil está muito enganado. É uma enxurrada de mortos. Todos os dias temos de enterrar amigos, sócios e parentes». E tão orgulhoso estava da saga dos narcotraficantes que não se coibiu a perguntar a Virgínia Vallejo se «estaria disposta a escrever sua história».
Com tudo isto, torna-se mais compreensível a afirmação que «o narcoestado sonhado por Pablo Escobar hoje está mais vivo que nunca na Colômbia».
A Luta das FARC
Sempre as FARC estiveram dispostas a estabelecer a paz e a fazer acordos políticos para uma Colômbia com Justiça Social.
Vinte anos depois de iniciada a luta armada, em 1984, durante a presidência de Belisário Betancur, foi assinado um acordo onde se previa a organização do movimento guerrilheiro em partido político, o que se concretizou em Maio de 1985, com o nome de União Patriótica (UP).
Mas se as FARC estavam de boa fé, tal não sucedia com o Estado terrorista da Colômbia e desde logo se desencadeou uma campanha de assassínios e massacres de que a polícia e tribunais nunca apuraram responsáveis.
«Centenas dos seus membros e simpatizantes foram assassinados no decurso de diversos massacres. No dia 11 de Novembro de 1988, por exemplo, quarenta militantes foram publicamente executados na praça central do município de Segóvia, no distrito de Antioquia. (…) Foram mortos centenas de presidentes de câmaras e representantes dos poderes locais, tendo ocorrido por vezes o assassinato sucessivo de quatro autarcas do movimento na mesma localidade» (2).
É pois natural que as FARC tenham definido «continuar o caminho traçado pelo inolvidável Comandante Manuel Marulanda Velez, isto é, o da política total, que é a luta estratégica pela tomada do poder pela via das armas e da insurreição com o que se chegará a um governo revolucionário, ou pela via das alianças políticas para a instauração de um governo verdadeiramente democrático, em consonância com a Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia» (3).
(1) Este foi pouco noticiado nos media, para que se não falasse da prova macabra material que Uribe exigiu ao assassino.
(2) Iván Cepeda Castro e Claudia Girón Ortiz, investigadores da Fundação Manuel Cepeda - Vargas, Santa Fé de Bogotá, in Monde Diplomatique, Maio de 2005.
(3) Entrevista a Ivan Marquez, membro do Secretariado das FARC, em 25 de Julho 2008, in anncol
In "O Diário.info"
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