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Publicado neste blog:
Emigração em Portugal entre 2002 e 2014
Meio milhão de portugueses foram atingidos nos últimos cinco anos por um processo de emigração forçada que os expulsou do país, por razões económicas. Uma dimensão sem paralelo desde que há registo e de consequências imprevisíveis para o futuro do País. Um número que corresponde a 5 % da população nacional e a mais de 10% da população activa, mensurável na referência, para uma apreensão mais nítida, do que significaria despovoar integralmente um distrito como Coimbra.
País de emigrantes
Portugal é o país da União Europeia com maior número de emigrantes, logo a seguir a Malta, segundo revelou, dia 19, um relatório do Observatório da Emigração, baseado em dados da ONU e do Banco Mundial.
O estudo indica que, em 2013, estavam emigrados entre dois milhões e 2,3 milhões de portugueses, o que representa mais de 20 por cento da população residente no País.
Só naquele ano, pelo menos 110 mil portugueses, quase três vezes mais do que em 2001, fixaram-se noutros países, designadamente no Reino Unido (30 mil), Suíça (20 mil), França (18 mil) e Alemanha (11 mil).
Fora da Europa, os principais países de destino da emigração portuguesa foram Angola e Moçambique.
Também em resultado deste êxodo, a população residente em Portugal diminuiu 0,5 por cento entre 2012 e 2013.
Estágios não dão emprego
Apenas um terço dos desempregados (33,3%) que frequentaram estágios profissionais do IEFP foram integrados no mercado de trabalho em 2014, indicou o Tribunal de Contas, num relatório divulgado dia 20.
A taxa emprego após a finalização do estágio do Instituto de Emprego e Formação Profissional diminuiu claramente em relação a 2013, ano em que 42,4 por cento dos estagiários foram integrados no mercado de trabalho.
Além de apontar a baixa taxa de integração, o Tribunal constata ainda «índices de precariedade elevados», a que estão sujeitos os trabalhadores que encontram emprego.
ADSE financia contas do Estado
Um relatório do Tribunal de Contas, divulgado 17, veio confirmar que o aumento da taxa de desconto da ADSE para 3,5 por cento, em 2014, foi «excessivo» e serviu para cobrir necessidades orçamentais.
Nesse ano, Governo PSD/CDS-PP dispôs de um excedente de 138,9 milhões de euros em descontos aos trabalhadores, que foi utilizado para compensar a redução da comparticipação do Estado no sistema e resolver «problemas de equilíbrio do Orçamento do Estado», afirma o TdC.
O Tribunal calcula que este ano a ADSE terá um excedente de 89,4 milhões de euros face à despesa prevista, sem que daí resulte «qualquer vantagem» para os beneficiários.
Receitas municipais recuam uma década
O valor das receitas municipais em 2014 foi equivalente ao de 2002, enquanto a despesa com investimentos teve um corte de 280 por cento, entre 2001 e o ano passado.
De acordo com um estudo realizado pela da Universidade do Minho para a Direcção-Geral das Autarquias Locais, cujos dados preliminares foram divulgados dia 16, as receitas municipais caíram de 8,9 mil milhões de euros, em 2009, para 7,3 mil milhões, em 2014.
Tal resultou quer da redução das transferências do Orçamento do Estado (de 2011 a 2014), quer da cobrança de impostos municipais (de 2008 a 2012).
A despesa global sofreu um corte de 20 por cento, sendo que, entre 2001 e 2014, as despesas de investimento passaram de 3500 milhões de euros para apenas 900 milhões.
Ao mesmo tempo, os municípios reduziram a dívida bruta municipal de 8,6 mil milhões de euros, em 2010, para 5,9 mil milhões em 2014, ou seja uma diminuição de 31 por cento.
É preciso eleger deputados comprometidos com os trabalhadores, o povo e o país...
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Traduziram-se na política da emigração forçada, que expulsou do País, por razões económicas, nos últimos cinco anos quase 400 mil portugueses, uma dimensão que sem paralelo nos últimos cinquenta anos só comparável com o tempo do fascismo.
As remessas dos emigrantes elevaram-se a três mil milhões de euros em 2013, correspondente a 1,8 por cento do Produto Interno Bruto.
Os dados constam do «Factbook 2014», publicação do Observatório da Emigração, divulgada dia 20.
O Reino Unido é o destino mais procurado. Entre 2012 e 2013 o número de entradas de portugueses nesse país cresceu 47 por cento.
Será esta uma das razões dos apelos do (des)Governo PSD/CDS à emigração?...
Cerca de 30 mil portugueses chegaram ao Reino Unido em 2014 para trabalhar, o que representa um aumento de um por cento em relação ao fluxo observado no ano anterior.
De acordo com o boletim estatístico do Ministério do Trabalho britânico, esta estabilização relativa contrasta com o ano anterior em que se verificou um aumento de 47 por cento dos imigrantes portugueses, registados na segurança social britânica.
Portugal é assim o sétimo país com mais nacionais naquele país.
Sem comentários...
Segundo a comunicação social «Passos Coelho diz que é falsidade explicar quebra do desemprego com emigração».
Há algo que não bate certo...
De acordo com a PORDATA (AQUI e AQUI):
Ou os dados do INE e da PORDATA estão errados, ou «alguém» nos anda a mentir...
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{2011 / 2013}
Desemprego: 1 milhão 400 mil desempregados (aumento de 430 mil)
Emigração Forçada: 250 mil novos emigrantes (na sua maioria jovens)
Alargamento do horário de trabalho
Aumento da idade da reforma
Menos direito à saúde e à educação
Menos protecção social
Despedimentos de dezenas de milhares de trabalhadores na administração pública
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