O PCP não se deixa intimidar por campanhas contra os partidos!!!
«Quem diz que as receitas dos partidos não são fiscalizadas, não sabe do que está a falar.
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«Quem diz que as receitas dos partidos não são fiscalizadas, não sabe do que está a falar.
Os valores em euros representam a média do total de receitas entre 2011 e 2015, de acordo com as contas enviadas para o Tribunal Constitucional.No caso do CDS-PP, os dados referem-se à média dos anos de 2011 e 2012, já que as contas de 2013 a 2015 não discriminam esta fonte de receita.
O PCP é excepção – o peso das subvenções estatais ronda 10% das receitas totais.
Parece anedota, mas não é. Segundo a Entidade das Contas e Financiamentos dos partidos políticos tudo o que na Festa do Avante! é comprado pelos visitantes tem que ser pago com cheque ou através do Multibanco. Tudo. Desde uma bica ou uma cerveja até um almoço ou uma peça de artesanato. Fica por explicar como fariam os que não têm nem livro de cheques, nem cartão Multibanco.
Parece anedota, mas não é. Segundo esta Entidade o lucro da Festa são as receitas totais e não a diferença entre as receitas e as despesas. Isto é, se uma garrafa de água é vendida por 1 euro, significa que o lucro dessa venda é também 1 euro. Não entrando, portanto, nas contas deles o pagamento dessa garrafa de água aos fornecedores. Desta nem as finanças se tinham lembrado!!! Olha se a moda pega...
Como foi dito na Festa, isto não é zelar pelo cumprimento de uma lei: isto é entrar pelo caminho de uma prática persecutória cega e doentia. É, além do mais, um insulto às nossas inteligências.
Mas estes absurdos têm uma origem. Por estranho que pareça tudo isto está em conformidade com os objectivos da lei de financiamento dos partidos e da razão de existir da citada Entidade. Falemos claro: a «lei» foi feita exclusivamente contra o PCP e a Festa do Avante. Feita tendo como alvo principal, cirurgicamente escolhido, a Festa do Avante!. Feita contra a militância comunista. Feita, também, para que seja o Estado a financiar as actividades dos partidos que a fizeram: PS, PSD e CDS. Feita para que o dinheiro dos impostos lhes pague a actividade militante que não têm. Por sua vez a Entidade existe, é paga e funciona exclusivamente contra o PCP e a Festa do Avante!
O que é bem revelador de como, quer a «lei» quer a Entidade, têm um carácter muito pouco Democrático.
Entretanto, e ainda no que respeita ao financiamento dos partidos, registe-se a recente criação, pelo PS, da chamada Fundação Respública. Que, vem substituir as extintas fundações José Fontana e Antero de Quental, também elas propriedade do PS.
Recorde-se que as duas fundações agora extintas foram criadas em 1977. Ao longo destes anos foi através delas que foram canalizados os milhões de contos provenientes dos EUA, Alemanha, França, Inglaterra, etc., que, directa e indirectamente, têm financiado muita da actividade do PS.
É claro que a nóvel Fundação Respública vai poder agir à vontade e sem qualquer Entidade a fiscalizar a(s) proveniência(s) dos seus fundos. Proveniência(s) que algumas más línguas, que não nós, diriam ser fáceis de imaginar, olhando para a composição da Direcção da Fundação. Mas isso são, certamente, calúnias...
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
In "Jornal do Centro" - Edição de 26 de Setembro de 2008
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