Resultados e significado das eleições presidenciais na América
Todo o programa, toda a propaganda de Roosevelt e dos «progressistas» giram em torno da questão de como salvar o capitalismo através de… reformas burguesas.
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Todo o programa, toda a propaganda de Roosevelt e dos «progressistas» giram em torno da questão de como salvar o capitalismo através de… reformas burguesas.
«Prostituição: uma grave forma de violência e exploração»
(20 Outubro 2017, Lisboa)
Um dos poemas da grande obra de Pablo Neruda «Canto Geral» é dedicado ao poeta abolicionista brasileiro Castro Alves, lembrando como este soube cantar a natureza e a beleza feminina mas também fazer com que a sua voz batesse «em portas até então fechadas para que, combatendo, a liberdade entrasse».
«A tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens. Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar», escreve o poeta chileno, que assim homenageia o carácter social da poesia de Castro Alves em poemas que o popularizaram, como «O Navio Negreiro», um dos mais conhecidos da literatura brasileira, em que descreve a terrível situação dos africanos arrancados das suas terras, separados das suas famílias e tratados como animais nos navios negreiros que os levavam para o Brasil como escravos, e «Vozes d'África», ambos publicados no livro «Os Escravos».
Também conhecido como «poeta condoreiro», numa associação ao pássaro condor cujo voo atinge grandes alturas, simbolizando a liberdade, Castro Alves morreu às três e meia da tarde do dia 6 de Julho 1871, no Palacete do Sodré, junto a uma janela banhada pelo sol.
A sua poesia, imortal, continua a aquecer-nos.
Lénine na clandestinidade 1917
Sempre, mesmo nas mais difíceis e exigentes conjunturas, não deixou o nosso Partido de assinalar e celebrar esse acontecimento maior da nossa época contemporânea – a Revolução Socialista de Outubro de 1917, materializando o milenar sonho de emancipação e de libertação de gerações de explorados e oprimidos!
(...)
Comemorações que assumem um renovado significado no tempo presente, em que os trabalhadores e os povos são confrontados com a ausência dessa realidade que emergiu da Revolução de Outubro – a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) - que se havia afirmado como uma força mundial do progresso, da paz e da amizade entre os povos e constatam dramaticamente não apenas quanto o mundo está hoje mais injusto, inseguro e perigoso, menos pacífico e menos democrático, mas também quanto essa ausência se traduziu no agravamento das perversões do sistema capitalista e no acentuar da sua natureza exploradora, opressora, agressiva e predadora, com os trágicos flagelos sociais e ameaças que encerram para a vida dos povos e para a sobrevivência da própria humanidade - um recuo histórico que comprova a importância e alcance dos objectivos da Revolução de Outubro e do socialismo como exigência da actualidade e do futuro.
É levantando bem alto a bandeira que sempre nos guiou e que coloca o socialismo e o comunismo no horizonte da nossa luta que afirmamos que temos hoje, têm os trabalhadores e os povos, razões acrescidas para fazer do Centenário da Revolução de Outubro um momento de reafirmação do valor dessa realização sem precedente histórico que marcou o século XX e se projectou em todo o planeta como força propulsora de gigantescas transformações políticas e sociais.
Partiremos, por isso, para estas comemorações afirmando a Revolução de Outubro como a realização mais avançada no processo milenar de libertação da humanidade de todas as formas de exploração e opressão, honrando e homenageando os seus obreiros, as grandes conquistas e realizações políticas, económicas, sociais, culturais, científicas e civilizacionais do socialismo na URSS e o seu imenso contributo para o avanço da luta emancipadora dos trabalhadores e dos povos.
Reafirmando não apenas a validade do socialismo como solução para dar resposta aos grandes problemas dos povos e da humanidade, mas demonstrando a necessidade e possibilidade da superação revolucionária do capitalismo pelo socialismo e o comunismo.
Revolução Socialista de Outubro de 1917
(publicado neste blog)
Em 2017 assinalam-se 100 anos sobre a Revolução Socialista de Outubro de 1917.
Depois de milénios de sociedades em que os sistemas socioeconómicos se basearam na exploração do homem pelo homem, a Revolução de Outubro iniciou uma nova época na história da humanidade, a época da passagem do capitalismo ao socialismo, sendo a primeira revolução que, concretizando profundas transformações democráticas nos domínios político, económico, social e cultural, assegurando a justiça e o progresso social e respondendo aos anseios dos trabalhadores e dos povos, empreendeu a construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados.
No tempo em que vivemos, no seguimento da evolução no século XX, 100 anos após a Revolução de Outubro, quando o sistema capitalista, com a sua natureza exploradora, opressora, agressiva e predadora, com as consequências trágicas que comporta, é atravessado pelo agravamento da sua crise estrutural, torna-se ainda mais evidente que o capitalismo é responsável pelos crescentes problemas e perigos que a humanidade enfrenta. A realidade do mundo de hoje comprova a importância e alcance dos objectivos da Revolução de Outubro e afirma o socialismo como exigência da actualidade e do futuro.
Que polícia é esta que conhecendo os criminosos não tem rasto das vítimas?
Que Europa é esta que saqueia refugiados é dá refúgio ao crime organizado?
A resposta é um silêncio ensurdecedor. Não será por acaso.
Antes de Dylann Roof, de 21 anos, começar o massacre, sentou-se, durante quase uma hora, com o grupo de estudos bíblicos da Igreja episcopal Emanuel, o principal local de culto da comunidade afro-americana de Charleston, Carolina do Sul. Fundada há 199 anos por Denmark Vesey, o organizador do (que por pouco não foi o) maior levantamento armado de escravos da História dos EUA, não foi um alvo aleatório.
Incendiada por grupos racistas e proibida durante a guerra civil, foi na Igreja Emanuel que se refugiaram, na década de sessenta, os grevistas dos hospitais de Charleston. Mais tarde na década de oitenta e noventa, foi também esta Igreja que acolheu os estivadores em luta e sindicatos dos operários da indústria automóvel. E foi também por todas estas razões que Dylann Roof a escolheu para pôr em marcha o seu plano de «fazer estalar uma guerra racial».
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