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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

13 de Janeiro de 1898 – Émile Zola publica «J'Accuse»

J accuse

A carta com o título «J'Accuse», em que o escritor francês Émile Zola acusa o governo de francês de encobrir a verdade no caso Dreyfus – um escândalo político que dividiu a França no final do século XIX –, fez a manchete do diário L'Aurore, que esgota em poucas horas os 300 000 exemplares da sua edição.

«O meu dever é falar, não quero ser cúmplice. As minhas noites seriam atormentadas pelo espectro do inocente que paga, na mais horrível das torturas, por um crime que não cometeu» – escreveu Zola, denunciando a situação do capitão Alfred Dreyfus, de origem judaica, acusado num processo fraudulento, conduzido à porta fechada, de espionagem a favor da Alemanha, condenado e deportado para a Guiana Francesa.

Zola, apoiado por vários intelectuais, entre os quais Anatole France, Georges Courteline, Octave Mirbeau ou Claude Monet, lutará até à sua morte pela reabilitação de Alfred Dreyfus, o que vem a suceder anos mais tarde.

 

Émile Zola

 

AQUI

 

A pedofilia como arma de guerra

Mahmoud Raslan (na fotografia em primeiro plano)

 

A foto e o vídeo de Omron, garoto de cinco anos da cidade de Alepo (Síria), têm corrido mundo e enchido as primeiras páginas e espaços nobres da comunicação social.

Por que razão o drama de Omron mereceu destaque especial entre a torrente de episódios semelhantes?

«(...)

Qualquer jornalista com uma réstia de brio profissional que sobreviva à voz de comando dos donos poderia investigar as razões pelas quais o drama do pequeno Omron mereceu destaque especial entre a torrente de episódios semelhantes. Bastar-lhe-iam um pouco de curiosidade profissional e algumas horas de trabalho.

O que aprenderia então esse jornalista?

Que, na altura em que foi tirada a fotografia e captado o vídeo, a criança não estava a ser socorrida por profissionais de saúde mas sim nas mãos de uma dita «organização não-governamental», a White Helmets (escudos brancos), uma das muitas entidades por esse mundo fora, neste caso na ocupada cidade de Alepo, que servem de cobertura a actividades da CIA, dos serviços britânicos de espionagem MI6 e dos seus congéneres holandeses IDB.

Que a White Helmets é um braço de uma empresa designada Innovative Comunications & Strategies (InCoStrad), com escritórios em Washington e Istambul, uma agência de comunicação e propaganda do MI6 e da NATO criada para o conflito sírio. Esta empresa é autora, por exemplo, dos logotipos da maior parte dos bandos de mercenários e grupos terroristas em acção na Síria, dos «moderados» ao próprio Estado Islâmico, ou Daesh, ou Isis.

Que o oportuno autor do instantâneo foi Mahmoud Raslan (Rslan, grafia usada na sua página de Facebook), um jihadista simpatizante do Estado Islâmico, membro do grupo terrorista «moderado» Harakat Nour Din al-Zenki, protegido pela Turquia e que foi um dos contemplados pela CIA com armas antitanque BGM-71.

Que o Mahmoud Raslan e o seu grupo são realmente amigos de crianças. Há pouco mais de um mês, em 16 de Julho, o «fotógrafo» e membros do seu grupo terrorista promoveram uma cerimónia de sangue na qual foi decapitado na caixa traseira de uma camioneta vermelha, em pequenos e sincopados golpes de arma branca, o garoto palestiniano Abdullah Tayseer al-Issa, de 12 anos. Fora «julgado» e «condenado» pelos «moderados» de Raslan por pertencer supostamente às «Brigadas Al-Quds». A cabeça ensanguentada da criança foi depois exibida efusivamente, como histórico troféu, cena documentada em vídeos que qualquer pessoa – nem precisa de ser jornalista – descobrirá em rede, se tiver estômago para tal.

(...)»

Guerra na Siria_1

«Como denuncia o Off-Guardian, é a agenda desta gente que a imprensa considerada «de referência» alimenta.

O bombardeamento de uma escola no Iémen, as denúncias da Unicef sobre a proliferação do trabalho infantil no Iraque após a invasão em 2003 ou a morte de um jovem palestiniano pelo Exército israelita não fizeram capas. Foi a imagem de propaganda de um dos mais mortíferos grupos terroristas a operar na Síria que deu várias voltas pelo globo e está a ser usada para justificar a guerra.»

 

Cimeira da NATO em Varsóvia: Provocação belicista

Nato Guerra petroleo

A cimeira que a NATO realiza em Varsóvia nos próximos dias representa, pelos seus objectivos, mais um ousado e perigoso passo no sentido da intensificação da sua acção agressiva e, nomeadamente, já forte pressão militar sobre a Federação Russa.

Em Portugal, como noutros países, ecoará uma vez mais a exigência e a urgência de dissolução deste bloco político-militar agressivo.

(...)

O aperto do cerco à Rússia, sendo porventura um dos principais objectivos da cimeira de amanhã e depois, não é o único. O próprio secretário-geral da NATO, na já referida entrevista a um órgão de comunicação social polaco, referiu-se ainda ao alargamento da presença e acção da NATO no Médio Oriente e Norte de África, ao aumento dos gastos militares dos países membros europeus para dois por cento do PIB e ao reforço da cooperação entre a NATO e a UE como outros pontos constantes da agenda da reunião de Varsóvia. Todos eles desenvolvem decisões assumidas em cimeiras anteriores

(...)

Ler texto integral

 

Bandeira Nato hastA NATO tem hoje 28 membros e projecta-se em praticamente todos os pontos do mundo

 

Sim à Paz! Não à NATO!

acto_publico_sim_a_paz_nao_a_nato

Campanha contra a Cimeira da NATO, Julho de 2016 em Varsóvia

 

No âmbito desta campanha, foi publicado um folheto em que as organizações promotoras denunciam o pendor agressivo da NATO e apresentam as suas propostas para pôr termo às ameaças à paz que ela constitui, que pode ler aqui.

De igual modo foi criado um Jornal em que pode ler aqui os seguintes artigos: “Não aos objectivos belicistas da Cimeira de Varsóvia”, “Não às armas nucleares: desarmamento!”, “Tentáculos da destruição”, “Cimeira de Varsóvia: ameaça aberta à segurança e à paz”, “Escudo anti-míssil: grave ameaça à paz”, “Os povos querem a paz”, “Milhões para a guerra” e “Dissolução dos blocos político-militares: princípio constitucional”.

Está, também, a circular um abaixo-assinado que pode subscrever aqui.

 

sim_a_paz_nao_a_nato_2

 Clicar na imagem para ampliar

 

Provocadores NATOs

Mapa nato_expansao1

As alegadas razões para a criação da NATO há muito que deixaram de existir. Mas a NATO nunca foi aquilo que alegou. Longe de ser uma organização defensiva, foi sempre um instrumento de dominação imperialista que, nas próprias palavras do seu primeiro secretário-geral, o inglês Lorde Ismay, visava «manter os russos fora, os americanos dentro, e os alemães em baixo» (New York Times, 16.9.13).

 

acto_publico_sim_a_paz_nao_a_nato

 

Acto Público "SIM À PAZ! NÃO À NATO! PROTESTO CONTRA A CIMEIRA DA NATO DE VARSÓVIA"

 

Mapa nato_expansao

«No quadro da estratégia da NATO tendo como foco principal a Rússia, decorrem desde o dia 6 de Junho os maiores exercícios da Aliança Atlântica após a chamada «guerra fria». Pela primeira vez desde o início da invasão da URSS pelas tropas nazis, a 22 de Junho de 1941, tanques de guerra germânicos atravessam a Polónia em direcção a Leste.

As manobras realizadas com o sugestivo nome de Anaconda, mobilizam 31 mil militares e milhares de veículos de 24 países. Os EUA contribuem com 14 mil soldados, a Polónia com 12 mil e a Grã-Bretanha com 800, sendo os que mais empenham as respectivas forças armadas nestes «jogos de guerra».

Paralelamente, no Báltico, continua a registar-se intensa actividade por parte de aviões de espionagem norte-americanos. Domingo, 5, justamente um dia antes do início do simulacro da NATO na Polónia, uma aeronave militar dos EUA foi detectada na fronteira do enclave russo de Kaliningrado. Tratou-se da 16.ª operação semelhante nas últimas semanas.»

(sublinhados meus)

 

A CIA contra a URSS

cia-lobby-seal

 

Qualquer tentativa de analisar os serviços secretos ocidentais tem pela frente grandes dificuldades. O investigador escritor tem de atravessar um labirinto, deparando-se muitas vezes com um beco sem saída, outras descobre literalmente uma cova de lobo. As dificuldades são tanto de carácter conceptual, como ligadas à recolha e selecção dos factos. Apesar de o nosso objecto ter inquestionavelmente uma existência autónoma, e por vezes forças motrizes próprias, o trabalho dos serviços secretos, em última análise, não é mais do que a continuação das políticas dos respectivos governos por outros meios. Em muitos casos, no entanto, esse trabalho é de tal índole que é renegado oficialmente pelos próprios governos com aparente credibilidade. Só esta circunstância, já sem falar do natural secretismo, faz escassear os factos, os quais, como é sabido, são o oxigénio do investigador. Levados ao sufoco, respiram com dificuldade uma atmosfera envenenada, uma vez que em nenhuma outra esfera da acção do Estado no Ocidente se recorre tanto à desinformação.

Mas é uma necessidade premente penetrar nesta esfera. É absolutamente impossível compreender o mundo actual sem se ter em conta o trabalho dos serviços secretos, neste caso da CIA dos EUA, o qual afecta toda a humanidade. Isto não é de longe um exagero.

 

Sede CIA_Langley_Virginia

 

Raul Castro na Cimeira das Américas

Raúl Castro3

Do importante discurso proferido por Raul Castro na Cimeira das Américas, os media internacionais apenas reproduziram um pequeno aparte dirigido a Obama.

Omitiram assim o essencial de um discurso que denuncia vigorosamente a longa história da agressão imperialista contra a América Latina e o Caribe, e que afirma que, se uma pequena ilha pobre em recursos naturais foi, graças à determinação revolucionária do seu povo, capaz de enfrentar e libertar-se da dominação imperialista, muito mais poderá ser alcançado se um subcontinente inteiro souber empreender um caminho semelhante.

 

Publicado neste blogue:

 

Grande derrota dos Estados Unidos na Cimeira das Américas no Panamá

CimeiraAmericas-cartaz-Panama2015

Os grandes media americanos e europeus previram nos últimos dias que a Cimeira das Américas no Panamá ficaria a assinalar uma grande vitória dos EUA e do seu presidente.

Ocorreu o contrário. Um balanço provisório da Cimeira permite já afirmar que os EUA sofreram uma inocultável derrota politica no encontro em que a Casa Branca depositava grandes esperanças.

Alguns parágrafos elogiosos do discurso de Raul Castro, em que definiu Obama como «um homem honesto» sem responsabilidades na política do bloqueio e de hostilidade permanente a Cuba, permitiram à comunicação social concluir que o presidente norte-americano regressa a Washington como o triunfador da Cimeira.

Ao empolarem o significado desse gesto de Raul Castro (compreensível por diplomático, mas ambíguo) omitiram que o discurso do presidente cubano foi na sua quase totalidade um implacável inventário histórico da agressiva política imperialista dos EUA em relação à Ilha, desde a guerra da independência à atualidade. Raul Castro concluiu aliás afirmando que a normalização das relações com Washington não impedirá Cuba de prosseguir como nação soberana na construção do socialismo, opção incompatível com o capitalismo.

Maduro, numa intervenção duríssima, criticou o intervencionismo permanente dos EUA na América Latina, aconselhando o imperialismo a «tirar as mãos» definitivamente de países que não são já o seu «o pátio traseiro».

Evo Morales, da Bolívia, e Rafael Correa, do Equador, criticaram com severidade a política latino-americana do grande vizinho do Norte, exigindo o fim das políticas de «terror imperialista» e da estratégia da «imposição do medo».

O nicaraguense Daniel Ortega e a argentina Cristina Kirchner pronunciaram também discursos de conteúdo anti-imperialista. Dilma Rousseff já tinha pedido a Obama que pusesse termo à espionagem da NSA que a tem visado.

Incomodado, o presidente dos Estados Unidos retirou-se do salão do Paraninfo da Universidade do Panamá para não escutar as catilinárias que atingiam os EUA.

Não houve consenso para uma Declaração Final. A delegação norte-americana temia que o documento traduzisse a condenação sem apelo do imperialismo. Mas esse veto de John Kerry confirmou a derrota dos EUA na Cimeira.

OS EDITORES DE ODIÁRIO.INFO

 

Snowden, Obama e o IV Reich Americano

citizenfour2

 

O documentário de Laura Poitras «Citizenfour», premiado com um Óscar, não tem tido a atenção que merece por parte do público no nosso país.

O seu título é o nome de código de Edward Snowden, o ex agente da CIA que revelou ao mundo a existência e o funcionamento do monstruoso sistema de espionagem criado pela NSA, cujos tentáculos cobrem o mundo.

Peça fundamental da estratégia imperialista de dominação planetária, o desmascaramento desta ameaça é uma tarefa de defesa da humanidade.

 

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