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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O discurso económico infantil de Passos Coelho

«Numa das suas habituais tiradas, Passos Coelho expressou mais um dos seus “pensamentos profundos” sobre economia. E desta vez ultrapassou os limites. Na RTP online de 29.10.2014 pode-se ler sobre o que Passos Coelho afirmou na conferência do 36º aniversário da UGT: “O primeiro-ministro considera que o debate sobre o crescimento e a austeridade a propósito da crise da dívida é "o debate mais infantil" a que assistiu”.

E como era previsível nenhum dos presentes contestou esta infantilidade económica de Passos Coelho (estava-se numa conferencia da UGT e não era previsível outra reação). Pelo menos os órgãos de comunicação maciçamente presentes nada disseram sobre isso.

No entanto, se Passos Coelho conhecesse alguma coisa da ciência económica e se se tivesse dado ao trabalho de refletir um pouco sobre alguns dos dados divulgados pelo INE certamente não diria o que disse. Qualquer estudante de economia sabe que o que afirmou Passos Coelho não é verdade. Para provar isso vamos utilizar, entre as muitas matérias que podiam ser analisadas, apenas uma – o investimento – que é essencial.»

 

Estudantes não são criminosos

     Na última manifestação dos estudantes do ensino secundário, a 31 de Janeiro de 2008, foram verificadas situações que se distanciam do cumprimento da própria Constituição da República.


# Madeira – subcomissário da PSP tentou identificar e levar para a esquadra um estudante, porque a manifestação não estava autorizada;

# Golegã – PSP impediu a manifestação com o pretexto de a manifestação não estar autorizada e procedeu à identificação dos estudantes;

# Santarém – o Governador Civil «pediu» aos estudantes para, um dia antes da manifestação, irem à esquadra da PSP. Foram advertidos para não chamarem nomes ao primeiro-ministro, incluindo «fascista», e para terem cuidado com o seu registo criminal;

# Escola Emídio Navarro, Almada – agente da PSP agrediu estudante que estava em cordão humano, desferindo-lhe um murro no estômago;

# Lisboa – foi identificado um estudante. PSP tentou alterar o percurso;

# Sintra – foi identificado um estudante. PSP exigiu que não fizessem barulho. Tentaram invocar a inexistência de autorização de manifestação;

# Porto – foram identificados estudantes;

# Castelo Branco – foram identificados estudantes;

# Escola Secundária Cristina Torres – conselho executivo impediu os estudantes de estarem à porta da escola no piquete. Presidente do conselho executivo ficou à porta a obrigar os estudantes a entrarem;

# Escola Secundária Esmoriz – conselho executivo à porta da escola arrancou faixas das mãos dos estudantes, desmobilizando a concentração.

                      

O Governo ignora a Constituição da República

                    

Velhos problemas na abertura do Ano Lectivo

    Em nota da Comissão Nacional do PCP para as Questões da Educação e Ensino sobre o balanço do início do ano lectivo são referidos os velhos problemas do Encerramento de escolas, da Instabilidade no corpo docente, as sucessivas «reformas» e ainda os custos com a educação e salienta-se que devem ser tomadas as medidas «que garantam condições de igualdade no acesso e no sucesso escolares, respeitando a dignidade e os direitos dos docentes e outros trabalhadores da educação e dos estudantes, passos fundamentais para se construir uma escola pública, gratuita e de qualidade para todos». Na nota manifesta-se ainda a solidariedade do PCP «com a luta de pais, estudantes e professores pelos seus direitos».

  

Ler Texto Integral

  

Sobre a criação do sistema de empréstimos a estudantes e bolseiros do ensino superior

    1 - Foi sem surpresa que o Partido Comunista Português tomou conhecimento da decisão do Conselho de Ministros, já que está em curso uma das maiores ofensivas contra o Ensino Superior Público caracterizada, entre outros aspectos, por uma política de financiamento que se tem vindo a afastar da garantia constitucional de um ensino tendencialmente gratuito. O actual Governo do PS, na linha dos anteriores do PSD-CDS/PP, não só tem estrangulado financeiramente o funcionamento das universidades e politécnicos, como tem vindo a transferir para os estudantes e suas famílias, parte significativa dos custos de funcionamento do nosso sistema de ensino. A adopção da lógica do utilizador/pagador, que ignora as profundas injustiças na distribuição da riqueza e no sistema fiscal vigente, agrava a elitização do ensino e compromete a recuperação de anos de atraso estrutural do nosso país ena qualificação da nossa população.

2 - Com a decisão ontem tomada, o Governo PS dá mais um importante passo na mercantilização do ensino e assume inequivocamente que o investimento na educação é apenas no aluno e não no País e por essa razão devem ser cada vez mais os estudantes e as famílias a assumirem os custos desse investimento.
O acesso automático ao crédito terá como consequência imediata o endividamento a prazo do estudante que no final do seu curso será, com alta probabilidade, confrontado não apenas com o problema do desemprego que já hoje atinge mais de mais de 50.000 licenciados, mas também com o facto de não ter um rendimento regular que lhe permita pagar a dívida ao banco transferindo para a família essa responsabilidade. O endividamento médio das famílias portuguesas que não pára de crescer é, já hoje, 124% do rendimento disponível.

3 - O PCP não só está contra a decisão do Governo que apenas favorece os interesses comerciais da banca, como considera a medida o prenúncio de um novo aumento das propinas a curto prazo e de profundas alterações nos apoios da Acção Social Escolar aos estudantes mais carenciados, restringindo ainda mais aos mais ricos o acesso à formação superior e ao conhecimento.
O Ensino Superior não é um luxo! É um dos pilares estratégicos para o desenvolvimento nacional. Neste sentido o PCP defende a revogação da actual Lei do Financiamento do Ensino Superior e a aprovação de regras mais justas, contidas num diploma legal, sem o recurso ao pagamento de propinas e com níveis de financiamento adequados, de forma a garantir um ensino e uma investigação de qualidade, autónomos do poder político e do poder económico.

(sublinhados meus)

 

In Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

 

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