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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A crise para os muito ricos terminou – Se é que alguma vez existiu

Tal como o PCP denunciou, «Não deixa de ser sintomático que, num momento em que os chamados testes de stress bancário concluem pela solidez das instituições financeiras, independentemente do papel que esses testes assumem no processo de rapina de recursos públicos, a banca mantenha uma atitude marcada pela usura e a forçada extorsão dos rendimentos familiares e das pequenas e médias empresas por via do preço do crédito e das comissões cobradas. Comissões estas com um aumento crescente no conjunto das receitas das instituições financeiras, que se cifram em mais de 4800 milhões de euros em 2008 e 2009».

A grande questão, não admitida pelos governos da União Europeia, mas cada vez mais evidente, é a procura de preservar a qualquer preço o sistema financeiro e garantir aos mais ricos a acumulação de mais riqueza.

(sublinhados meus)

-

Leitura Obrigatória (CV)

    São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal: 

Silêncios ensurdecedores

    1. A semana passada o Banco Central Europeu (BCE) decidiu-se por uma nova subida das taxas de juro de referência. Trata-se da 9ª em pouco mais de dois anos, fixando-se agora em 4,25%. Tal decisão constitui um novo factor de penalização para os trabalhadores, as populações e os micro pequenos e médios empresários (MPME´s). Corresponde às pretensões de concentração e acumulação capitalista por parte dos grandes grupos económicos e do capital financeiro. Mas penaliza as economias mais frágeis e dependentes como é o caso da portuguesa.

Vivemos um quadro económico e social em que se avolumam as dificuldades para fazer face ao desemprego, à precariedade, aos baixos salários e à subida generalizada dos preços. Neste contexto esta decisão traduz-se num novo agravamento das suas condições de vida das famílias portuguesas, em particular das que possuem empréstimos à habitação. Recorde-se que o nível de endividamento atinge já hoje 129% do rendimento disponível das famílias.

No plano das empresas e da economia nacional o panorama não é melhor. O seu nível de endividamento atinge já hoje 114% do PIB. Esta medida por um lado, vem colocar um novo garrote às MPME´s. Por outro, vem acentuar a tendência (que se vinha verificando desde o 1º trimestre de 2007) de agravamento do deficit da balança comercial e da dependência do país. Acresce que este aumento das taxas de juro traz por arrasto uma sobrevalorização do euro.

O silêncio do Governo PS face a esta medida e ao escândalo dos lucros fabulosos que o sistema bancário vem acumulando nos últimos anos à custa da degradação da situação financeira das famílias e das empresas é ensurdecedor. Confirma a sua cumplicidade e indiferença perante as decisões do BCE e as graves implicações para o país. Saliente-se que só nos últimos 4 anos (de 2004 a 2007) os lucros do sistema bancário cresceram 155,4%, atingindo em 2007 os 4,467 mil milhões de euros.

2. O Grupo Parlamentar do PCP apresentou no passado dia 4 um voto de congratulação na Assembleia da República sobre «Ingrid Betancourt em liberdade». Quase todos os meios de comunicação social fizeram cair sobre este voto um inqualificável manto de silêncio ensurdecedor, muito próximo da censura. O que noticiaram foi, em geral, claramente manipulado. O que só pode ser explicado pelo anticomunismo mais primário.

E no entanto nesse voto referia-se que: «Após seis anos de cativeiro na selva, é motivo de justa satisfação o regresso à liberdade de Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial colombiana.». E após uma série de considerandos, que podem ser lidos AQUI ,terminava:

«1. Congratula-se pelo regresso à liberdade de Ingrid Betancourt.
2. Exprime o seu desejo de que a liberdade de Ingrid Betancourt possa contribuir para um caminho de paz para a Colômbia.
3. Apela às partes envolvidas para que encetem negociações no sentido da libertação de todos os prisioneiros.
4. Valoriza todos os esforços orientados para alcançar uma solução política negociada.
5. Apela às partes para que se empenhem na busca de uma solução política negociada do conflito, que dura há mais de quatro décadas.
6. Manifesta-se pelo respeito da soberania do povo colombiano na definição dos destinos do seu país.
»

A quem incomodam estas palavras?
                                                                    

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

                                          

In "Jornal do Centro" - Edição de 11 de Julho de 2008

                                                                             

Aumento das taxas de juro pelo BCE tem consequências desastrosas

    Dados retirados de um documento da CGTP-IN:

  • A taxa Euribor, a seis meses, passou de 2,6 por cento, em 2005, para 4,8 por cento, em Dezembro de 2007. No mês passado, a taxa situava-se nos 5,1 por cento.
  • Em 2005, um empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, tinha uma prestação de 455 euros. A meio de Junho passado, a prestação tinha subido para os 887 euros, um ritmo superior aos salários de base, que formam a referência para a contracção do empréstimo.
  • A despesa com os juros em relação ao salário de base passou de 57 por cento, em 2005, para 68 por cento, actualmente, alertou a central.
  • Segundo o Inquérito às Despesas das Famílias de 2005/6, citado pela CGTP-IN, os gastos com a habitação representavam 27 por cento do total, mas o estudo não cobria as importâncias dispendidas com a amortização de capital e o pagamento de juros, por motivo de contracção de crédito à habitação.
  • A situação é mais grave nas famílias com mais baixos rendimentos, salienta a central, valendo-se dos dados do Relatório de Estabilidade Financeira de 2007, do Banco de Portugal, recolhidos no Inquérito ao Património e Endividamento das Famílias de 2006/7.
  • Neste estudo, verifica-se que nas famílias com rendimentos entre os 375 e os 500 euros (1.º Escalão), mais de metade do rendimento familiar «é absorvido com despesas de juros e de amortização de capital em dívida».
  • Nos rendimentos entre os 500 e os 700 euros, a despesa com habitação é superior a 40 por cento do rendimento, sendo mais elevada nos escalões etários mais jovens, recordou a central.

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