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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Europa imperialista

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Fotografia de vítimas da «Lei» do Rei Leopoldo II da Bélgica, proprietário PESSOAL do «Estado Livre do Congo».

Uma «quinta» 76 (setenta e seis) vezes maior que a Bélgica. Um exemplo de outros crimes.

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No passado 17 de Outubro, o presidente Hollande fez um tímido reconhecimento oficial (42 palavras) do massacre policial de centenas de argelinos em Paris, em 1961. O massacre não foi coisa menor: cerca de 30 mil argelinos exigiam nas ruas a independência da então colónia francesa. A polícia de Paris, sob a chefia de Maurice Papon respondeu com ferocidade: «entre 300 e 400 mortos por balas, à coronhada ou por afogamento no rio Sena, 2400 feridos, e 400 desaparecidos» (Algérie Patriotique, 17.10.12). Foi preciso mais de meio século para que a França oficial admitisse sequer que o massacre existiu. Mas nem 51 anos chegaram para que reconhecesse o número de vítimas, abrisse os ficheiros policiais ou apontasse responsáveis. Fosse na Síria e outro Hollande cantaria.

Papon foi colaboracionista dos nazis durante a II Guerra Mundial e viria a ser condenado em 1998 por «cumplicidade em crimes contra a humanidade, tendo colaborado na deportação de judeus sob o regime de Vichy» (FranceInter, 17.10.12). Mas como em muitos outros países, a restauração burguesa e imperialista na França após 1947 foi feita com a pior escória fascista. Durante décadas Papon teve numerosos cargos oficiais. Em 8 de Fevereiro de 1962 participou noutro massacre de Estado em Paris: durante uma manifestação sindical contra o terrorismo fascista da OAS, nove membros da CGT e do PCF foram assassinados pela polícia na estação de metro de Charonne. Papon foi ministro sob os presidentes gaullistas Barre e Giscard d'Estaing (1978-81). E o massacre de 1961 passou em silêncio durante a presidência do socialista Mitterrand, ele próprio implicado na brutal repressão colonial na Argélia. Mitterrand era ministro da Justiça de França no início de 1957, quando o General Massu e os seus paraquedistas (imortalizados no filme de Gillo Pontecorvo, A Batalha de Argel) receberam plenos poderes policiais na capital argelina, desencadeando uma feroz repressão, com tortura e assassinatos, que esmagou temporariamente o movimento de libertação nacional argelino. O sangue de centenas de milhares de argelinos manchou as mãos de toda a classe dirigente francesa, antes que – fez este ano meio século – a Argélia conquistasse a sua independência.

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Também neste último mês, do outro lado do Canal da Mancha, se confessou bárbaros crimes. Um tribunal de Londres reconheceu a três quenianos vítimas da ferocidade colonial, ao fim de seis décadas, o direito a apresentar (!) pedidos de indemnização. Um deles foi castrado pelas autoridades coloniais (BBC, 5.10.12). Como informa a notícia, «milhares de pessoas foram mortas durante a revolta Mau Mau contra a dominação britânica do Quénia nos anos 50 e 60». O governo inglês recorreu da sentença e com um cinismo inexcedível «alegou que a responsabilidade de compensações por torturas infligidas pelas autoridades coloniais foi transferida para a República do Quénia após a independência em 1963». Escreve o Guardian (18.4.12): «milhares de documentos relatando alguns dos mais vergonhosos actos e crimes cometidos nos anos finais do Império britânico foram sistematicamente destruídos para impedir que caíssem nas mãos de governos pós-independência» e «os documentos que escaparam à destruição foram discretamente transferidos para a Grã Bretanha, onde ficaram escondidos durante 50 anos, num ficheiro secreto do Foreign Office». Alguns documentos «pormenorizam a forma como suspeitos insurrectos foram espancados até à morte, queimados vivos, castrados […] e agrilhoados durante anos», enquanto «ministros e altos funcionários públicos tinham total conhecimento dos abusos e do assassinato horrendo e sistemático de detidos […] mas declaravam repetidamente ao público britânico que tal não estava a acontecer».

Há quem esteja surpreendido com o comportamento dos dirigentes troikeiros da UE. Mas esta sempre foi a natureza das potências imperialistas que estão por detrás do «projecto europeu». Podem pintar a cara de azul com estrelinhas amarelas e trautear Beethoven. Mas a UE reflecte a natureza de classe do sistema imperialista que a gerou: criminoso, explorador, agressivo. E que hoje procura novas colónias.

In jornal «Avante!» - Edição de 16 de Novembro de 2012

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1 de Outubro: O que está em causa

(...)

Ter a consciência de que sair à rua, dando expressão de massas à nossa indignação e ao nosso direito de viver com dignidade e decidir do nosso próprio destino, conferindo à nossa própria acção individual o carácter colectivo de um grito e de uma acção organizada, demonstrando onde está a verdadeira força que pode transformar o mundo, é, nos dias que vivemos, de vital importância para cada um de nós, para todo o nosso povo e para a Humanidade. É esta a importância real e central daquilo que se vai passar no sábado.

O sistema capitalista está mergulhado numa profundíssima crise da qual não está a conseguir sair nos marcos dos seus dogmas políticos, ideológicos e económicos. Estamos perante uma crise que na sua mais profunda essência não é aquela que aparece nos jornais – uma «mera» crise financeira e económica. Não! Estamos a viver uma situação histórica de rápido e abrupto aprofundamento da crise estrutural do sistema capitalista que escancara a sua principal contradição e que traz para a luz do dia a evidência dos seus limites históricos, a sua natureza exploradora, opressora e criminosa, assim como as contradições entre os seus principais agentes e defensores.

(...)

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Dersu Uzala / Дерсу Узала

Fime Dersu Uzala (original russo com legendas em inglês):





    adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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    Akira Kurosawa: Dersu Uzala

         Dersu Uzala (1975). Um poema de Akira Kurosawa sobre a amizade, a solidariedade, a paz, o amor à natureza, o valor do conhecimento (incluindo a sabedoria "tradicional", das pessoas "simples") e o envelhecimento. Uma obra prima.

    Ganhou um Óscar para o melhor filme estrangeiro em 1976: ver PRÉMIOS.

    Dobrado em castelhano:

     

                                                                       

    adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                       

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