A presidente do Comité de Familiares de Detidos e Desaparecidos, Berta Oliva, revelou ter sido descoberta uma vala comum com mais de 100 cadáveres de pessoas assassinadas nos últimos três meses.
A dirigente acusou as autoridades de actuarem conjugadas com grupos criminosos e frisou que diariamente recebem cerca de uma dezena de denúncias de violações dos direitos humanos, sobretudo assassinatos a ameaças de morte a membros da Frente de Resistência e outras estruturas sociais.
Paralelamente, a polícia hondurenha reprimiu violentamente uma manifestação de professores realizada sexta-feira, dia 21, na capital Tegucigalpa. Granadas de gás lacrimogéneo e cargas policiais foram a resposta do executivo liderado por Porfirio Lobo ao protesto pacífico dos docentes, que se mantêm em greve há cerca de três semanas exigindo aumentos salariais e o pagamento da dívida do governo ao fundo de pensões e reformas.
In jornal «Avante!» - edição de 26 de Agosto de 20010Publicado neste blog:
A Frente Nacional de Resistência Popular sublinha que o país é um campo de batalha entre «a dominação e a liberdade» e alerta para a situação desesperada em que se encontra a oligarquia.
Num manifesto político divulgado na página oficial do movimento, a FNRP lembra que, depois do golpe de 28 de Junho de 2009, a oligarquia «nunca imaginou que enfrentaria um dos sinais de coragem e dignidade mais importantes na história da América Latina». As Honduras são agora um campo de batalha entre «o velho e o novo», onde se enfrentam «as hordas de criminosos do fascismo internacional» e «as forças políticas progressistas e democráticas e os sectores sociais historicamente oprimidos».
«A Resistência – diz o documento - é a expressão genuína da combinação revolucionária das forças que fizeram fracassar os planos do império norte-americano e da oligarquia local», tornando-se um «um sujeito social e político».