China: monopólios, investimento em África e rendimentos da população
A China é o segundo país do mundo, logo a seguir aos EUA, com mais empresas na classificação das 500 maiores, da revista norte-americana Fortune. A lista, divulgada, terça-feira, 10 de Julho, mostra que a Sinopec e a State Grid, parceiras das portuguesas Galp e REN, ocupam o 5.º e o 7.º lugar, pertencendo o 6.º lugar ao gigante petrolífero China National Petrolium.
A classificação, elaborada em função das receitas de 2011, inclui 73 empresas chinesas, mais 12 do que em 2010, e mais cinco que o Japão, país que passou para a terceira posição. Há uma década, havia apenas 11 empresas chinesas na «Fortune 500».
A anglo-holandesa Royal Dutch Shell lidera o ranking com receitas de 484,5 mil milhões de dólares (394,5 mil milhões de euros), seguida pelas norte-americanas Exxon Mobil e Wal-Mart, tendo esta última descido para o terceiro lugar, perdendo a posição cimeira que deteve nos dois anos anteriores.
O investimento directo em África cresceu 60 por cento nos últimos dois anos, revelam dados oficiais. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério do Comércio chinês na véspera do início do Fórum para a Cooperação entre China e África, em 2011 aquele montante ascendeu a 14,7 mil milhões de dólares.
A China é hoje o principal parceiro comercial do continente africano e o maior investidor nos seus territórios com forte expressão na criação e requalificação de infra-estruturas.
Os rendimentos dos habitantes das zonas urbanas crescem a um ritmo mais rápido que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), indicam estatísticas oficiais relativas ao primeiro semestre deste ano. De acordo com os mesmos dados, na maioria das regiões consideradas, o aumento do rendimento disponível da população chinesa ronda os 10 por cento, em média, contra uma subida de cinco por cento no IPC, o que se traduz num reforço do poder de compra.
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