Dois milhões de britânicos em greve
Mais de dois milhões de trabalhadores britânicos do sector público cumpriram no dia 30 uma greve que afectou boa parte da actividade económica do Reino Unido. Numa tentativa de intimidar e desmobilizar os grevistas, o governo conservador-liberal afirmou que a greve poderia custar cerca de 500 milhões de libras (582 milhões de euros) e causar a perda de empregos.
Em tom de ameaça, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Francis Maude, afirmou, dia 24, que «se perdermos uma boa parte da produção é difícil ver como é que isso não se traduzirá em perda de empregos».
O exercício foi de imediato desvalorizado pelo secretário-geral do Trades Union Congress (TUC), Brendan Barber, qualificando-o de «fantasia económica».
A poderosa estrutura, que representa 58 dos principais sindicatos do país, esperava uma adesão massiva à paralisação. De facto esta afectou escolas, hospitais, aeroportos e a generalidade dos serviços públicos. Realizaram-se mais de mil manifestações em todo o Reino Unido.
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