Apresentação dos Primeiros Candidatos da CDU em Viseu
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A DORV do PCP, reunida em 10 de Outubro de 2015, analisou os resultados das eleições legislativas, com particular incidência os referentes ao Distrito, balizou o quadro político, económico e social com que os trabalhadores e o povo estão confrontados, bem como o desenvolvimento da luta de massas. Definiu linhas essenciais de iniciativa política e medidas para o reforço orgânico do Partido, potenciadas pelos resultados eleitorais e as exigências de acção que se colocam para o futuro. Discutiu ainda as eleições presidenciais de Janeiro de 2016 e as tarefas para apoio ao candidato Edgar Silva, apresentado pelo PCP.
Volvidos 39 anos de retrocessos sociais marcados pela continuada aleivosia de três partidos (PS, PSD e CDS-PP) que se alternam, ufanos, no poder, muitos portugueses parecem presos, na hora de votar, a velhos preconceitos.
Extraordinariamente, mesmo diante de uma força política diferente e com décadas de provas dadas, há quem aposte por castigar a austeridade do PS votando no PSD, para, no acto eleitoral seguinte, punir o PSD votando no PS, (que desta vez é que vai ser diferente, não é?).
A má notícia é que as arreigadas (mas espúrias) crendices sobre a exequibilidade política da CDU têm vaticinado o país a prosseguir o mesmo caminho de pobreza e injustiça.
A boa notícia é que os argumentos de quem se recusa apaixonadamente a ver o óbvio são, regra geral, fáceis de compilar e desmontar.
Dizem os livros que falácia consiste em partir de uma afirmação falsa, intencionalmente, e, a partir dela, pretender retirar conclusões verdadeiras.
CDU reuniu com a FRAPV – Federação Regional das Associações de Pais
O que terá passado pela cabeça de Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, para inaugurar, a uma semana das eleições, a deriva contra o PCP, não sou capaz de dizer, mas posso tentar adivinhar.
Em todo o caso, estou certa de que esta deriva não é acompanhada pela maioria dos activistas e apoiantes do BE, que, naturalmente, estarão bem mais preocupados em dar combate à política de direita e aos seus protagonistas e não ao PCP.
Segundo o Expresso, Pedro Filipe Soares, o líder parlamentar do Bloco deu «alfinetadas» ao PCP ao lembrar que a reduzida bancada do BE na Assembleia da República precisou da assinatura de mais deputados para submeter ao Tribunal Constitucional a apreciação de um diploma sobre cortes de pensões e subsídios de férias. “Levámos a tampa do PS e levámos a tampa do PCP”, afirmou Pedro Filipe Soares.
Pois é, Pedro, já se estranhava a ausência do piquinho do BE, não era? Falta de rigor (como, por exemplo, lançar listas de apoiantes onde constam presidentes de sindicatos que já não o são), alguma desfaçatez (o assobio para o ar constante) e o contar das coisas pela metade. Pela metade não, nem por ¼, porque sobre as tampas e os erros do BE, há muito por dizer, não achas, Pedro?
Por exemplo, Pedro, podias falar da tampa que levaste do PCP mas não do PS, nem do PSD, nem do CDS, quando o BE fez aprovar, na Assembleia da Republica, o memorando da troika à Grécia e contra o povo Grego. Lembras-te, Pedro?
Também podias ter lembrado a tampa que PCP, mas não do PS, nem do PSD, nem do CDS, quando o BE com o seu voto apoiou a ruinosa decisão de nacionalizar os prejuízos do BPN e deixar intocáveis as empresas rentáveis do grupo que o detinha. Lembras-te, Pedro?
Também podias falar da tampa que levaste do PCP quando, com a abstenção “violenta” (que até parecia que se estava a preparar para votar a favor) do BE,o governo foi ilibado das suas responsabilidades nas conclusões da comissão de inquérito do BES, deixando o PCP sozinho no voto contra e a levar tampa de todo o lado.
Também podias falar da tampa do BE ao PCP, quando o PCP andou meses (desde 5 de Abril de 2011) sozinho a exigir a renegociação da dívida e que só alguns meses depois o Bloco passou a defender, e inicialmente de forma tímida, aquilo que designava de “reestruturação” da dívida.
Sobre o pedido de inconstitucionalidade, Pedro, sabes bem que foi uma tampa merecida. Sabes dos riscos e das consequências práticas da iniciativa em curso, e sabes bem porque foste alertado para tal – incluindo pelo PCP, Pedro! Sabes também que a iniciativa que teve o BE com o PS (ou a iniciativa de deputados do PS com o BE?), abriu as portas para que os cortes não fossem só para os trabalhadores da Administração Pública mas sim para todos os trabalhadores, ou não te lembras disto, Pedro?
Ou da tampa que levaste do PCP sobre o trabalho temporário, que o BE quis legitimar através da regulamentação e agora... pois, é tudo temporário, não é?
Tens mesmo a certeza que é destas tampas que queres falar, Pedro? Não seria melhor concentrares-te no importante, no ataque às políticas de direita? Já sabes que o PCP é consequente, independentemente das conjunturas, de epifenómenos políticos, de guerras de egos e não vai deixar de dar tampas quando essas tampas protejam os interesses de quem o PCP representa: os trabalhadores e o povo.
Vá, Pedro, deixa-te lá de merdas.
Afirmou ontem [08/09] António Costa que nunca viu um Governo de direita ser derrubado pelos votos dos partidos à esquerda do PS, mas que já viu os partidos da esquerda aliar-se à direita para derrubar governos do PS.
Pois bem: esta afirmação é factualmente errada e politicamente falsa. Senão, vamos aos factos.
Em Abril de 1987, o 1.º Governo de Cavaco Silva foi derrubado com os votos PS/PCP/PRD/PEV.
E se verificarmos os últimos 25 anos, ou seja, a partir dos Governos de Guterres, vemos que:
Em 4/11/99 as moções de rejeição apresentadas pelo PSD e pelo CDS foram inviabilizadas pelos partidos da esquerda (abstenções PCP/PEV e votos contra do BE).
As moções de censura do CDS (em 5/7/2000) e do PSD (em 20/9/2000) foram inviabilizadas pelas abstenções do PCP, do BE e do PEV.
Em 30/5/2001 foram o PSD e o CDS que inviabilizaram uma moção de censura do BE.
Guterres demitiu-se sem qualquer votação parlamentar que o tenha derrubado.
O Governo de Durão Barroso (de maioria absoluta) enfrentou 4 moções de censura que tiveram os votos convergentes PS/PCP/BE/PEV.
O 1.º Governo de Sócrates (de maioria absoluta) enfrentou moções de censura do BE (em 16/1/2008) e do PCP (em 8&5/2008) em que o PSD e o CDS se abstiveram. Mais tarde, enfrentou moções de censura do CDS (em 5/6/2008 e em 17/6/2009) em que o PCP, o BE e o PEV se abstiveram.
O 2.º Governo de Sócrates (minoritário) teve moções de censura do PCP (em 21/5/2010) e do BE (em 3/10/2011) que foram inviabilizadas pelas abstenções do PSD e do CDS.
A demissão de Sócrates não se deveu a qualquer votação parlamentar que o determinasse, mas à rejeição do PEC4, depois dos 3 anteriores terem sido viabilizados pelo PSD e pelo CDS e não sem que, para despedida, tivesse sido assinado o pacto com a troika, negociado e aceite precisamente pelo PSD e pelo CDS.
Na presente legislatura, o Governo PSD/CDS enfrentou 6 moções de censura (3 do PCP, uma do BE, uma do PEV e uma do PS). O PCP, o BE e o PEV votaram a favor de todas. Já o PS absteve-se em 3: na moção do PCP em 25/6/2012 e nas moções do PCP e do BE em 4/5/2012 (ou seja, no tempo em que o PS pautava a sua oposição ao Governo pelas abstenções violentas).
O moral desta história é que o PS só tem razões de se queixar de si próprio e que já era tempo de acabar com o fadinho da vítima que de tão repetido de campanha em campanha já se torna enjoativo.
Conclusões das visitas que as candidatas Filomena Pires e Maria Emília Costa efectuaram à APCV e APPACDM, instituições com um trabalho notável na área do apoio a pessoas portadoras de deficiência e que lutam com dificuldades de vária ordem para cumprir o seu insubstituível papel junto dos seus clientes.
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