O primeiro teste de uma bomba nuclear, realizado no âmbito do projecto secreto Manhattan dos EUA, ocorreu na zona de experiências do Los Alamos National Laboratory em Los Alamos, no Novo México.
O programa nuclear, dirigido pelo cientista Robert Oppenheimer, foi desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial e terá sido implementado após Albert Einstein ter informado o presidente norte-americano Franklin Roosevelt, em 1939, sobre as pesquisas de armas atómicas que estavam a ser desenvolvidas pelos alemães.
O «sucesso» levou à fabricação das bombas Little Boy e Fat Man, que foram lançadas contra Hiroshima e Nagasaki em 6 e 9 de Agosto de 1945, respectivamente.
Marian Anderson, contralto americana e uma das cantoras mais famosas do século XX, ganhou notoriedade na luta contra o racismo nos Estados Unidos quando, em 1939, a organização Filhas da Revolução Americana (DAR, na sigla inglesa) a impediu de cantar no Constitution Hall, a maior sala de concertos de Washington DC.
O reconhecido mérito de Anderson como artista fez com que o caso tivesse uma repercussão internacional invulgar para o mundo da música clássica.
A cantora não se deixou intimidar pela DAR: com o apoio de Eleanor Roosevelt e do marido, o presidente Franklin D. Roosevelt, organizou um concerto ao ar livre nos degraus do Lincoln Memorial, na capital norte-americana, onde no domingo de Páscoa, 9 de Abril, cantou perante mais de 75 000 pessoas e foi acompanhada, via rádio, por milhões de ouvintes.
Anderson foi a primeira pessoa negra a actuar na Metropolitan Opera de Nova Iorque, em 1955; participou no movimento dos direitos civis na década de 1960, cantando na Marcha sobre Washington, em 1963; e foi delegada da Comissão de Direitos Humanos da ONU e «embaixadora de boa vontade», dando concertos em todo o mundo.
Na Conferência de Ministros dos Negócios Estrangeiros (Moscovo, 19-30 Outubro de 1943) foram discutidos os problemas mais importantes da organização do pós-guerra, em primeiro lugar a questão alemã.
As delegações dos Estados Unidos da América (EUA) - chefiada por Cordel Hull - e da Grã-Bretanha - chefiada por Anthony Eden- pronunciaram-se pelo desmembramento da Alemanha.
Os representantes da União Soviética (URSS) - delegação chefiada por Vyacheslav Molotov - defenderam o princípio do total extermínio do fascismo e a implantação de um controlo sobre a Alemanha que assegurasse uma paz firme e duradoura na Europa. A URSS não apoiou os planos de desmembramento da Alemanha.
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Na Conferência de Teerão (28 de Novembro a 1 de Dezembro de 1943), onde de encontraram pela primeira vez os líderes das três grandes potências da coligação anti-fascista – Iosif Stáline, Franklin Roosevelt e Winston Churchill – o problema alemão mereceu grande atenção.
O presidente dos EUA e o 1º ministro britânico propuseram dividir a Alemanha em diversos Estados. Roosevelt defendia cinco Estados alemães independentes e/ou sob o controlo das Nações Unidas ou de todos os países europeus. Churchill apresentou o seu plano de desmembramento da Alemanha. Consistia em isolar a Prussia do resto da Alemanha e separar as províncias meridionais deste país - Baviera, Baden e outras - desde o Sarre até à Saxonia inclusive. Churchill propunha-se criar assim uma chamada «Federação do Danúbio».
A delegação soviética não apoiou estes planos pelo que a questão da estrutura da Alemanha no pós-guerra foi remetida para um estudo mais minucioso da Comissão Consultiva Europeia.
Na Conferência de Ialta (4-11 de Fevereiro de 1945) foi estipulada a divisão da Alemanha em três zonas de ocupação. Para Berlim ficou prevista a introdução de Forças Armadas das três potências. Roosevelt e Churchill apresentaram de novo as suas propostas de desmembramento da Alemanha. Na sua opinião tal medida era necessária para a segurança internacional. A União Soviética rechaçou energicamente estas propostas.
Nos princípios básicos do programa para a solução do problema alemão apresentados pela URSS estavam previstos a destruição do potencial da indústria de guerra da Alemanha; total supressão do fascismo e do nazismo; castigo dos criminosos de guerra; o ressarcimento por parte da Alemanha dos danos causados aos povos da Europa; a criação de uma Alemanha democrática, independente e pacífica.
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Na Conferência de Potsdam (17 de Julho a 2 de Agosto de 1945) as potências ocidentais insistiram pela enésima vez nos planos de desmembramento da Alemanha. O novo presidente dos EUA, Harry Trumam, apresentou uma proposta de criação de três Estados alemães: Sul, com capital em Viena; o do Norte, cuja capital seria Berlim; e o do Oeste que abarcaria as regiões do Ruhr e do Sarre.
Mais uma vez Stáline rechaçou estes planos. A delegaçao soviética manteve-se firme na defesa de que os interesses da segurança e da independência dos povos exigiam uma profunda e ampla democratização da Alemanha e não o seu regresso aos tempos da dispersão política. Graças à posição soviética ficou assente em definitivo que no pós-guerra a Alemanha deveria ser considerada como um todo único económico.
InA grande Guerra Pátria da União Soviética, em castelhano, Editorial Progresso, 1975