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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O assalto do céu

France-Commune1871

A Comuna de Paris ocupa um lugar de primeiro plano na história do movimento operário e comunista internacional, pois se trata da primeira vez que o proletariado se lançou à conquista do poder e o exerceu, embora por um curto período de tempo, de 18 de de Março a 28 de Maio de 1871.

(...)

Aqui fica este brevíssimo apontamento sobre um acontecimento que nenhum comunista deve desconhecer. Para honrar a memória daqueles que ousaram lançar-se ao «assalto do céu». Mas sobretudo para contribuir para a compreensão da própria situação nacional e internacional em que hoje intervimos.

Ler texto integral

 

Publicado neste blog:

 

França: Uma democracia de caserna

Mapa França2.JPG

 

E, como na véspera das duas guerras mundiais, uma crise financeira maior, estrutural, o aumento dos nacionalismos, o desejo daí avançar, a ausência de uma resistência coerente e organizada, e centenas de outros sintomas análogos: as eleições regionais francesas, de 6 a 13 de Dezembro passado, consagraram a vitória ideológica, «moral» e organizacional da Frente Nacional, o partido da extrema-direita francês.

Esse partido, que foi fundado em 1972 por um pequeno grupo de neofascistas e de nostálgicos do regime de Vichy (um certo Leon Gaultier, ex-subtenente das Waffen-SS), reagrupados em volta de um velho torcionário da guerra da Argélia, reuniu mais de 6,8 milhões de sufrágios na noite de uma segunda volta que mesmo assim, não lhe assegurou a vitória de uma única presidência de região [Sete regiões da direita dita «clássica» e cinco à «esquerda», que se quer assim chamar, — uma decima terceira região (a Córsega) que ficou nos autonomistas locais].

Uma aliança bizarra da direita dita «clássica» mas não menos virulenta, e de um melting pot em que o Partido Socialista tem o papel forte pouco interessante; restos de listas de «esquerda» em benefício das actuais, sob pretexto de erguer uma «frente republicana»; e «fusões técnicas», aliás muito espantosas, operadas aqui e ali entre as listas que dizem representar a «esquerda da esquerda», (comunistas, ecologistas, vários) com as listas do Partido Socialista; tais foram os vários processos que, sem o menor debate de ideias, permitiram chegar aqui.

Assim, na noite da segunda volta de toda esta eleição, a 13 de Dezembro, não levando em conta quase 19 milhões de abstenções e 5,7 milhões de não inscritos, são duas «forças» que reuniram uma (os Republicanos e seus aliados) cerca de 10 milhões de sufrágios, e o outra (o PS e seus satélites) apenas 7,3 milhões, que tiraram a parte de leão dos lugares de concelheiros regionais (1.259 dos 1.758 que estavam em disputa, ou seja cerca de 72% dos lugares) ainda que essas duas forças não tivessem sido escolhidas por mais de 34% dos 54 milhões de pessoas em idade de votar…

Resta um «derrotado» perante o qual tudo deveria ajustar-se: a Frente nacional de Marine Le Pen. Pois este escrutínio tem toda a aparência de um simples adiamento. Devemos pensar, que num país em que dois milhões de jovens na idade de votar com pelo menos 25 anos estão no desemprego e sem formação, 76% dos eleitores entre 18 e 24 anos (contra 49,4% de abstenções no conjunto dos inscritos) não foram às urnas, a 6 de Dezembro último, dia da primeira volta destas eleições regionais. E, entre aqueles (bem raros) que nesse dia se votaram, 34% dos entre 18-30 anos deram o seu sufrágio à Frente nacional.

AQUI

 

Dados arrepiantes, não divulgados pela comunicação social dominante (sublinhe-se), para analisar, reflectir e agir.

 

Marx, a Comuna de Paris e o projecto Comunista (Manuel Gusmão)

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A Comuna de Paris foi a primeira revolução na qual a classe operária era claramente reconhecida como a única que ainda era capaz de iniciativa social, mesmo pela grande massa da classe média parisiense. Essa mesma parte da classe média tinha participado no esmagamento da insurreição operária em Junho de 1848; e tinha sido de imediato sacrificada aos seus credores.

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O Exército do Crime (L'Armeé du Crime), um filme de Robert Guédiguian

L’Affiche Rouge

«O Exército do Crime» era como os nazis chamavam ao grupo de resistentes franceses liderados por Missak (Michel) Manouchian no berrante cartaz vermelho celebrizado pelos versos de Aragon e a música de Léo Ferré.

Publicado neste blog (do mais antigo para o mais recente):

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

Catherine Sauvage canta Louis Aragon e Léo Ferré: L' Affiche Rouge

L'Affiche rouge

Para ver e ouvir Catherine Sauvage a cantar «L' Affiche Rouge» de Louis Aragon e música de Léo Ferré clicar AQUI    

Publicado neste blog (do mais antigo para o mais recente):

Manouchian e os seus camaradas quando da sua execução

                                                                    

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                       

A última carta de Manouchian à sua mulher

                      

                      

«Ma Chère Mélinée, ma petite orpheline bien-aimée,

Dans quelques heures, je ne serai plus de ce monde. Nous allons être fusillés cet après-midi à 15 heures. Cela m'arrive comme un accident dans ma vie, je n'y crois pas mais pourtant je sais que je ne te verrai plus jamais.
Que puis-je t'écrire ? Tout est confus en moi et bien clair en même temps.
Je m'étais engagé dans l'Armée de Libération en soldat volontaire et je meurs à deux doigts de la Victoire et du but. Bonheur à ceux qui vont nous survivre et goûter la douceur de la Liberté et de la Paix de demain. Je suis sûr que le peuple français et tous les combattants de la Liberté sauront honorer notre mémoire dignement. Au moment de mourir, je proclame que je n'ai aucune haine contre le peuple allemand et contre qui que ce soit, chacun aura ce qu'il méritera comme châtiment et comme récompense. Le peuple allemand et tous les autres peuples vivront en paix et en fraternité après la guerre qui ne durera plus longtemps. Bonheur à tous... J'ai un regret profond de ne t'avoir pas rendue heureuse, j'aurais bien voulu avoir un enfant de toi, comme tu le voulais toujours. Je te prie donc de te marier après la guerre, sans faute, et d'avoir un enfant pour mon bonheur, et pour accomplir ma dernière volonté, marie-toi avec quelqu'un qui puisse te rendre heureuse. Tous mes biens et toutes mes affaires je les lègue à toi à ta sœur et à mes neveux. Après la guerre tu pourras faire valoir ton droit de pension de guerre en tant que ma femme, car je meurs en soldat régulier de l'armée française de la libération.
Avec l'aide des amis qui voudront bien m'honorer, tu feras éditer mes poèmes et mes écrits qui valent d'être lus. Tu apporteras mes souvenirs si possible à mes parents en Arménie. Je mourrai avec mes 23 camarades tout à l'heure avec le courage et la sérénité d'un homme qui a la conscience bien tranquille, car personnellement, je n'ai fait de mal à personne et si je l'ai fait, je l'ai fait sans haine. Aujourd'hui, il y a du soleil. C'est en regardant le soleil et la belle nature que j'ai tant aimée que je dirai adieu à la vie et à vous tous, ma bien chère femme et mes bien chers amis. Je pardonne à tous ceux qui m'ont fait du mal ou qui ont voulu me faire du mal sauf à celui qui nous a trahis pour racheter sa peau et ceux qui nous ont vendus. Je t'embrasse bien fort ainsi que ta sœur et tous les amis qui me connaissent de loin ou de près, je vous serre tous sur mon cœur. Adieu. Ton ami, ton camarade, ton mari.

Manouchian Michel.

P.S. J'ai quinze mille francs dans la valise de la rue de Plaisance. Si tu peux les prendre, rends mes dettes et donne le reste à Armène. M. M.M.»

                           

                                      

A história do "Cartaz vermelho"

    Mais sobre a história de L'Affiche Rouge:

                         

A história do "cartaz vermelho" num filme: "La traque de l'affiche rouge"

      Cartaz da polícia francesa, que colaborava com os nazis, conhecido por l'affiche rouge (o "cartaz vermelho" - devido à cor utilizada).

                                                                          

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