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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Detroit

A declaração de falência de Detroit é o retrato do capitalismo decadente dos nossos dias. A cidade e a sua indústria automóvel foram símbolo do «século americano». Ainda hoje Detroit é sede da General Motors, durante décadas a maior empresa mundial. Chegou a ser a 4.ª maior cidade dos EUA, com dois milhões de habitantes. Em 1960 tinha o maior rendimento per capita no país. Em 1950 tinha 300 mil postos de trabalho na indústria. Hoje, são menos de 27 mil. A financeirização da economia, a automatização, a deslocalização de postos de trabalho, dizimaram a cidade. Com a perda de empregos foi-se grande parte da população, que hoje não atinge os 700 mil. Cerca de um terço da sua superfície são hoje prédios devolutos e em ruína. Mais de metade da população que sobra está desempregada. Sessenta por cento das crianças vive na pobreza. Cortes orçamentais desligaram 40% da iluminação pública e a maioria das esquadras da polícia encerra durante 16 horas por dia (fontes em theeconomiccollapseblog.com, 20.7.13). A degradação da cidade acelerou a fuga dos seus habitantes (25% desde 2000Financial Times, 26.7.13) reduzindo a base fiscal e mergulhando Detroit numa espiral mortífera.

(sublinhados meus)

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Planta de River Rouge, onde o minério de ferro se transformava num automóvel em 28 horas

«A cidade, cujo centro se transformou num gueto de pobreza, crime, violência, tráfico de droga, destruição e miséria, é abraçada por um anel habitacional de gente mais rica, branca. Detroit não é só uma questão social de raiz económica é também uma questão racial. Por exemplo, até ao início dos anos 70, a legislação local impedia a venda de uma casa a um negro ou a um judeu.»

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«As ruas de Detroit são a verdadeira face do capitalismo. Revelam a sua natureza depredatória, a sua tendência patológica para crescer e se destruir. Como Cronos, que comeu os seus próprios filhos, também o capitalismo arruína as suas próprias fábricas e engole as cidades que mandou erguer. E como Cronos, também o capitalismo devora a sua prole. Porque no seu âmago sabe, que um dia e mais cedo que tarde, serão os seus filhos a pôr fim aos dias do seu império.»

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Norte-americanos: Mais de metade perdeu emprego, salário e poder de compra

A maioria dos trabalhadores norte-americanos afirma que ficou sem emprego, viu o seu rendimento baixar ou foi obrigado a aceitar redução de horário ou trabalho a tempo parcial.

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Roger & Me, um filme de Michael Moore

   

«Cuando el cineasta realizador de documentales Michael Moore hizo su primer trabajo importante, Roger and me (Roger y yo) en 1989, literalmente nadie creía en él, y no era para menos: lo que se proponía era pedir explicaciones a Roger Smith, presidente de la General Motors, por el cierre de una planta en la ciudad de Flint (ciudad natal de Moore, en el estado de Michigan) que dejó a 30.000 personas sin trabajo. Lo más flagrante era que la planta automotriz dejaba un superávit millonario.

Durante tres años Moore intentó sin éxito entrevistarse con Roger Smith pero entretanto hizo el retrato de una ciudad que alguna vez fue modelo de bienestar y entró en la miseria por una decisión de la misma compañía que la levantó. 

En Roger y yo Michael Moore denuncia el sufrimiento de miles de familias que simplemente cayeron arrolladas al paso del gran capital y saca a la luz la lógica implacable del modelo de vida estadounidense, que desprecia a los perdedores pero evita preguntarse por las razones que conducen (por ejemplo a los habitantes de Flint) desde el trabajo honrado hasta la pobreza más indigna.

La respuesta del público cerró la boca de aquellos que consideraban a Moore un soñador sin destino: Roger & Me se convirtió en el largometraje documental que más dinero ha hecho en la historia del cine y Moore siguió adelante, con el mismo entusiasmo de antes pero ahora con más medios, con sus proyectos de denuncia del lado oscuro del sueño estadounidense

 

Para Ler:

O segmento do filme a que se refere este artigo está em Roger & Me - Michael Moore - Subt Español 4/10 a partir dos 3m 35s e até aos 5m. O cartaz com a frase "Flint's attitude towards unemployment is: 'Yes, we can!!'" começa a aparecer aos 4m 16s.

 

Ver ainda:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                                                                                                                 

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