A «Coreia do Norte» não existe! E a «Coreia do Sul» também não...
Nos tempos da chamada «guerra fria» havia países que eram referidos nas publicações centíficas e na comunicação social dominante pelos seus nomes e outros pelas suas alcunhas. A CIA (como está amplamente documentado AQUI) e outras centrais de informação tiveram nisso um papel determinante.
A União Soviética, ou União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), uma união de 15 diferentes países, era a Rússia (1 das repúblicas). Diga-se a propósito que o termo russo «sovietes» nunca foi traduzido para qualquer outra língua. E no entanto era fácil.
A República Democrática Alemã (RDA) ora era «Alemanha de Leste», ora era «Alemanha Oriental».
Os chamados «países ocidentais» incluíam o Japão, pelo que até hoje ainda não percebi qual é o meridiano que define o ocidente.
O caso das chamadas «Coreia do Norte» e «Coreia do Sul» é uma sobrevivência desses anos que continua viva nos dias de hoje. Aliás, salvo erro ou omissão da minha parte, são os únicos dois países do mundo que são conhecidos pelas suas alcunhas e não pelos seus nomes.
E no entanto...
Como se pode verificar pela Lista de Estados Membros da ONU, na letra R, o Estado situado a Norte da Península da Coreia dá pelo nome de República Popular Democrática da Coreia, com capital em Pyongyang
E o Estado mais a sul da referida península chama-se República da Coreia, com capital em Seul.
Nos 60 anos do início da guerra da Coreia - Notas sobre a continuada agressão imperialista (Avante!, Edição N.º 1917, 26-08-2010)
«A guerra da Coreia foi o primeiro conflito armado entre os campos socialista e imperialista no rescaldo da Segunda Grande Guerra Mundial e fez parte da reacção das principais potências capitalistas à vaga emancipadora dos povos que, após a derrota do nazi-fascismo, alastrava pelo globo. Nela foram usados os métodos mais bárbaros, mas, não obstante, o imperialismo norte-americano acabou por sofrer a sua primeira derrota militar. O desaire é até aos dias de hoje uma espinha cravada na garganta do imperialismo mundial.»
Eu sei que isto dura há gerações, mas não estará na hora de pôr fim a esta aberração?