1. A Europa está refém da culpa do Holocausto desde a II Guerra Mundial. Mas honrar a memória do Holocausto será travar a mortandade em Gaza agora. E honrá-la enfim, porque essa memória foi traída até chegarmos a isto: 2,3 milhões de pessoas trancadas num gueto, bombardeadas dia e noite, metade das quais deslocadas, sem água, comida, assistência. E foi traída também no gueto-arquipélago da Cisjordânia, onde quase três milhões de palestinianos enfrentam a violência de colonos cada vez mais radicais. Os hoje 700 mil colonos que Israel foi plantando com betão e alcatrão, bem agarrados ao chão, tanto na Cisjordânia como em Jerusalém Oriental, todos ilegais à luz do que a Europa assinou. E que assim impedem a “Solução Dois Estados”, como os líderes mundiais — todos eles — estão cansados de saber.
O direito internacional dá provas de não servir para muito. Israel violou a lei quando cortou o fornecimento de eletricidade, água, combustíveis e comida na Faixa de Gaza. Viola a lei quando bombardeia áreas residenciais, hospitais, abrigos das Nações Unidas ou escolas, viola a lei quando dá avisos prévios impossíveis de cumprir e claro que viola a lei quando mata civis. Mas nada disto tem consequências. Está a decorrer um massacre à vista de todos. O número de mortos que se perspectiva e a forma como estão a tentar eliminar os palestinianos da região obrigam a falar em genocídio e limpeza étnica.
A leitura do questionário de Uri Avnery, israelense e activista da organização israelense Grupo da Paz, ajuda a compreender muito do que se passou durante aquele acto criminoso. Ao longo das 81 perguntas a que qualquer comissão de inquérito independente deve responder, muitas delas, seguramente, baseadas nas imagens filmadas pelas câmaras instaladas no barco e transmitidas em directo para uma estação de TV que já as divulgou, fica evidente a qualificação do assalto ao Rachel Corrie como um acto de terrorismo de Estado, mas também que esta política israelense é coordenada com os EUA.
Não podemos falar em rescaldo da tragédia de Gaza porque ela está longe do fim e, sob as bombas israelitas ou sofrendo as agonias da fome impostas pelo bloqueio humanitário, continuam a morrer inocentes naquele pequeno território asfixiado. À luz das bitolas adoptadas em Washington e que se aplicam a todo o mundo, o drama que se vive em Gaza e também em todos os territórios palestinianos, incluindo Jerusalém Oriental, deve ser entendido, porém, como um acto «civilizacional» e «anti-terrorista».
Has peace in the Middle East become nothing more than a pipe dream? As Bob Simon reports, a growing number of Israelis and Palestinians feel that a two-state solution is no longer possible.
It's known as the "two-state" solution. But, while negotiations have been going on for 15 years, hundreds of thousands of Jewish settlers have moved in to occupy the West Bank. Palestinians say they can't have a state with Israeli settlers all over it, which the settlers say is precisely the idea.
Daniella Weiss moved from Israel to the West Bank 33 years ago. She has been the mayor of a large settlement.
"I think that settlements prevent the establishment of a Palestinian state in the land of Israel. This is the goal. And this is the reality," Weiss told 60 Minutes correspondent Bob Simon.
Though settlers and Palestinians don't agree on anything, most do agree now that a peace deal has been overtaken by events.
"While my heart still wants to believe that the two-state solution is possible, my brain keeps telling me the opposite because of what I see in terms of the building of settlements. So, these settlers are destroying the potential peace for both people that would have been created if we had a two-state solution," Dr. Mustafa Barghouti, once a former candidate for Palestinian president, told Simon.
Na minha idade as emoções são mais controladas e menos frequentes do que nos anos da juventude. O encontro com o Líbano rompeu essa tendência. Os breves dias que ali passei foram vividos em estado de tensão permanente, tocado por emoções muito fortes.
O contacto directo com o sofrimento dos povos palestiniano e libanês desencadeou em mim um sentimento de dor, uma sensação próxima da angústia, acompanhada de outro sentimento, que fundia a compreensão do ódio dos povos da Região ao sionismo com a frustração nascida da consciência da pobreza da solidariedade dos ocidentais progressistas às vitimas dos monstruosos crimes do Estado de Israel.
O primeiro choque foi produzido pelo ajustamento à realidade do quadro físico e humano imaginado. Quase tudo diferia daquilo que esperava encontrar.
Para justificarse, el terrorismo de Estado fabrica terroristas: siembra odio y cosecha coartadas.
Todo indica que esta carnicería de Gaza, que según sus autores quiere acabar con los terroristas, logrará multiplicarlos. Desde 1948, los palestinos viven condenados a humillación perpetua. No pueden ni respirar sin permiso. Han perdido su patria, sus tierras, su agua, su libertad, su todo. Ni siquiera tienen derecho a elegir sus gobernantes. Cuando votan a quien no deben votar, son castigados. Gaza está siendo castigada. Se convirtió en una ratonera sin salida, desde que Hamas ganó limpiamente las elecciones, en el año 2006. Algo parecido había ocurrido en 1932, cuando el Partido Comunista triunfó en las elecciones de El Salvador. Bañados en sangre, los salvadoreños expiaron su mala conducta y desde entonces vivieron sometidos a dictaduras militares. La democracia es un lujo que no todos merecen.