A verdade verdadinha de Caracas (parte 2)
Regressemos à Venezuela.(...)
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Regressemos à Venezuela.(...)
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A direita fascista pretende regressar a Abril de 2002. Está a repetir, incansável e perigosamente, a mesma manipulação, os mesmos argumentos, as mesmas provocações, o mesmo guião que então levou ao golpe de Estado.
Até o advogado que redigiu a impugnação global das recentes eleições presidenciais é o mesmo do decreto que levou o golpista Pedro Carmona à presidência e desde ali eliminou, por decreto, todos os poderes públicos eleitos em votação popular. A impugnação tem a mesma inconsistência argumentativa de outros desconhecimentos da vontade do povo venezuelano. Generalidades sobre generalidades e nada que documente as denúncias. Não por falta de vontade. Simplesmente por inexistência de elemento objectivos que as sustentem.
«Os resultados eleitorais (na Venezuela) estão devidamente sustentados nos instrumentos de votação tais como as actas de escrutínio, actas de encerramento e constâncias de verificação do público. (...) Tudo é realizado com a presença de testemunhas, assim como de membros de mesas e eleitores». Quem escreve tão cristalinamente é a MUD. Não se refere às eleições de 14 de Abril mas às internas de 2012, quando alguns representantes de Capriles se impuseram aos seus rivais por margens de apenas 0,2 por cento (agora não reconhecem os quase dois por cento de Maduro!). Nessas eleições, o CNE era o mesmo e as máquinas as mesmas. Tudo era igual, a única diferença foi que nessa ocasião a vitória sorriu à plutocracia caprilista, que é quem realmente manda na MUD.
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«Um conjunto de intelectuais estado-unidenses, entre os quais o escritor Noam Chomsky e o cineasta Oliver Stone, enviou una carta à editora do diário The New York Times, Margaret Sullivan, na qual lhe pedem que analise a abordagem parcial adoptada contra a Venezuela e em especial contra o governo do líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez Frías (1999-2013).»
«Ventos golpistas sopram na Venezuela.
As forças derrotadas nas eleições de 14 de Abril não se conformam com a vitória de Nicolás Maduro. Insistem em manobras golpistas não obstante o Conselho Nacional Eleitoral ter procedido a uma recontagem dos votos que confirmou o resultado da eleição cuja democraticidade foi garantida por observadores internacionais, entre os quais Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos.»
«A ofensiva imperialista contra a Venezuela corre em várias frentes, mas na frente colombiana ela pode custar a Juan Manuel Santos a perda da possibilidade de um 2º mandato, também um penoso fim do mandato actual, com uma acentuada diminuição da sua aceitação junto do mais importante eixo latino-americano, Caracas-Brasília-Buenos Aires, como na esmagadora maioria dos países da América Latina, que não aceitam bem a violação do «consenso existente à volta da necessidade da ordem democrática».»
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Contra todos os factos, a direita anti-bolivariana procura manter a marcha da desestabilização pós-eleitoral no país. O objectivo é derrubar o presidente escolhido pelo povo num sufrágio limpo.
«Eu não tenho dúvidas sobre o resultado emitido pelo sistema de votação porque foi efectivamente auditado, certificado e revisto na presença de testemunhas». A frase é do reitor eleitoral Vicente Díaz (ligado ao caprilismo) e foi proferida no dia 16 de Abril. Díaz considerou ainda que não pode auditar a totalidade dos boletins «porque isto é como uma prova de sangue» e «tu não necessitas de 100 por cento do sangue, basta uma amostra». A 21 de Abril, afirmava igualmente que nunca teve indícios para duvidar dos resultados das eleições e que reconhecia o presidente Nicolás Maduro.
O Movimento de Países Não-Alinhados, que inclui 120 estados de todos os continentes, reconhece a vitória eleitoral de Maduro e pede que cesse a violência da oposição. A UNASUR saudou o presidente e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e das Caraíbas fez o mesmo, instando «todos os participantes na eleição a respeitarem os resultados oficiais emanados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)», única autoridade na matéria. Governos como os de Peru, Chile e México, entre outros insuspeitos de apoio aos bolivarianos, reconhecem Maduro como presidente. A Espanha governada pelo PP - que apoiou o golpe de 2002 -, depois de uma vacilação inicial, aceitou o resultado eleitoral. E até o governo de Obama, que ainda não reconheceu formalmente a presidência de Maduro, estimou que «a decisão da Venezuela de enviar [o deputado] Calixto Ortega como o seu encarregado de negócios, pode ser um passo na direcção de estabelecer canais de comunicação efectivos». Obviamente, Ortega é representante do governo de Maduro, e não de outro!
Nicolás Maduro vence presidenciais na Venezuela - Um motorista no palácio de Miraflores (Avante!, Edição N.º 2055, 18-04-2013)
«No conjunto dos 18 processos eleitorais realizados em 14 anos de um processo progressista originalíssimo, esta é a 17.ª vitória das forças revolucionárias, mas é igualmente a mais estreita de todas elas. Conseguida num contexto particularmente difícil, a pouco mais de um mês da morte do líder máximo da revolução bolivariana, a reacção interna e externa concentrou todos os seus recursos financeiros e de manipulação mediática nesta batalha, com o objectivo de recuperar os privilégios que começou a perder – desfruta ainda de muitos deles – a partir de 1999. Todas as baterias e toda a guerra mediática que ao longo de 14 anos estiveram viradas contra Hugo Chávez, mudaram de alvo nas últimas semanas.»
Uma vitória histórica (Avante!, Edição N.º 2055, 18-04-2013)
«A vitória de Nicolás Maduro, candidato do Grande Pólo Patriótico nas eleições presidenciais realizadas a 14 de Abril na Venezuela, tem um enorme significado e é da maior importância.
Trata-se de uma justa e legitima vitória alcançada num dos momentos mais difíceis e exigentes para a jovem Revolução Bolivariana. Após o falecimento daquele que foi o seu mais importante líder, o Comandante Hugo Chávez, as forças democráticas e patrióticas venezuelanas passaram com êxito o seu primeiro teste, dando resposta aos que pensaram que havia chegado o fim do processo bolivariano.»
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«A manipulação da informação tem na activação de preconceitos obstaculizantes da correcta compreensão de uma notícia uma arma essencial.»
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Declaración del Partido Comunista de Venezuela
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Um dado significativo nestas presidenciais é, ainda, o facto de o Partido Comunista da Venezuela ter mantido a tendência de subida. No total, o PCV superou os 480 mil votos, resultado muito longe dos 57 mil boletins garantidos em 2000, e um acréscimo de praticamente 150 mil votos face às presidenciais de 2006.
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«Alguns números esclarecedores, só para que se tenha uma ideia do que sucede a nível nacional. Diz a direita que Hugo Chávez controla a maioria dos meios de comunicação. A realidade é exactamente ao contrário. Tal como apareceu há pouco no Le Monde, dos 111 canais de televisão que se pode ver na Venezuela, 61 são privados, 37 comunitários e 13 públicos. E o que é mais importante é que, em termos de audiência, os privados superam abertamente os públicos. Se falarmos da rádio a situação é parecida. E em termos de jornais, eles estão igualmente nas mãos da direita e é bom recordar que dois dos jornais com maior circulação – El Nacional e El Universal – são tão furiosa e irracionalmente anti-bolivarianos que participaram activamente no golpe de Abril de 2002 e no desencadear da greve petrolífera do mesmo ano. Ainda ninguém respondeu pelos mortos desse golpe. Nem pelos resultados desastrosos dessa greve insurreccional – oficialmente ainda não terminou e está só «flexibilizada» – que causou à nação prejuízos na ordem de 20 mil milhões de dólares e obrigou o país a dar um salto atrás em termos de desenvolvimento económico e social, fazendo aumentar o desemprego e provocando a falência de milhares de pequenas e médias empresas.»
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, venceu neste domingo as eleições presidenciais de seu país com 54,42% dos votos, contra 44,97% do candidato da oposição, Henrique Capriles e governará até o ano de 2019, informou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O presidente venezuelano obteve 7.444.082 votos frente a 6.151.544 de Capriles, com participação recorde de 80,94% do eleitorado, segundo os dados oficiais quando 90% dos votos foram apurados. A candidata Reina Sequera obteve 64.281 votos (0,46%). O candidato Luís Alfonso Reyes 7.372 votos (0,05%). Maria Josefina Bolívar obteve 6.969 votos (com 0,05%) e Orlando Chirinos 3.706 votos (0,02 por cento).
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