Com prefácio de José Casanova e Sérgio Ribeiro e ilustrações de Roberto Chichorro.
Como diz o autor:
«Este trabalho é fruto, além de afincada investigação, de fortes laços de amizade e camaradagem com os intervenientes que dão o som à tinta que se segue» -
Fiel a um velho hábito, José Luís Tinoco, nascido há 74 anos em Leiria (27 de Dezembro de 1932), continua a deitar-se muito de madrugada e a levantar-se muito de tarde - mas sempre a muito boas horas. Arquitecto, pintor, ilustrador, cartoonista, músico e letrista, é um autor multifacetado com uma característica muito própria: em tudo o que se mete sai qualidade.
"Nasci num meio musical, mas a arquitectura e a pintura também estavam muito presentes na minha família" - começou por dizer à "Autores". Assim, foi com naturalidade que estudou arquitectura, começando no Porto, na ESBAP e acabando o curso sem sobressaltos já em Lisboa, na ESBAL.
Na capital, foi elemento activo do movimento de renovação da arquitectura portuguesa, tendo sido nomeado na década de 50 para um Prémio Valmor que nesse ano (não se lembra exactamente qual), por motivos que ainda hoje ignora, não foi atribuído. "Não me perguntem porquê, pois eu sei muito pouca coisa sobre mim próprio" - alertou sorridente.
Do que se lembra bem é que montou o seu ateliê e assim foi continuando até que as coisas começaram a correr mal na arquitectura. "Quando tive que abandonar a arquitectura, zangado com ela, virei-me para a pintura a tempo inteiro, fazendo também ilustrações e cartoons, actividades que sempre havia praticado nos meus tempos livres, devagarinho mas com paixão..." - recordou.
E a verdade é que José Luís Tinoco, alma de artista, dedicou-se, com êxito, à pintura, à ilustração, a figurinos para bailado e ao design e artes gráficas (capas de livros e discos; colaboração assídua com os Correios de Portugal traduzida em mais de uma centena e meia de selos). E até fez um filme de animação e adaptou ao cinema ao livro de Dinis Machado "O que diz Molero"...
Como pintor expôs pela primeira vez em 1956. E até hoje tem participado em numerosas exposições colectivas e individuais. Das primeiras, destaca a II Exposição de Artes Plásticas da Gulbenkian e as Bienais dos Açores, Leiria e Óbidos, onde participou por convite; das segundas, salienta as que efectuou na Gulbenkian em 1986, no Palácio Galveias em 1988 (exposição antológica, repetida na Galeria 57 em Leiria) e no Palácio Nacional da Ajuda. A última que fez terminou no passado dia 4 de Março, em Sintra.
Por outro lado, pouco depois de Abril, lançou as bases, para a Secretaria de Estado da Cultura, do Levantamento da Arte Portuguesa Contemporânea (dos anos 40 aos anos 70), que dirigiu durante dois anos. "Sabe, nesse período assistia, arrepiado, à saída para o estrangeiro, em catadupa, de obras de pintura portuguesas. Era uma verdadeira hemorragia. Senti então que era preciso fazer um alerta: aquelas obras estavam a perder-se! Fiz uma proposta à SEC, estabeleci uma metodologia, constituí uma equipa que dirigi durante dois anos, e foi uma tarefa exaltante: mil e muitos slides com reprodução de obras que estavam espalhadas por casas de coleccionadores, ateliês de artistas, galeristas, instituições várias. Apaixonei-me por aquela tarefa - mas acabou. Era para ser continuada pela SEC, mas ao que sei nunca mais se fez nada. Uma pena" - concluiu.
Faleceu Rogério Fernando da Silva Ribeiro destacado professor e artista plástico. Abraçou desde jovem a luta antifascista pela liberdade e a democracia. Em nota, o Secretariado do Comité Central do PCP evoca Rogério Ribeiro como «uma das figuras maiores da arte portuguesa, (...) ao legado da sua imensa obra plástica junta-se (...) o do combatente político pelas causas da emancipação humana, o do resistente e dirigente comunista».
Edição muito limitada, numerada e assinada pelo autor.
Estas serigrafias reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.
Olhou ainda o Ceú e Fez-se de Novo à Chuva (Rogério Ribeiro)
Edição muito limitada, numerada e assinada pelo autor.
Estas serigrafias reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.
Estendia a Mão Larga e Espessa aos Recém-Vindos (Rogério Ribeiro)
Edição muito limitada, numerada e assinada pelo autor.
Estas serigrafias reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.
Trabalhadores! Operários e Camponeses (Rogério Ribeiro)
Edição muito limitada, numerada e assinada pelo autor.
Estas serigrafias reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.
A Bicicleta Deslizou Suavemente como se Nenhum Peso Levasse (Rogério Ribeiro)
Edição muito limitada, numerada e assinada pelo autor.
Estas serigrafias reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.
Ao Fim de Alguns Dias Voltaram a Chamá-la (Rogério Ribeiro)
Edição muito limitada, numerada e assinada pelo autor.
Estas serigrafias reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.
47 Ilustrações para o Romance de Manuel Tiago Até Amanhã, Camaradas [Rogério Ribeiro (com prefácio de Manuel Gusmão e posfácio do pintor)]
O livro não fala de quaisquer homens ou mulheres, fala da luta do Partido Comunista Português, e estas imagens ambicionam ser também, de algum modo, um relato dessa luta.
Testemunho a somar aos de tantos camaradas neste caminho ambicioso, fecundo e fraterno, a rolar sobre os anos com uma inequívoca esperança. Será sempre até amanhã, camaradas.