Os Bancos Centrais injectaram esta semana no sistema financeiro mais de 200 mil milhões de dólares. Desde o início da actual crise provocada pelo rebentamento da bolha imobiliária nos EUA em 2007 já vamos em perto de 1.000.000.000.000 de dólares. Número fabuloso e que se lê, um milhão de milhões. Pura e simplesmente para alimentar a continuação do sistema de economia de casino. Não foi acrescentado um cêntimo que fosse à economia mundial. Mas muitos bancos puderam respirar de alívio.
Estudos diversos admitem que a massa monetária em circulação já ultrapasse em 16 (dezasseis) vezes o Produto Mundial Bruto (PMB). Uma crise de dimensões incalculáveis pode estar ao virar da esquina.
Quem é amigo quem é? O Banco Central Europeu, a Reserva Federal dos EUA, o Banco de Inglaterra, o Banco do Japão, o...
Se entrarmos no campo do negócio de avaliações a que estes Bancos procederam, estima-se que terão de aceitar perdas no valor de 400 mil milhões de dólares.
Análise sobre a natureza e prováveis consequências da chamada crise do imobiliário nos EUA: «Como já foi explicado em diversas ocasiões desde o princípio de 2006 pela equipe de investigadores do LEAP/E2020 (Laboratoire Européen d'Antecipation Politique), o motor principal da crise sistémica actual encontra-se nos Estados Unidos. Este "fim do Ocidente tal como se o conhece desde 1945" anunciado em Fevereiro de 2006 pelo LEAP/E2020 é antes de tudo o colapso em todas as suas dimensões (económica, monetária, financeira, diplomática, intelectual e estratégica) do pilar da ordem mundial do século XX que foram os Estados Unidos. E é realmente este país que se encontra no coração da crise financeira e bancária que desde este Verão afecta de maneira visível o conjunto do planeta. Para adoptar uma imagem simples, doravante o pilar repousa sobre areias movediças. Isto evidentemente leva toda a arquitectura global a afundar, primeiro no seu conjunto e depois em bocados inteiros.»