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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Ai que os homens ainda se desgraçam!

Continua a telenovela da luta pelo protagonismo na defesa da guerra do Afeganistão entre Augusto Santos Silva e Luís Amado!

O último episódio desta batalha sem quartel (!) pode ser lido na primeira página de um semanário «de referência» («de referência» para estas tricas): 

O ministro da Defesa garantiu ao Expresso que não haverá mais tropas para o Afeganistão, além do reforço já acordado de uma companhia de comandos em Janeiro. No início do mês, Luís Amado dissera em Bruxelas que admitia que o “o tema pudesse ser objecto de nova reflexão” e que era “natural” que o Governo “revisitasse as suas posições”.

Notícia completa: Não irão mais tropas para o Afeganistão

      A coisa está feia, portanto! Os homens ainda chegam a vias de facto! Será que vai correr sangue? Bem, se é preciso derramar sangue, senhores ministros, que seja o vosso, que seja o vosso... Mas bem na frente de combate! No Afeganistão, por exemplo! Vão reforçar o número de soldados, lutando por uma causa que vos é cara, para contentamento de todos!

                                                            

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                 

Post scriptum:

Na referida entrevista, pergunta a jornalista Luísa Meireles (com o mesmo à-vontade de quem coloca uma questão banal):

«Descarta o envio de batalhão de 600 homens, ou de um destacamento de F-16, como foi sugerido na imprensa?»

Resposta "diplomática" de Augusto Santos Silva (que não responde directamente à pergunta como se exigia num caso tão grave):

«Há uma decisão política tomada em Portugal, dela decorre o reforço. Quando os aliados dizem que é preciso reforçar a presença, nós dizemos, é verdade, estamos de acordo, e até já decidimos reforçar

É uma forma adocicada de dizer: "Quando os aliados mandam, nós estamos de acordo". E se for preciso enviar F-16, nós enviamos! 

Mais palavras para quê?

                                              

Se Augusto Santos Silva diz «mata!», vem Luís Amado e diz «esfola!»

     Eis um duelo de titãs para ver quem se chega mais à frente no apoio à guerra no Afeganistão! 

«O ministro da Defesa afirmou hoje que Portugal tem "a porta sempre aberta" relativamente à possibilidade de alargar o apoio militar no Afeganistão, sublinhando, contudo, que um reforço de 250 militares já é "muito considerável".

Augusto Santos Silva reiterou a importância de Portugal duplicar o número de militares envolvidos na Força de Protecção Internacional do Afeganistão (ISAF), uma decisão que já estava tomada antes do anúncio do presidente Obama.

Confrontado com os apelos feitos pela NATO para que os aliados aumentem a sua contribuição militar na ordem dos 5 000 homens, Augusto Santos Silva referiu que "a porta portuguesa em relação às obrigações e solidariedade com os aliados está sempre aberta".»

[A palavra socialismo / Como está hoje mudada  / De colarinho à Texas / Sempre muito aperaltada]

Nas reportagens seguintes, Luís Amado não só teoriza na sua habitual linguagem hermética (Santos Silva é mais directo) própria dos grandes diplomatas, como passa um raspanete à União Europeia (ao que parece pelo sua falta de empenhamento).

"Eu próprio amanhã terei oportunidade, no Conselho de Assuntos Gerais, de me pronunciar sobre o que acho que tem sido o papel da União Europeia em todo este processo relativo ao Afeganistão, em que a União Europeia tem estado numa posição de grande subalternidade na relação com a NATO", afirmou.

     Em carta de 7 de Dezembro à baronesa Ashton Luis Amado é mais mais concreto, embora mantenha a mesma linguagem "diplomática" (ou será "eufemística"?):  «É vital que nós - a UE e os Estados-membros – nos reunamos em Londres com ideias claras do que pode ser o nosso esforço e de como podemos melhorar a eficácia global dos recursos aplicados no Afeganistão. (...) Neste contexto, uma das preocupações mais prementes é o compromisso europeu para a estabilização do Afeganistão, em suas vertentes civil e militar. (...) [a estratégia anunciada na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama] traduz uma visão clara e sensata do que se pode e deve fazer no e para o Afeganistão», e, segundo a Agência Lusa, Luís Amado mencionou o empenho de novos recursos militares, o reforço do treinamento das forças afegãs e do esforço civil para o desenvolvimento social e econômico do país. E a Agência Lusa termina assim a sua notícia: A carta inclui ainda uma referência à necessidade de os dirigentes europeus transmitirem às opiniões públicas europeias a importância da presença internacional no Afeganistão, para que seja possível ter o apoio necessário ao esforço em recursos militares, civis e financeiros.

[Os barões da vida boa / Vão de manobra em manobra / Visitar as capelinhas / Vender pomada da cobra]

                                 

Eis dois homens, Augusto Santos Silva e Luís Amado, dois gigantes da política internacional, que estão fadados para as mais altas missões! No Afeganistão, por exemplo!... Se é preciso derramar sangue, senhores ministros, que seja o vosso, que seja o vosso...

                                                            

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

Onde está a esquerda?

Costa lembrou da necessidade de os socialistas renovarem a actual maioria absoluta.

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, apelidou esta quinta-feira o Código do Trabalho de «nódoa mais vergonhosa» na história do PS e disse que «mais cedo ou mais tarde» é possível derrotar os socialistas nas eleições, noticia a Lusa. (...)

(...) Em Abril, no final da cimeira dos 60 anos da NATO em Estrasburgo/Kehl, o primeiro-ministro, José Sócrates, já tinha anunciado a intenção de Portugal duplicar a sua presença na missão da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF, sigla inglesa). (...)

(...) O PCP, reiterando a sua oposição ao envio de tropas para o Afeganistão, considera inaceitável não só a intenção do reforço da presença militar portuguesa como realça o facto de tal pseudo ponderação decorrer de decisões já tomadas na reunião de Ministros da Defesa da NATO. (...) O PCP, nesta ocasião, alerta o povo português para o acordo de princípio dado pelo Governo PS ao uso da Base das Lajes para treino de aviões F-22 dos Estados Unidos da América. A consumar-se, uma área equivalente a quase 4 vezes a área de Portugal ficará para o treino norte-americano. (...) 

Dia 10 de Julho, José Saramago, na CML, bem podia, referindo-se a ele próprio e com toda a propriedade, afirmar que “A esquerda não tem nem uma puta ideia do mundo em que vive”.  Quem sabe se não terá?

                                                                   

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                   

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