Peru: Contradições e potencialidades de uma nova situação
«Com a recente eleição de Ollanta Humala para a presidência do Peru abriu-se nesse país uma perspectiva de mudança. A candidatura directamente apoiada pelos EUA foi derrotada.
A nova situação é, naturalmente, muito contraditória. O diario.info publica hoje três artigos que podem ajudar a compreender a complexidade da situação existente.»
«Com todas as dificuldades e limitações, a luta tem que ser travada, com independência política, para tentar levar o novo governo para um processo de mudanças sociais, até onde isso for possível. Nessas circunstâncias, os revolucionários devem conjugar unidade e luta, não cometendo o erro de se submeter acriticamente ao novo governo, como fazem os reformistas. Tampouco devem se colocar na oposição cega e fazer o discurso que hoje interessa à direita e ao imperialismo, tal qual agem os que se proclamam ultra-esquerdistas, subestimando a capacidade das massas de influir no processo político.»
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«A tomada de posse de Ollanta Humala e do novo parlamento peruano trazem consigo indícios preocupantes: a libertação do criminoso Fujimori, uma larga percentagem de congressistas corruptos. São indícios negativos num processo carregado de contradições.»
«As repercussões da vitória de Humala serão maiores no plano internacional do que no nacional. Se a sua presidência reforça a linha de independência anti imperialista seguida por vários governos na América Latina, no plano nacional, em contrapartida, é muito provável que os indígenas e os pobres vão exigir respostas para as suas reclamações que o novo governo não atenderá, uma vez que não pode nem quer afrontar os interesses das grandes empresas mineiras e a direita apoiada pelo imperialismo.»
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Peruanos votaram acreditando na mudança - Humala eleito presidente (Avante!, Edição N.º 1958, 09-06-2011)
«Mais de 7 milhões de peruanos elegeram, domingo, o líder do Partido «Ganha Peru», Ollanta Humala, para a presidência da República, expressando a vontade inequívoca de colocar o país ao lado dos processos progressistas na América Latina.»
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