UPP: Concerto - José Afonso uma vontade de música
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O Banco Central Europeu comprou, entre os dias 8 de Junho e 15 de Julho, 10,4 mil milhões de euros de dívida privada. Não se trata, porém, de uma dívida qualquer, por exemplo, de cidadãos comuns ou de pequenas empresas em dificuldade. Esta ajuda, que em última instância será suportada pelas camadas populares, destinou-se a socorrer precisamente grandes multinacionais europeias cotadas nas principais praças financeiras.
Entre elas encontramos nomes conhecidos de grupos franceses como Axa, Total, Danone, Sanofi, Orange, Pernod Ricard ou ainda Air Liquide e Schneider Electric, entre outros.
Mas, segundo noticiou o jornal Le Monde, a generosidade do BCE beneficiou igualmente os grupos alemães BMW, BASF e Daimler.
O BCE passou deste modo a aplicar à dívida dos grandes grupos económicos o mesmo tratamento até aqui reservado às dívidas dos estados. Ou seja, para manter as taxas de juros baixas, adquire títulos de dívida, usando o chamado «quantitative easing». Este mecanismo, que funciona como uma espécie de impressora de dinheiro, leva a instituição a criar, todos os meses, várias dezenas de milhares de euros que logo se «evaporam» nos mercados financeiros, sem nunca chegarem à economia real, isto é, à vida das pessoas.
Especialmente dedicado ao Banco Central Europeu e à sua vontade de nos «enfiar pela goela abaixo» a destruição total dos direitos e conquistas sociais:
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A Associação Conquistas da Revolução e o Teatro Extremo apresentam De AÇO e de SONHO, dia 16 de Junho, pelas 21 horas, na Casa do Alentejo.
A entrada é livre.
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À Proa (José Afonso)
Balada do Mondego (Artur Paredes)
Senhora do Almortão (tradicional - José Afonso)
Dor na Planície (Octávio Sérgio)
Canção de embalar (José Afonso)
Natal dos Simples (José Afonso)
No Comboio Descendente (Fernando Pessoa / José Afonso)
Um Homem Novo Veio da Mata (José Afonso)
O Anel que Tu Me Deste (tradicional)
Murinheira (tradicional)
Utopia (José Afonso)
Grândola, Vila Morena (José Afonso) (completa)
Vídeos:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge (publicado inicialmente a 2 de Agosto de 2009)
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Comecemos por recordar dois "posts" de Daniel Oliveira (DO):
Dos outros que, no Arrastão, apoiam a agressão da NATO à Líbia (*), nem vale a pena falar. Com pessoas assim, está o Bloco bloqueado.
Veja agora este vídeo que copiamos do 5dias (Helena Borges):
E agora nada mais escrevo porque me apetece vomitar. E, depois, vou com Zeca Afonso recordar Wiriamu, Mocumbura e Marracuene (**).
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(**) Como uma coisa puxa a outra, lembrei-me deste trecho:
«Lisboa está em festa, com milhares de pessoas a acorrerem ao cais para ver o troféu de guerra que constitui o grupo de prisioneiros trazidos de Moçambique. É a chegada da fera cruel, do pesadelo de todos os governos portugueses, do régulo sanguinário, como o classificaram os jornais nos últimos meses.»Em mais de um século, a boçalidade, a bestialidade, é a mesma. Ou pior.
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PS: Entretanto, domingo, dia 23 de Outubro,
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Publicado neste blog:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
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José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Zeca Afonso)
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Pedro Passos Coelho perante o retrato do homem que ele mais admira!
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Quem, recentemente, falou em «sangue», «suor» e «lágrimas», foi Pedro Passos Coelho, em entrevista ao «Expresso» de 27 de Novembro:
Não se pode dizer que o homem seja muito original ou muito rigoroso!
Comecemos pela originalidade.
Já na quarta-feira, 2 de Junho de 2010, Pedro Norton, na revista «Visão», clamava por Sangue, suor e lágrimas: «É em momentos excepcionais que se revelam os líderes excepcionais. Pedro Passos Coelho pode ainda ambicionar não passar à história como mais um personagem do comboio fantasma de governantes medíocres que nos têm conduzido ao abismo. Mas, para isso, vai ter de apostar forte e de trocar rapidamente os "amanhãs que cantam" de José Sócrates pelo "sangue, suor e lágrimas" de Churchill. Em breve perceberemos se tem ambição e sobretudo se tem estofo para tanto. Oxalá assim seja. E oxalá saibamos ouvir quem quer que seja que ouse falar assim.»
(Mais tarde, em 26 Setembro 2010, Magalhães e Silva, no Correio da Manhã, publicava um artigo intitulado Sangue, suor e lágrimas, mas a intenção e o contexto são outros)
Do artigo de Pedro Norton, percebe-se que a expressão «sangue, suor e lágrimas» já há algum tempo circulava pelos bastidores de Pedro Passos Coelho e que este se limitou a tirá-la da manga sem perceber muito bem o seu contexto histórico. Este é que é um exemplo de uma pessoa que não pensa pela sua cabeça, para usar uma expressão cara a uma conhecida jornalista!
Quanto ao rigor.
Churchill falou em «sangue, suor e lágrimas» a seguir à guerra? Churchill prometia «sangue» a seguir à guerra? Será que o Pedro Passos Coelho também fez a cadeira de História por fax e que quando Deus distribuiu a argúcia esqueceu-se dele?
A frase célebre de Churchill foi pronunciada no dia 13 de Maio de 1940 no primeiro discurso na Câmara dos Comuns após a tomada de posse como Primeiro Ministro do Reino Unido, no seguimento da demissão de Chamberlain a 10 de Maio:
Aí, Churchill dizia que nada mais tinha a oferecer senão «sangue, trabalho árduo, lágrimas e suor». O que era compreensível, porque se vivia em plena guerra (que, claro, provoca feridos e mortos - o «sangue» vem dessa evidência!...). A 7 de Setembro de 1940 começava o blitz (bombardeamento nazi) sobre Londres...
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Mas, Churchill, ao contrário de Pedro Passos Coelho, conhecia a História, e tinha consciência de que estava a fazer uma citação, e de quem era a citação, no seu discurso de 1940.
Quem, de facto, pela primeira vez, pronunciou a frase, foi Giuseppe Garibaldi, em 2 de Julho de 1849, em Roma, em frente do Parlamento da República, perante as suas tropas, constituidas por escassos 4700 homens, que teriam de defrontar os 86000 da força combinada francesa, espanhola, napolitana, toscana e austríaca:
«Non ho null'altro da offrirvi se non sangue, fatica, lacrime e sudore» [Não tenho mais nada a oferecer além de sangue, sofrimento, lágrimas e suor]. (1)
Mais uma vez numa situação de guerra em que ia haver feridos, mortos. destruição.
Quanto a nós, Dr. Pedro Passos Coelho, chegue-se aqui mais perto... Mais perto ainda... Assim está bem.
Então o senhor tudo o que tem para nos oferecer é «sangue, suor e lágrimas»? Nem «trabalho árduo», como Churchill, tem para nos oferecer? Sabe, os portugueses estão a habituados a trabalhar arduamente e o direito ao trabalho é o Artigo 23º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (2) .
Em contrapartida o senhor oferece-nos «sangue»! «Sangue», Dr. Pedro? Mas, consigo, na hipótese de um dia chegar ao poder, vamos entrar numa guerra? Uma guerra de classes contra os trabalhadores? Então o «suor» é das correrias e as «lágrimas» são do gás lacrimogéneo?
Sabe que mais? Se é preciso verter sangue, que seja o seu! Que seja o seu, Dr. Pedro!
A propósito de «sangue», vamos ouvir Os vampiros
«No céu cinzento / Sob o astro mudo / Batendo as asas / Pela noite calada / Vêm em bandos / Com pés de veludo / Chupar o sangue / Fresco da manada»
«Se alguém se engana / Com seu ar sisudo / E lhes franqueia / As portas à chegada / Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada»
(1) Ler:
"Blood, Toil, Tears and Sweat": The Dire Warning; Churchill's First Speech as Prime Minister (The phrase was not spontaneous -- he had already spoken it to the War Cabinet that morning. Nor was it entirely original; Garibaldi, Churchill almost certainly knew, had in 1849 told his followers that he could offer "hunger, thirst, forced marches, battles and death" in the impending battle for Rome.)
Garibaldi maestro di Churchill (Nel 1940, nei giorni bui dopo la sconfitta britannica a Dunkerque, Churchill gli rese omaggio nel suo più ispirato discorso al parlamento e alla nazione, «rubando» le parole che Garibaldi aveva pronunciato nel 1849 davanti al Parlamento della Repubblica romana, quando ai suoi «pochi» 4700 uomini - che avrebbero dovuto fronteggiare gli 86 mila delle forze combinate francesi, spagnole, napoletane, toscane e austriache - disse: «Non ho null’altro da offrirvi se non sangue, fatica, lacrime e sudore».)
(2) Artigo XXIII: 1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.
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