Com a definição da pré-candidatura da ministra Dilma Roussef à Presidência da República para assegurar a continuidade e o aprofundamento das mudanças iniciadas durante os dois mandatos do presidente Lula, inicia-se a fase do debate programático indispensável para deixar nítido o rumo a seguir, mobilizar as forças organizadas do movimento popular do país e conquistar a maioria do eleitorado.
Um dos aspectos fundamentais da atuação do PCdoB é a luta antiimperialista, essência de sua linha política. Mesmo quando estão na ordem do dia lutas estritamente internas - como a questão nacional, a ampliação da democracia, as melhorias sociais e os processos internos de reivindicação popular -, ainda que se analise o cenário apenas do ponto de vista brasileiro, a questão antiimperialista está presente. Isso porque não se pode conceber a questão nacional desligada de um sistema de dominação imperialista que foi montado secularmente no Brasil e cujo desmonte é uma obra que depende de medidas muito complexas resultantes de um processo revolucionário.
Ademais, a luta antiimperialista está intrinsecamente ligada ao combate cotidiano do povo brasileiro contra o sistema de dominação da grande burguesia monopolista e financeira, entrelaçadas com os potentados internacionais que tentam subjugar o país ou mantê-lo em sua órbita de poder geopolítico. Para as forças democráticas, patrióticas e populares brasileiras, isto significa que não há uma "muralha da China" a separar a questão nacional das questões democrática e social.