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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Não só condenar

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Para além da necessária e firme condenação, a criminosa carnificina de Paris obriga a extrair conclusões políticas. É intolerável que as mesmas forças políticas, económicas e mediáticas que multiplicam palavras de indignação contra o terrorismo fundamentalista em Paris, prossigam no seu criminoso apoio, promoção, financiamento e armamento desse mesmo terrorismo fundamentalista, quando ele se dirige contra países soberanos que não estão sob o controlo do imperialismo, como tem sido o caso na Síria ou Líbia. O caos, destruição e morte em Paris são filhos do caos, destruição e morte que – numa escala incomparavelmente maior, e como resultado das agressões directas ou indirectas do imperialismo – têm destruído países e regiões inteiras e gerado a vaga de refugiados que agora chega à Europa.

Não é admissível que haja silêncio ou conivência com os actos de terrorismo em Beirute, Bagdade ou Damasco – cometidos pelas mesmas forças que agora massacraram em Paris. E não é admissível que se finja que o terrorismo não tem padrinhos ao mais alto nível do poder político das grandes potências imperialistas e seus mais fiéis aliados. Padrinhos que usam o terrorismo como arma contra países e governos que não cumprem ordens. Quem pode negar tal facto, quando são os próprios padrinhos que o confessam? Zbigniew Brzezinski, ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA reivindicou numa famosa entrevista à revista Nouvel Observateur (15.1.98) o patrocínio norte-americano aos fundamentalistas afegãos em 1979. Orgulhosamente, esclareceu que ao contrário da «versão oficial da história» esse apoio ao terrorismo fundamentalista não foi feito para combater a entrada de tropas soviéticas no Afeganistão (que apenas se deu mais tarde), mas para as «atrair para a ratoeira afegã». Não foi essa a primeira nem a última vez que o imperialismo recorreu ao terrorismo. Longe disso. Existe um fio condutor que liga os atentados terroristas das «redes Gládio» na Europa ocidental (nomeadamente em Itália), os «contras» nicaraguenses, as UNITAs e Renamos em África, a rede bombista no Portugal de 1975, e as Al-Qaedas, os «rebeldes sírios» e o ISIS, sem esquecer os massacres dos fascistas ucranianos. Esse fio condutor está nos apoios, abertos ou encapotados, do imperialismo, dos seus serviços secretos e militares, dos seus agentes e aliados no plano nacional ou regional. Em Outubro de 2014, o vice-presidente dos EUA afirmou em público que «os nossos aliados» Turquia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos «despejaram centenas de milhões de dólares e dezenas de toneladas de armas nas mãos de quem quer que lutasse contra [o presidente sírio] Assad – só que quem os recebia eram a [Frente] al-Nusra e a Al-Qaeda e os elementos do jihadismo que vinham de todas as partes do mundo. […] Onde foi isto tudo parar? […n]esta organização chamada ISIL, que era a Al-Qaeda no Iraque […] E nós não conseguimos convencer os nossos aliados a parar de os abastecer» (Washington Post, 6.10.14). Mas os aliados não deixaram de o ser e o ISIS continuou a crescer. Biden é um falso ingénuo. Também o General Wesley Clark, comandante das tropas da NATO na guerra contra a Jugoslávia, confessou à CNN (18.2.15) que «o ISIS foi criado através do financiamento dos nossos amigos e aliados, porque como as pessoas da região lhe dirão 'se queremos alguém que combata até à morte contra o Hezbolá […] procuram-se os fanáticos e arregimentam-se os fundamentalistas religiosos – é assim que se combate o Hezbolá'». E é também assim que, no espaço de 24 horas, se deram os massacres terroristas no Sul de Beirute (43 mortos, 239 feridos) – alvejando os civis nos bastiões do Hezbolá – e os massacres de Paris.

Só nos faltava que as potências imperialistas que alimentaram o monstro venham agora usar os massacres de Paris para, invocando o combate ao ISIS, justificar uma escalada de guerra. Foi precisamente o que aconteceu após o 11 de Setembro, com as consequências dramáticas que estão hoje à vista.

AQUI

 

Ariel Sharon foi um criminoso de guerra

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Desenho de Fernando Campos (o sítio dos desenhos)

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Sharon não foi um homem de paz, foi um criminoso de guerra, que combateu ou dirigiu em todas as guerras de agressão e de ocupação de Israel contra a Palestina e os países árabes da região.

Não foi um homem preocupado com a segurança do seu povo, levou a insegurança a toda a região e o terror à Palestina ou a países como o Líbano.

Sharon não tinha como «estrela guia» a «sobrevivência» de Israel, nem era um homem corajoso, foi um comandante provocador que desde cedo usou a provocação e a guerra para procurar negar a existência não só do Estado, mas também do povo palestiniano.

Sharon não foi um patriota, foi um nacionalista de extrema-direita e racista, foi o homem do massacre de Qybia, na Cisjordânia, em 1953, em que como comandante da unidade 101 massacrou 69 pessoas, várias delas queimadas vivas dentro das suas próprias casas.

Foi o autor, conjuntamente com os falangistas assumidamente fascistas, do massacre dos campos de refugiados palestinianos de Sabra e Shatila (Beirute Ocidental), em que, cercados pelos tanques israelitas, cerca de 2000 palestinianos foram assassinados e muitos deles torturados e violados.

Não foi o homem da retirada dos colonatos da Faixa de Gaza, foi aquele que transformou Gaza numa gigantesca prisão e aquele que, em 1998, incitou os colonos israelitas a ocuparem o máximo de território possível na Cisjordânia.

Sharon não foi o homem do diálogo, foi o que em 2000 protagonizou a provocação na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém acompanhado de 1500 soldados, e que já primeiro-ministro ordenou o massacre de Jenin em 2002 e decidiu da construção do Muro do Apartheid na Palestina.

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Tambores de guerra na Síria?

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Ron Paul, congressista republicano, duas vezes candidato à presidência dos Estados Unidos, médico de profissão, cirurgião da força aérea durante a guerra de Vietname e autor de vários livros, considerado padrinho espiritual do conservador Tea Party e que frequentemente choca com as posições dos seus colegas de partido e também com as dos democratas, acaba de publicar, em Information Clearing House, um polémico artigo sobre a Síria, no qual avança com várias verdade «incómodas», que começam com o título desta nota.

Sobre um dos massacres mais recentes (o artigo é de 5 de Junho) registado de forma manipulada pelos media, Ron Paul comenta que, «tal como seria de esperar numa administração (a do seu país) com uma política declarada de ‘mudança de regime’ na Síria, a reacção foi atirar as culpas só para cima do governo da Síria», expulsar o pessoal diplomático e «anunciar que os EUA poderiam atacar a Síria mesmo sem a aprovação da ONU». Sem negar que o ataque possa ter sido perpetrado pela forças governamentais, o congressista recorda que «bombardeamentos e ataques recentes foram obra dos rebeldes, que têm relações com a Al Qaeda» e que num caso tão sensível «faria sentido esperar por uma investigação completa (...) a menos que a verdade seja menos importante que agitar as emoções a favor de um ataque dos EUA».

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Publicado neste blog:

A real agenda Síria

O massacre de Al-Houla na Síria foi, como cada vez mais provas apontam, um hediondo crime, concebido e executado por grupos terroristas armados a partir do exterior, com o objectivo de ser atribuído às forças militares e de segurança sírias. O seu propósito foi apenas um, subir um degrau mais na escalada de violência interna e prosseguir a agenda, claramente gerida por Washington, de destruição do plano Annan. Um plano que – apesar de sustentado numa linha de ingerência externa e de não reconhecimento e condenação do papel dos grupos terroristas – tinha a virtude de retirar campo, no imediato, à chamada «solução militar» e de reconhecer a legitimidade do governo sírio.
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«Os observadores das Nações Unidas ainda não foram capazes de determinar os contornos e a autoria do mais recente massacre na Síria. Não obstante, o governo sírio continua sob intensa pressão mediática e diplomática por parte do imperialismo.»

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Posição do Partido Comunista Sírio face aos ataques imperialistas

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Preparemos o nosso povo para qualquer eventualidade, incluindo a luta contra uma agressão militar. Estamos seguros de que, caso essa agressão se venha a concretizar, a Síria constituirá um cemitério para os agressores. O povo sírio possui um grande património nacional de luta contra o colonialismo.

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O veto

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O veto da Rússia e China no Conselho de Segurança da ONU é uma rara notícia positiva a emanar daquele órgão. Positiva por ser um entrave a mais uma agressão imperialista. Quase seguramente não impedirá que o imperialismo avance, tal como a ausência da cobertura pela ONU não impediu que os democratas de Clinton e sociais-democratas da UE atacassem a Jugoslávia, ou os republicanos de Bush e a troika Blair-Aznar-Barroso invadissem o Iraque. Mas é positivo que não possam invocar a chancela da ONU, ao contrário do que aconteceu no caso da Líbia.

A reacção do imperialismo ao veto foi delirante.

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