No próximo dia 12 de Dezembro, Segunda-feira, os Deputados do PCP António Filipe e Ana Virgínia Pereira deslocam-se ao Distrito de Viseu para um conjunto de contactos a propósito da reabertura dos Tribunais de Armamar, Resende e de Tabuaço.
«O campo bolivariano saiu vitorioso em 18 dos 20 actos eleitorais. Porém, seria pouco acertado retirar importância ao desaire eleitoral agora sofrido pela revolução venezuelana, primeira derrota em eleições legislativas. Um revés cuja avaliação aturada caberá fazer às forças revolucionárias bolivarianas. Salta à vista que a votação da MUD supera largamente a base social da oligarquia e burguesia venezuelanas. Por outro lado, parte do campo popular que apoia o processo bolivariano absteve-se de votar. As massas têm revelado uma disponibilidade quase incansável de mobilização ao logo destes 16 anos. Contudo, nas urnas acabaram por se expressar os efeitos do desgaste social resultantes da continuada política de chantagem, desestabilização e agressão económica – agravado pela baixa do preço do crude – de que é alvo o poder de Caracas por parte do imperialismo. O que não obsta à necessidade de encarar os sérios problemas, limitações e deficiências no plano interno.»
«Sendo certo que o regime democrático venezuelano é presidencial e que o mandato de Nicolás Maduro só termina em 2019, estando atribuído ao executivo poderes de condução política e governação da nação, a distribuição e correlação de forças na Assembleia Nacional não é de todo inócua.»
«O PCP salienta que estas eleições se realizaram no contexto de uma conjuntura económica particularmente desfavorável em resultado da baixa do preço do petróleo e no quadro de grandes operações de desestabilização e boicote económico dos sectores mais reaccionários venezuelanos articuladas com a ingerência do imperialismo contra a Revolução Bolivariana.»
«O desfecho venezuelano confere atualidade à pergunta: é possível pela via institucional transformar radicalmente uma sociedade capitalista, utilizando as instituições criadas pela burguesia para atingir os seus objetivos?»
As eleições de 4 de Outubro, não foram eleições para primeiro-ministro, mas sim para eleger 230 deputados.
O PAF perdeu:
738.000 votos
25 deputados
12 pontos percentuais
o 2º pior resultado de sempre em eleições legislativas!!!...
PS, BE e CDU subiram em número de votos e em mandatos.
Cavaco Silva exorbitou funções, abusou das prerrogativas que lhe estão constitucionalmente atribuídas, subverteu os fundamentos do regime democrático, assumiu-se não como Presidente da República mas como representante do PSD e do CDS em Belém e expôs o país a uma atitude de humilhante subserviência externa.
Ter mais votos ou mais deputados e ganhar as eleições não são sinónimos. O Presidente da República sabe isto perfeitamente (AQUI). Quando dá a entender outra coisa, está a tentar enganar-nos e a afrontar a Constituição da República Portuguesa.
Ninguém se lembra de o Presidente da República ter perguntado ao PSD e ao CDS qual era o conteúdo do acordo que estes dois partidos fizeram para governar coligados depois das eleições legislativas de 2011. Ao exigi-lo agora, o Presidente da República está a afrontar a maioria livremente expressa pelos eleitores a 4 de Outubro e a Constituição da República Portuguesa.
O Presidente da República em 2011 também não exigiu que Portas lhe garantisse que não haveria deputados do CDS a votar contra o acordo. Ao fazê-lo agora, o Presidente da República está a afrontar a maioria livremente expressa pelos eleitores a 4 de Outubro e a Constituição da República Portuguesa.
Para o Presidente da República agora tudo mudou. Está muito mais exigente. Quer ver o acordo, escrito e assinado, entre os partidos de esquerda e quer avaliá-lo ponto por ponto. Não lhe basta que António Costa, Catarina Martins, Jerónimo de Sousa e Heloísa Apolónia garantam a existência de um acordo. E certamente que não seria suficiente um acordo como o assinado entre o CDS e o PSD em 2011 - um acordo, recorde-se, que não refere uma única medida concreta. Ao exigi-lo agora, o Presidente da República está a afrontar a maioria livremente expressa pelos eleitores a 4 de Outubro e a Constituição da República Portuguesa.
A DORV do PCP, reunida em 10 de Outubro de 2015, analisou os resultados das eleições legislativas, com particular incidência os referentes ao Distrito, balizou o quadro político, económico e social com que os trabalhadores e o povo estão confrontados, bem como o desenvolvimento da luta de massas. Definiu linhas essenciais de iniciativa política e medidas para o reforço orgânico do Partido, potenciadas pelos resultados eleitorais e as exigências de acção que se colocam para o futuro. Discutiu ainda as eleições presidenciais de Janeiro de 2016 e as tarefas para apoio ao candidato Edgar Silva, apresentado pelo PCP.
Pires de Lima, o senhor que ainda está de ministro da Economia, considerou que seria uma «obscenidade política» que o próximo Governo venha a ser liderado pelo PS, através de uma coligação de esquerda, afirmando que «quem perde as eleições não pode governar o país».
Os eleitores da Freguesia de Real dizem não à política de direita e reforçam a confiança na CDU como alternativa para prosseguir uma verdadeira politica patriótica e de esquerda!!!
O PSD/CDS conseguiu agora apenas 73 votos quando em 2011 os dois partidos tinham conseguido 107.
A CDU mais do que duplica os votos e em termos de percentagem sobe de 7,32% em 2011 para 20,42% agora. Torna-se a 2ª força política com mais votos.