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A obra intelectual que Marx nos legou é vasta, diversificada, de enorme riqueza de ideias, rara profundidade e indiscutível actualidade nos dias que vivemos.
Em apenas três escassas páginas de «O Militante» não é possível referir com a extensão e a profundidade exigidas a herança teórica de Marx, pelo que ficaremos apenas por alguns registos.
Lembramos que retomando uma prática que remonta aos anos de vida clandestina, o Partido Comunista, após o 25 de Abril, através da Editorial «Avante!», tem dado uma particular atenção às obras dos clássicos do marxismo-leninismo, chamando a si a publicação das obras mais importantes de Marx, Engels e Lénine, desenvolvendo simultaneamente a sua difusão.
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Texto de José Barata Moura
1. Introdução
O Manifesto do Partido Comunista foi publicado pela primeira vez em Londres na segunda metade de Fevereiro de 1848, sob os auspícios de uma associação cultural operária que funcionava na órbita da Liga dos Comunistas.
Com toda a probabilidade, Marx foi o redactor do escrito. No entanto, em termos substanciais, trata-se de uma obra conjunta de Marx e de Engels, que vinha a ser pensada e preparada desde 1847.
Não estamos perante um desabafo de almas inquietas com o curso do mundo, nem perante um protesto de indignação moral, nem perante uma rebuscada congeminação de gabinete.
Trata-se de um texto, apoiado, de clarificação estratégica, de consolidação doutrinária de uma plataforma de forças combativas, em suma, trata-se de um instrumento em que a compreensão do passado e o debate crítico do presente se abrem a uma necessária perspectiva de luta que os vincula a um futuro (que é também afazer) de realização.
(sublinhados meus)
Texto de José Barata Moura
«Não estamos perante um desabafo de almas inquietas com o curso do mundo, nem perante um protesto de indignação moral, nem perante uma rebuscada congeminação de gabinete. Trata-se de um texto, apoiado, de clarificação estratégica, de consolidação doutrinária de uma plataforma de forças combativas, em suma, trata-se de um instrumento em que a compreensão do passado e o debate crítico do presente se abrem a uma necessária perspectiva de luta que os vínculos a um futuro de realização.
O Manifesto começou por ser actual, e actuante, porque foi capaz de surpreender dinâmicas sociais profundas que trabalhavam o tempo em que foi composto. Fala de um modo estruturante de produzir e de reproduzir o viver económico e social que, transformadamente, persiste na sua matriz e lógicas fundamentais – e para cujas contradições e assimetrias, crises e misérias importa preparar, e lutar por estabelecer, uma base de sustentação nova, nas condições e à altura das exigência do tempo, que, removendo e superando a exigência, recoloque a humanidade em caminho de desenvolvimento qualificante.
O Manifesto põe nuclearmente em evidência a dimensão da luta de classes na modelação do acontecer histórico, e das grandes transformações que presidem à sua organização.
Esta dinâmica de luta é particularmente perceptível nos momentos de confrontação social aguda e de revolucionamento – que, por exemplo, conhecemos, em Portugal, durante o fascismo e com o 25 de Abril. Mas ela não deixa de estar presente, e actuante, nas formas que lhe são apropriadas, ao longo dos segmentos do processo histórico – mesmo se marcadas por modalidades diferenciadas de “contra-revolução”, de pretensa “estabilização democrática”, ou de espicaçado afã regressivo a receituários liberalistas crus.»
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«Em 1848, dois dos mais destacados dirigentes da Liga dos Comunistas – Marx e Engels – iriam redigir um documento programático que iria marcar para sempre todo o movimento dos trabalhadores e das organizações socialistas e comunistas: o Manifesto do Partido Comunista. Passados 160 anos a teoria marxista continua a ser o mais valioso instrumento teórico-político que os trabalhadores e as classes populares têm ao seu dispor para fazer frente ao domínio do capital. Assim, com este artigo procurar-se-á chamar a atenção para uma série de ensinamentos do Manifesto que mantêm uma actualidade e um vigor a (re)lembrar e a incorporar na luta quotidiana dos comunistas e dos revolucionários.»
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