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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Voos de Guantánamo: Confirmação do crime e das cumplicidades

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Sabe-se há muito que, dos 779 presos de Guantánamo, 94 por cento passaram pelo espaço aéreo e/ou território nacional, sabe-se há pouco que pelo menos 118 terão sido «repatriados» pela mesma rota.

Amado disse em Outubro 2006: «se me provar alguma conivência com uma ilegalidade em território português demito-me»; Sócrates disse em Janeiro 2008: «O Governo nunca foi consultado nem autorizou» a transferência de prisioneiros – mentiram!

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Ana Gomes teve um ataque de ciúmes a propósito de Luís Amado: «Mais depressa se apanha um acariciado do que um coxo»!

Ana Gomes, que apoia a NATO (1) e a guerra no Afeganistão (2) (e, consequentemente, apoia todas as atrocidades que aí se cometem) mas que, por desfastio, é contra os voos da CIA, teve um ataque de ciúmes. Também não admira: teve conhecimento de uma missiva que uma amiga comum enviou usando ternas palavras sobre o seu Amado (Luís)!

E vai daí, toca de vir a público dizer, com despeito: «Mais depressa se apanha um acariciado do que um coxo»!

Neste blogue podemos gabar-nos de tanto acariciarmos Ana Gomes como Luís Amado!

Clique nos nomes para ver tudo o que se tem publicado neste blogue sobre Ana Gomes e Luís Amado.

E Luís Amado já se demitiu?

(«Se me provar isso, demito-me no dia seguinte» - Luís Amado)

(2) Citações de Ana Gomes:

25 de Agosto de 2008:

15 de Abril de 2009:

[Manuel Alegre critica reforço. Mas aprova a presença? E sobre a NATO, o que diz Alegre?]

16 de Dezembro de 2009:

Excerto da (parte final da) «missiva» da Embaixada dos EUA relativa a Luís Amado que despertou os ciúmes de Ana Gomes:

«Right now, it would be to our advantage to stroke him [Luís Amado] a lot.» [Agora, seria vantajoso para nós acariciá-lo muito]

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Publicado neste blog:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

A Comissão Política de Manuel Alegre vai tomar uma posição sobre a NATO e a cimeira da NATO?

Calma, estamos só a perguntar, e perguntar não ofende!

É que fomos ver a composição da Comissão Política Nacional da candidatura de Manuel Alegre.


Logo aí notámos  a presença de figuras como Augusto Santos Silva e Ana Gomes, a nata da NATO em Portugal, "afegãos" até ao osso, e a ausência lamentável de outros, igualmente notáveis, como Luís Amado e Fernanda Câncio.

Esta última compreende-se que não esteja porque deve ter partido, de camuflado e botas, à espadeirada, para o Iraque. Pelo menos é o que se deduz da sua enigmática despedida de 13 de Agosto: «até amanhã, no Iraque». Mas não partiu sem antes nos confidenciar: «confesso: apesar de não ter a menor estima por Bush e de não ter comprado a treta óbvia das armas de destruição maciça, apoiei a invasão americana». E, entre acenos e suspiros, desabafou: «quero acreditar que não morreu tanta gente - iraquianos e ocupantes - para nada».

Mas outra presença de relevo na Comissão Política é José Vera Jardim, o deputado do PS e Vice-Presidente da Assembleia da República. Sim, esse mesmo que, quando o PCP pretendeu «interditar, com efeitos imediatos, o nosso espaço aéreo a todo e qualquer voo com origem ou destino em Guantánamo», disse que tal era um «absurdo». Não acredita? Ora leia aqui: Os voos secretos da CIA e os campos de concentração dos EUA (BBC).

Mas, dirão alguns leitores, o que é que Manuel Alegre e a sua Comissão Política têm a ver com a NATO e a respectiva Cimeira?

Nada têm a ver se forem apenas uma agremiação recreativa, para organizar uns bailes, umas patuscadas, ou até, irem ver jogar o Benfica.

Mas, se, por mero acaso, a ideia for colocar Manuel Alegre na Presidência da República, aí o poeta vai ter que tomar posse se for eleito. E...

«No acto de posse o Presidente da República eleito prestará a seguinte declaração de compromisso: Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa

E o que diz a Constituição? Ora vejamos:

Artigo 7.º

Relações internacionais

1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade.

2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

In Constituição da República Portuguesa

Palpita-nos que a Comissão Política de Manuel Alegre jamais tomará uma posição sobre a NATO e a cimeira da NATO...

E nós, entretanto, vamos mas é votar em Francisco Lopes, que tem voz e acção firmes em favor da PAZ, condições necessárias para se defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa!

Posições do PCP sobre a cimeira da NATO:

“Passados 40 anos, com a queda do muro de Berlim e a dissolução da União Soviética, foi anunciado o fim da «guerra-fria». A NATO teria perdido os fundamentos da sua existência à luz da sua obsessiva estratégia anti-comunista. Mas entretanto a fisionomia do mundo havia-se alterado profundamente, sob a acção do bloco socialista, do «movimento dos não alinhados», a descolonização, e a resistência da América Latina às ofensivas subversivas da América do Norte. Para além do que a NATO alimentava intenções mais amplas e profundas, que até aí não ousara confessar.”

Por Abril, Pela Paz, Não à NATO!
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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Quem defendeu uma «ruptura (...) com a (...) submissão ao imperialismo e à NATO»?

Enganam-se aqueles que pensam em Fernanda Câncio. Não, quem defendeu uma ruptura com a submissão ao imperialismo e à NATO não foi Fernanda Câncio. Nem podia ter sido! Pois se foi ela que confessou recentemente: «... estou ainda para ver o resultado das invasões que apoiei (afeganistão e iraque)...»!

Também não foi Ana Gomes. E não podia ser, porque ela propõe «a força militar» como um dos «instrumentos de acção externa» da União Europeia e diz que «a construção de uma Europa da Defesa forte só poderá contribuir para um pilar europeu da NATO forte

Claro que também Cavaco Silva, Durão Barroso, Augusto Santos Silva, Luís Amado, José Sócrates, etc., etc., etc., não defendem uma ruptura com a submissão ao imperialismo e à NATO. Pelo contrário, todos estes - Câncio, Gomes, Cavaco, Barroso, Augusto, Amado, Sócrates, etc., etc., etc. - repetiriam com gosto a velha canção de 78 rotações de 1949: os EUA promovem a NATO «por compreensível sentimento de solidariedade humana»!

E os candidatos presidenciais? Poderiam defender uma tal ruptura? De Cavaco Silva já falámos. E os outros?

Nesta matéria a declaração mais firme - e única! - que se conhece de Manuel Alegre é de 12 de Abril de 2009: «Não tem sentido que, numa situação de crise que exige a mobilização dos nossos escassos recursos, o ministro da Defesa venha defender o reforço do envio de tropas portuguesas para o Afeganistão. Em nome de quê e de que interesses nacionais? (...) a estabilização da situação militar e política na Guiné é muito mais importante e urgente para nós do que o Afeganistão

Quer dizer que, para Manuel Alegre, são a «crise», os «nossos escassos recursos» e a «importância» e a «urgência» da situação na Guiné a justificação para que não se envie mais tropas para o Afeganistão... Não houvesse esses obstáculos...

E, até agora, que se saiba, Manuel Alegre, ainda não disse mais nada. Quando se procura saber o que ele pensa da(s) guerra(s) apenas se encontram referências aos anos 60 como nesta notícia de 8 de Março de 2010: Alegre voltou ao local onde viveu a guerra. Não há nada a opor a que Manuel Alegre visite os locais onde viveu dos momentos mais dramáticos da sua vida. Mas seria interessante que se pronunciasse também sobre as guerras actuais e sobre a NATO. É que já não se trata de desalojar Américo Tomás de Belém e as eleições são em 2011 e não em 1965 ou em 1972...

E Fernando Nobre? Defenderia ele a «ruptura» do título deste texto? Fomos ver o Curriculum Vitae de Fernando Nobre. Aí se escreve que ele foi «orientador, enquanto representante de uma ONG, num exercício prático militar a convite do Comando da Nato em Oeiras, visando uma análise crítica sobre um cenário de guerra (Darfur) – gestão de crise, assistência humanitária e construção da paz

Também na página da AMI se noticia que «o Presidente da AMI, Dr. Fernando Nobre, parte dia 26 para o Afeganistão, onde vai inaugurar uma escola e um posto de saúde na região de Jalalabad. Estes são dois dos vários projectos que resultam da parceria entre a AMI e a ONG local Hope of Mother. (...) Na cerimónia de inauguração destes dois equipamentos, marcada para a manhã de dia 28, estarão presentes o Governador de Jalalabad, representantes do Governo deste país, diversas personalidades de relevância local e regional e responsáveis do PRT (Provincial Reconstruction Team) do Exército Norte-Americano

Seja-nos permitido concluir que Fernando Nobre nunca defenderia uma ruptura com a submissão ao imperialismo e à NATO.

Quanto a Defensor de Moura não há registo de que se tenha pronunciado sobre as guerras imperiais em curso, sobre a NATO, etc.

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Quem defendeu então a «ruptura» de que se fala neste "post"?

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Foi Francisco Lopes, candidato à Presidência da República, que, em duas ocasiões, defendeu uma ruptura com a submissão ao imperialismo e à NATO. Os textos são estes:

1. Declaração de Francisco Lopes, candidato à Presidência da República, no final de Agosto: Uma candidatura vinculada aos valores de Abril

2. No dia 10 de Setembro, no Hotel Altis, em Lisboa: Uma candidatura patriótica e de Esquerda

Aqui se pode ler:

«Esta candidatura não tem hesitações, não alimenta equívocos, nem formula juízos ambíguos sobre as orientações, as soluções ou o rumo indispensáveis para resgatar o País do declínio para que está a ser conduzido. Mudança de política, ruptura com o rumo dominante na política nacional, afirmação de uma política alternativa – eis o que, com toda a clareza, se inscreve como objectivos necessários ao povo e ao País. (...)

Um rumo de ruptura com a natureza do processo de integração europeia e com a postura de submissão ao imperialismo e à NATO, que integre um quadro diversificado de relações internacionais, e contribua para um mundo mais justo, de paz e cooperação, onde seja assegurado aos trabalhadores e aos povos o direito a decidirem do seu próprio destino.»

Aguardamos então que os restantes candidatos presidenciais se pronunciem sobre estes assuntos e, nomeadamente, sobre a Cimeira da NATO, que se vai realizar em 19 e 20 de Novembro, em Lisboa. Aguardamos... mas já temos uma ideia do que podemos esperar...

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Para Ver e Ouvir:

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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Nascidos para matar

Para Ler, Ver e Ouvir:

Citações apropriadas

Tente adivilhar quem disse as seguintes frases mortais e depois clique para ver se acertou:

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16 de Março de 2003

«Now, coming to our responsibility in case there is a conflict, I must say that the responsibility falls entirely on the dictator Saddam Hussein. He bears the entire responsibility because he has not respected for all of these years international law and consistently violated the UN resolutions. And in that case, if there is a conflict, I want to repeat it once more, Portugal will be next - side by side with his allies. And the fact that we are here today in the Azores with the United States, with Spain and with the UK, this is very significant

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16 de Março de 2003

Tradução parcial da anterior: «A responsabilidade é inteiramente do ditador Saddam Hussein. É dele a responsabilidade de não ter respeitado durante anos o direito internacional e de ter violado repetidas vezes as resoluções das Nações Unidas»

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18 de Novembro de 2007

«Vi os documentos, tive-os à minha frente, dizendo que havia armas de destruição maciça no Iraque. Isso não correspondeu à verdade» (ver vídeo)

[E ninguém é responsabilizado? Esta pessoa continua a ocupar o lugar destacado que tem?]

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23 de Março de 2008 (reafirmando Fevereiro de 2004)

«Ora, dito isto, preto no branco, eu partilho das razões pelas quais Bush e Blair quiseram ir para a guerra ...»

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15 de Abril de 2009

«Discordo de Manuel Alegre quando este critica a decisão do governo de reforçar a presença militar portuguesa no Afeganistão.»

[Manuel Alegre critica reforço. Mas aprova a presença? E sobre a NATO, o que diz Alegre?]

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16 de Dezembro de 2009

«A Europa não pode abandonar os afegãos e não está lá porque os americanos querem. A presença internacional militar e civil continuará a ser necessária ali, por muito mais anos

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3 de Janeiro de 2010

«o Governo e os órgãos que decidem sobre esta matéria, sentiram que era preciso reforçar essa participação [na guerra do Afeganistão]»

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29 de Janeiro de 2010

«a decisão portuguesa de reforçar o contingente português no Afeganistão foi uma decisão com uma única razão: a fronteira de segurança de Portugal está hoje no Afeganistão. (...) É lá que combatemos o terrorismo e onde defendemos a nossa paz e é lá que defendemos o nosso direito de viver e com que valores queremos viver»

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29 de Agosto de 2010

«... estou ainda para ver o resultado das invasões que apoiei (afeganistão e iraque)...»

[Esta pessoa deve ser alguém que não «pensa pela sua cabeça» e que está um pouco confundida pelo «facto de integrar um colectivo que costuma falar a uma só voz (sob pena de)». Ler: Quem disse que eles falam, «não por vontade sua, mas por ordem de uma associação secreta»?]

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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Que mágoa Cacilhas não ser moura!

 

(...)

Há mais! A Nação, num artigo lírico e heróico, diz que a verdadeira missão do País não é a indústria — é a conquista! A pena de pato da Nação é pois uma lança disfarçada. Toda a mágoa da Nação é que Cacilhas não seja moura! Se o fosse, a Nação vestia a sua armadura e ia lá, num bote! Mas Cacilhas, a fiel Cacilhas, não é moura! Ai!

A Nação, pois, condena a indústria. A Nação julga a indústria uma causa de ruína moral para o País. A Nação, para que se mantenha pura e sem mistura a tradição heróica de Portugal, quer que se proíba a indústria!

Portanto, logo que a Nação triunfe e Pontos de Reticência I suba as escadinhas do trono, a indústria será punida pelos códigos, como perturbadora da ordem e contrária aos destinos nacionais. E o sr. delegado do procurador régio promoverá ordem de prisão contra o insensato que em desprezo das leis, e afrontando o sagrado depósito das nossas instituições, ouse fundar — uma saboaria.

Ouviremos então, na audiência, o mesmo sr. delegado, apontando com o fura-bolos vingativo para o mísero, curvado na dor e no arrependimento, sobre o banco dos réus:

— «Pois quê! senhores jurados, não vedes que o réu lançou uma mácula nas nossas tradições impolutas? Faltava porventura a esse desgraçado onde exercer a sua actividade? Não tinha ele as muralhas de Diu? Não podia ele ir redobrar o Cabo? Porque não partiu com armas para as plagas do Oriente? Não via ele ao longe a África adusta? E mais perto, não via ele a afrontosa Castela?!»

(...)

Uma Campanha Alegre , (Volume I: Capítulo XIII: Máximas e opiniões da Nação, jornal), por Eça de Queirós.

[Copiado do livro e não da internet, onde há, habitualmente, muitos erros. "Adusta" significa queimada, ressequida (por ter muita luminosidade e calor): África adusta]

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Este texto de Eça de Queirós tem plena actualidade. Basta substituir "a Nação" por "o nosso Governo" e fazer mais algumas pequenas adaptações. Para melhor compreensão, ler:


1. Comunicado do Comité Central do PCP:

(...) O Comité Central denuncia a ofensiva que, com o pretexto do défice, o Governo tem em curso contra o Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública. Uma ofensiva que no plano da educação conhece novos desenvolvimentos com o encerramento, em 2010, de mais de 700 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico no quadro de uma estratégia de redução das responsabilidades do Estado nesta sua importante função social e a criação de 86 mega-agrupamentos que constituem uma aberração do ponto de vista pedagógico e social. (...)

Os lucros superiores a cinco milhões de euros arrecadados por dia pelos cinco principais grupos financeiros – construídos no quadro do aumento exponencial das chamadas comissões bancárias, da asfixia de famílias e de milhares de pequenas empresas, a par da manutenção de uma escandalosa taxa de 10% de IRC (menos de metade da que é paga pelas pequenas e médias empresas) – a par do anúncio dos lucros milionários obtidos, no 1.º semestre de 2010, pela GALP (260 milhões de euros o que corresponde a um aumento de 90%), pela EDP e PT (565 e 265 milhões respectivamente) são inseparáveis de uma política de favorecimento da acumulação capitalista e de protecção e estímulo aos grandes grupos económicos e financeiros. (...)

Como o PCP tem alertado não é com políticas recessivas que os problemas estruturais da economia portuguesa podem ter solução. A resposta aos problemas do País e o combate à crise são inseparáveis de uma política alternativa que estimule a economia e o emprego, apoie a produção nacional e as pequenas e médias empresas, aposte no investimento público e dinamize o mercado interno, pela valorização dos salários, das pensões de reforma e dos rendimentos familiares. (...)

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2. Publicado neste blog:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Quem disse que Sócrates «deve ser um exemplo para todos nós»?

Claro que o leitor já suspeita que não fomos nós a dizer a frase do título.

Podia ter sido Augusto Santos Silva ou Luís Amado. Podia mas não era a mesma coisa que sendo António Costa!

Sim, foi António Costa que disse a frase!

Não acredita? Ora ouça aqui:

«O presidente da Câmara de Lisboa pediu hoje ao socialistas para "porem os olhos" no exemplo de combatividade, de determinação, de coragem e de inconformismo perante a dificuldade que José Sócrates tem vindo a dar. António Costa falava no encerramento do Congresso da JS, em Lisboa

Também pode ler aqui:

«Todo o partido, toda a JS, todos aqueles que exercem cargos políticos aos mais diversos níveis e devemos por os olhos no exemplo de combatividade, de determinação, de coragem, de inconformismo perante a dificuldade que o nosso secretário geral tem dado e que deve ser um exemplo para todos nós», disse António Costa, no encerramento do Congresso da JS, em Lisboa. [António Costa: «ponham os olhos em Sócrates»]

Assim, caro leitor, quando lhe der muita vontade de sucumbir ao «charme» de António Costa, lembre-se que Sócrates é um exemplo para ele - e essa vontade passa-lhe!

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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Quem usa a expressão «enfiar pela goela abaixo»? E a propósito de quê?

Comecemos por assinalar a elegância da expressão «enfiar pela goela abaixo». Mostra que quem a usa tem uma fina sensiblidade. Só pode ser uma «dama» ou um «cavalheiro». Mostra também que a pessoa (ou pessoas...) está (estão) habituada(s) a «enfiar pela goela abaixo» (a «goela» dos outros, claro...) o que muito bem entende(m).

Acabemos com o suspense: Quem usa a expressão do título é Pedro Passos «Palin» Coelho! Um «cavalheiro»! Um homem sensível!

Fê-lo no Congresso do PSD em que se tornou líder, no discurso final que alguns apelidam já de «histórico» [sem comentários...]

A expressão é usada a propósito dos direitos sociais dos trabalhadores. Pedro «Palin» não quer que lhe enfiem os direitos sociais dos trabalhadores «pela goela abaixo». O direito à saúde e o direito à educação, por exemplo.

«A revisão constitucional, como o próprio admitiu, pode parecer aos portugueses um tema "árido". Mas "não é" e Passos tratou de explicar. Só uma revisão constitucional pode permitir uma reforma na justiça. Ou ainda a "despartidarização" do Estado e "desestatização da sociedade" e de sectores como a saúde e a educação. "Não aceitamos que o Estado nos enfie pela goela abaixo o social que quer", afirmou.»

Mas a verdade é que Pedro «Palin» Coelho importou a expressão que agora é moda entre a extrema-direita estado-unidense. Palin, a original, a Sarah, uma «dama»!, sempre que abre a «goela» usa a expressão que Pedro copiou (e a propósito de temas idênticos).

«This has been a really educational time for most Americans to realize that if we do not hold our politicians accountable, if we don't hold their feet to the fire and call them on these made-up deem and pass process that Pelosi and others want to use right now, then things like this can be crammed down our throats

«They are so desperate to get this health care thing passed through, shoved down our throats really, so that there is in their minds a win check mark in that column for President Obama

«And we have strayed in this last week because we're so concerned about the process that's being used and abused right now to get this thing rammed down our throat that the substance of the bill or bills itself hasn't been discussed as much

Para Ler, Ver e Ouvir:

Vídeo (veja os expoentes da extrema-direita estado-unidense usando a mesma expressão de Passos):

Há agências de publicidade e conselheiros políticos que trabalham para estes pequenos «génios» (que fazem discursos «históricos»), que lhes «sopram» o que devem dizer, o que está «na moda», o que «funciona».

Quando ouvimos Passos a dizer o mesmo que Palin foi assim que aconteceu.

Quem propõe «a força militar» como um dos «instrumentos de acção externa» da União Europeia?

      A propor «a força militar» como «instrumento de acção externa» da União Europeia, podia ter sido José Manuel Barroso, o vidente! O homem sempre é Durão...Podia ter sido, mas não é dele que estamos a falar. Podia ter sido Durão até porque a pessoa de que estamos a falar foi correligionária dele. 

Essa pessoa também não foi nenhum dos irmãos Dupondt (ou serão os velhos dos marretas?): Augusto Santos Silva ou Luís Amado. Nem podiam ser eles, «extremistas» como são!

     Pela pessoa em questão ficamos a saber (se não sabíamos já) que o Tratado de Lisboa tem uma «"cláusula de defesa mútua", uma passagem que efectivamente transforma a União Europeia numa espécie de aliança de defesa colectiva comparável à NATO». Na conferência (porque de uma conferência se trata) o autor (ou autora...) afirma ainda cristalinamente que «a construção de uma Europa da Defesa forte só poderá contribuir para um pilar europeu da NATO forte

     A pessoa que faz esta conferência gosta de passar por muito boazinha, e toda ela se esforrica para dar a entender que isto tudo - Nato, força militar europeia - é feito com a melhor das intenções! Quantos inocentes é que estas suas palavras vão matar?

     Enfim, não nos macemos mais, aqueles que querem ver o documento todo, espreitem aqui: Conferência Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM) - Ana Gomes

     E é «isto» que o PS tem mais à esquerda! Como deve ser bom gostar do PS! O meu amor porém não tem bondade alguma.

Publicado neste blogue:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

 Adenda em 14/03/2010  às 00h55m:

                                               

«Portugal não é um país pequeno», os depoimentos de Fausto e Chico Buarque

     Sobre este assunto, eis em seguida os depoimentos de dois especialistas na matéria: Fausto Bordalo Dias e Francisco Buarque de Holanda

Eu cá sou dos Fonsecas / Eu cá sou dos Madureiras / De ferro o puro sangue / O que me corre nas veias / Nasci da paixão temporal / Do porto dos vendavais / Cresço no fragor da luta / Numa força bruta / P’ra além dos mortais / (...) / Somos capitães / Somos Albuquerques / Nós somos leões / Os lobos do mar / De olhos pregados nos céus / De cima dos chapitéus // Somos capitães / Somos Albuquerques / Nós somos leões / Os lobos do mar / E na verdade o que vos dói / É que não queremos ser heróis

In Fausto's album: Por Este Rio Acima

«Sabe, no fundo eu sou um sentimental / Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo / (além da sífilis, é claro) / Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar / Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora...»

Publicado neste blogue:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

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