São muitas as lutas, mas escassa a sua cobertura mediática. Com algumas excepções, as lutas dos trabalhadores e populações recebem pouca atenção, ou atenção pouco esclarecedora.
Num momento em que se confirma o papel determinante da luta de massas para a reposição, defesa e conquista de direitos, importa valorizar a luta dos trabalhadores, das classes e camadas anti-monopolistas e destaca as acções:
dos trabalhadores não docentes em várias escolas do ensino público básico e secundário;
dos trabalhadores do SEF, dos professores, da administração local, a greve dos enfermeiros;
as acções levadas a cabo pelos trabalhadores da Valorsul, Amarsul, Resistrela e Valnor, do centro de contacto da EDP, da EMEF e outros trabalhadores dos transportes, a luta dos trabalhadores despedidos dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo;
a luta no consórcio de empresas de manutenção da refinaria de Sines da Petrogal, da Solnave, da Panrico, da Groz-Beckert, da Riberalves, da Endutex, da Sinaga, dos centros hospitalares do Oeste, Setúbal e Lisboa Ocidental;
da VA Atlantis;
do Clube Praia da Oura;
da Empresa Gráfica Funchalense, a luta dos trabalhadores da segurança privada, as manifestações de reformados pensionistas e idosos promovidas pelo MURPI;
a luta do sector do Táxi;
as lutas dos utentes do Metro de Lisboa e da TST, a luta das populações pela reparação do IC1;
das populações da Ria Formosa, de Ferreira do Zêzere, do Montijo, da Moita, do Barreiro, de S. Bartolomeu de Messines, de Mourão em defesa dos seus interesses;
a luta dos estudantes dos ensino secundário e superior;
As centenas de acções e lutas desenvolvidas nas empresas, locais de trabalho e nas ruas dinamizadas no âmbito da semana de esclarecimento, reivindicação e luta promovida pela CGTP-IN que decorreu entre 26 de Setembro e 1 de Outubro;
A luta pelo aumento dos salários, incluindo do Salário Mínimo Nacional para 600 euros a partir do início do próximo ano, contra a precariedade e a desregulação dos horários de trabalho, pela revogação das normas gravosas da legislação laboral, na defesa e valorização da contratação colectiva e dos direitos que ela consagra.
As questões da História estão no centro da luta ideológica entre o capital e o trabalho, entre as forças do progresso social e da paz e as forças da reacção e da guerra.
Rever a História, tergiversar e falsificar processos e acontecimentos marcantes, apagar, diminuir e caluniar a resistência e a luta libertadora dos trabalhadores e dos povos é o modo de estar e o dia a dia da classe dominante.
A luta pela verdade histórica é uma componente fundamental da luta contra o grande capital e o imperialismo no plano mundial e em cada uma das frentes em que esta luta se desdobra em todos os continentes, da Síria ao Brasil, da Península da Coreia à África Austral, da Ucrânia à Venezuela bolivariana.
Veja-se o caso concreto da Colômbiaonde após mais de quatro anos de negociações em Havana entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas – Exército do Povo se chegou a um Acordo de paz que, após meio século de guerra e de corajosas lutas populares, num processo original em que se combinaram criativamente todas as formas de luta, abriu ao povo colombiano a perspectiva de uma paz com justiça social. É certo que contra este Acordo se mobilizaram poderosas forças da reacção e da tenebrosa oligarquia colombiana e que, num plebiscito com enorme abstenção, o Acordo não recolheu, por margem mínima, a maioria dos votos expressos. Mas é uma evidência que o povo colombiano quer a paz e a prová-lo estão as grandes demonstrações populares que em todo o país reclamam a sua implementação.
Neste quadro de aguda luta política, a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao presidente José Manuel Santos vem objectivamente valorizar os esforços de paz e contrariar as forças da guerra que, recorrendo ao terrorismo de Estado e aos bandos paramilitares fascistas, sempre procuraram o esmagamento puro e simples da guerrilha revolucionária e que, em conluio com os EUA, aplicaram o «Plano Colômbia», assassinaram milhares de sindicalistas e membros da União Patriótica, alimentaram os sinistros negócios dos mais célebres cartéis da droga do mundo. Foi assim que as próprias FARC-EP interpretaram publicamente um prémio que ostensivamente as descrimina e que encerra um grau de ambiguidade que não podemos deixar de assinalar, pois facilita a revisão da história do conflito colombiano, das suas raízes socioeconómicas e políticas, dos responsáveis por tanta morte e sofrimento, daqueles que efectivamente lutaram, não pela paz dos cemitérios, mas por uma paz com justiça social. É preciso não esquecer que foram os latifundiários (que agora saem a perder com o compromisso que o Acordo de Paz significa) e o poder político que desencadearam a violência terrorista contra os camponeses espoliados das suas terras. A autodefesa camponesa e as FARC-EP surgiram como resposta à violência reaccionária que, numa espiral sem fim, encheu as prisões e os cemitérios de combatentes contra a ditadura, numa luta heróica pela democracia, o progresso, a justiça social e a soberania nacional em que os comunistas, estreitamente ligados ao povo, tiveram e têm o mérito principal.
Quando a reacção procura subverter e liquidar o processo de paz, os comunistas portugueses defendem a verdade histórica, rejeitam a tentativa de criminalização da resistência, reiteram a sua solidariedade com os comunistas, os revolucionários e o povo colombianos na sua luta pela conquista da paz com justiça social.
Jornais e revistas: Correio da Manhã, Record, Jornal de Negócios, Destak, Destak Brasil, Metro, Sábado, Máxima, TV Guia, Semana Informática, Flash!, Vogue, GQ.
– Paulo Fernandes.
Global Media Group
Jornais e revistas: Diário de Notícias, Jornal de Notícias, O Jogo, Diário de Notícias da Madeira, Açoriano Oriental, Jornal do Fundão, Volta ao Mundo, Evasões.
Rádio: TSF.
– Joaquim Oliveira, sendo que desde o ano passado o angolano António Mosquito detém a mesma percentagem de capital (27,5%).
Impala
Revistas: Maria, Nova Gente, VIP, TV 7 Dias, Ana, Nova Cozinha, Soluções, Segredos Cozinha, etc.
Uma das características deste grupo é a frequência com que encerra e cria publicações.
– Jacques Rodrigues.
Impresa
Televisão: SIC, SIC Notícias, SIC Radical, SIC Mulher, SIC K, SIC Internacional, SIC Caras.
Jornais e revistas: Expresso, Visão, Visão Júnior, Visão História, Jornal de Letras, Exame, Exame Informática, Courrier Internacional, Blitz, Activa, Caras, Caras Decoração, Telenovelas, TV Mais.
Rádio: Rádio Comercial, M80, Cidade FM, Vodafone FM, Smooth, Cotonete.
– Rosa Cullel, representando o accionista maioritário, a Vertix, propriedade da multinacional espanhola Prisa (El País,As, Cadena Ser, etc.), com forte presença na América do Sul.
1 – As conclusões conhecidas até ao momento da reunião do G20 confirmam que esta Reunião não tomou decisões capazes de enfrentar os graves problemas económicos e sociais com que o Mundo está confrontado em resultado da profunda crise do capitalismo.
2 – É anunciada a disponibilização de somas astronómicas. Entretanto, a questão de fundo é para quê, para quem e com que orientação política. Pois como o revela o fracasso das chamadas medidas anti-crise, sem uma alteração das opções de fundo a aplicação de tais verbas por si só não resolverá os problemas económicos e sociais.
3 – A tão propalada reforma do sistema financeiro internacional resultou afinal num conjunto de medidas avulsas e de carácter cosmético.
Mantêm-se intocáveis e mesmo reforçadas as instituições centrais deste sistema cujas políticas são responsáveis pela actual crise, a começar pelo Fundo Monetário Internacional.
As questões de fundo da arquitectura financeira internacional que suporta a actual ordem económica mundial capitalista não são sequer afloradas, a começar pela manutenção da hegemonia do Dólar norte-americano. É particularmente significativo que, confirmando a estratégia do “mudar o necessário para que tudo fique na mesma”, o G20 tenha acabado por decidir da manutenção dos off-shores/paraísos fiscais.
4 – Não são visíveis quaisquer medidas capazes de dar resposta aos gravíssimos problemas que se colocam no plano social, como o desemprego. Mesmo no plano do apoio ao desenvolvimento, as conclusões tornadas públicas apontam para as habituais promessas de ajuda – essencialmente de carácter assistencialista e acompanhadas de objectivos de dominação e exploração – ao mesmo tempo que se insiste na tentativa de imposição da liberalização do comércio mundial no interesse das grandes potências.
5 – Esta cimeira confirma a ideia, várias vezes afirmada pelo PCP, que só a luta dos trabalhadores e dos povos, só a ruptura com o actual sistema político e económico dominante podem pôr fim às crises como a que presentemente assola o mundo.
Os planos sucedem-se. Em vários países já se vai no segundo e no terceiro plano de estímulos para vencer a crise.
Esta tem escapado ao controle das diversas autoridades públicas. Ao mesmo tempo intensifica-se o confusionismo ideológico para que tudo fique na mesma...
Não faltam as explicações para a crise, nem medidas para a superar, numa profunda luta ideológica em que os principais defensores e prosélitos do «consenso de Washington» e das políticas neoliberais que foram seguidas tudo fazem para se desresponsabilizar e para continuarem a vender gato por lebre ao serviço do capital financeiro e das classes dominantes.