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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

CEM!

    Com esta atingimos a «Conversa da Treta» nº 100! Aos leitores e à direcção do «Jornal do Centro» um muito obrigado pela paciência que têm tido em aturar estas minhas rabugices. Nada melhor para celebrar que mais uma treta. Esta é uma verdadeira pérola.

Mário Bettencourt Resendes (MBR) tem um percurso profissional que fala por si. É o Provedor do Leitor do jornal «Diário de Notícias». Pelo que diz e escreve evidencia inteligência e cultura acima da média.

No entanto a propósito da queixa de um leitor sobre o (não) tratamento dado pelo referido jornal à Conferência Nacional do PCP sobre Questões Económicas e Sociais, escreveu um conjunto de tretas que pode ser lido no “DN” de 8/12 ou na sua edição on line.

É óbvio que MBR (e com ele o director João Marcelino), não faz ideia do que está a falar. Não leu o documento de lançamento da Conferência Económica e Social, a agenda, o regulamento, o Texto Base com cerca de 225 mil caracteres, a Proclamação, os documentos sectoriais e anexos estatísticos, as mais de 60 intervenções.

Se tivesse feito os trabalhos de casa não escreveria que o PCP não se comoveu com a mudança de paradigma no jornalismo político (o avanço da "interpretação" em prejuízo do relato, puro e duro). Ou que quem se der ao trabalho de ler os textos emanados do PCP encontra apenas «mais do mesmo».

Saberia que há 22 anos que o PCP não fazia uma Conferência Nacional sobre Questões Económicas e Sociais. Uma Conferência nos termos dos Estatutos do PCP (nomeadamente com 1250 delegados eleitos em 500 assembleias plenárias) com Regulamento como se de um Congresso se tratasse. Isto é «mais do mesmo»? Isto não merece interpretação?

Saberia que no âmbito da realização desta iniciativa, decorreu desde Março um período de preparação com um vasto programa de iniciativas realizadas nos vários distritos e regiões que permitiram o exame e o debate das principais questões económicas e sociais, pondo em evidência constrangimentos e perspectivas de desenvolvimento regional, as profundas assimetrias regionais que marcam o país e as propostas do PCP em relevantes questões económicas sectoriais, como a indústria, a energia, a agricultura, as pescas e o mar, os transportes, as comunicações, as telecomunicações, o sector automóvel, a indústria naval, as tecnologias da informação e comunicação, o sector financeiro, a administração pública, a economia mundial, as micro e as pequenas e médias empresas, o movimento cooperativo, a ciência e a tecnologia, e outras de âmbito social como a pobreza, a habitação, a saúde e a educação, a juventude, o ambiente e as áreas protegidas, a realidade do mundo do trabalho e dos trabalhadores ou a avaliação sobre os diferentes fluxos migratórios. Isto é «mais do mesmo»? Isto não merece interpretação?

E que «interpretação» dar ao facto de o "DN" ter quase silenciado estas dezenas de iniciativas? Ou ao facto de ter entendido não ser necessário enviar qualquer jornalista ao local, Seixal, e ter-se baseado na reportagem da Lusa? Ou ao facto de nem uma linha ter escrito sobre o primeiro dia de trabalhos desta importante iniciativa? Ou o facto de na edição on line do dia 26/11 nada constar do texto citado (o tal da págª 18)?

Pode-se concordar ou discordar dessas análises. Agora dizer que é «mais do mesmo» e que não merecem interpretação... É para se auto dispensarem de analisar o que o PCP escreve (dá muito trabalho, não é verdade?). Se isto não é desonestidade intelectual, não sei o que seja. Enfim vamos conceder que estamos “apenas” perante ataques de preguicite e sectarite aguda.

Tretas «puras e duras».
             

In "Jornal do Centro" - Edição de 28 de Dezembro de 2007

            

Ver sobre o mesmo tema também AQUI

              

A Anedota da Semana (IV)

    Este senhor chama-se Mário Bettencourt Resendes e é o Provedor do Leitor do jornal Diário de Notícias. A propósito da queixa de um leitor sobre o (não) tratamento dado pelo referido jornal à Conferência Nacional do PCP sobre Questões Económicas e Sociais, escreveu este naco de prosa. Duas teses aí expendidas são particularmente interessantes:
  1. A mudança de paradigma no jornalismo político (o avanço da "interpretação" em prejuízo do relato, puro e duro)
  2. Quem se der ao trabalho de ler os textos emanados do PCP encontra apenas «mais do mesmo»
Comecemos pela 1ª Tese.
  • Onde está no "DN" a interpretação de (para me restringir só aos dois dias da Conferência em si), destas intervenções (Sábado 24/11 e destas Domingo 25/11)?
  • O que Jerónimo de Sousa, Agostinho Lopes, Carlos Carvalhas, Octávio Teixeira, Honório Novo, Odete Santos, Albano Nunes, Ilda Figueiredo, Sérgio Ribeiro, etc., etc., etc., disseram nas suas intervenções não merece interpretação?
  • Este Texto Base com mais de 225 mil caracteres de análise «pura e dura» da realidade do país não merece interpretação?
  • Estes documentos sectoriais e anexos estatísticos que podem ser consultados AQUI não merecem interpretação?
  • Esta Proclamação não merece interpretação?
  • E que «interpretação» dar ao facto de o "DN" ter entendido não ser necessário enviar qualquer jornalista ao local, Seixal, e ter-se baseado na reportagem da Lusa?
  • Ou ao facto de o "DN" nem uma linha ter escrito sobre o primeiro dia de trabalhos desta importante iniciativa?
  • Ou o facto de na edição on line do dia 26/11 nada constar do texto citado (o tal da págª 18)?
  • A talhe de foice talvez fosse de o senhor Provedor do Leitor nos explicar porque razão o "DN" omite (pode procurar só desde o momento em que assumiu estas funções), que em quase todos os documentos elaborados pelo Comité Central do PCP desde o 25 de Abril de 1974 consta uma análise sistemática e sistémica da situação a nível planetário. O mesmo em todas as Resoluções Políticas de todos os Congressos. A do XVII Congresso, por exemplo, tem 69 318 caracteres, o equivalente a 8 páginas do "DN". É o único partido político português que o faz. Isto não é motivo de notícia ou de análise, qualquer que seja o “critério jornalístico” utilizado?
 Sobre a Tese do «mais do mesmo»:
  • Há 22 anos que o PCP não fazia uma Conferência Nacional sobre Questões Económicas e Sociais. A propósito talvez fosse de o senhor Provedor do Leitor nos explicar a «falha» em TODOS os lead de notícias do "DN" sobre este evento. Em NENHUM é referido que se trata de uma Conferência nos termos dos Estatutos do PCP (nomeadamente com 1250 delegados eleitos) com Regulamento como se de um Congresso se tratasse. Isto é «mais do mesmo»?
  • No âmbito da realização desta iniciativa, decorreu desde Março um período de preparação com um vasto programa de iniciativas realizadas nos vários distritos e regiões que permitiram o exame e o debate das principais questões económicas e sociais, pondo em evidência constrangimentos e perspectivas de desenvolvimento regional, as profundas assimetrias regionais que marcam o país e as propostas do PCP em relevantes questões económicas sectoriais, como a indústria, a energia, a agricultura, as pescas e o mar, os transportes, as comunicações, as telecomunicações, o sector automóvel, a indústria naval, as tecnologias da informação e comunicação, o sector financeiro, a administração pública, a economia mundial, as micro e as pequenas e médias empresas, o movimento cooperativo, a ciência e a tecnologia, e outras de âmbito social como a pobreza, a habitação, a saúde e a educação, a juventude, o ambiente e as áreas protegidas, a realidade do mundo do trabalho e dos trabalhadores ou a avaliação sobre os diferentes fluxos migratórios. Isto é «mais do mesmo»?
  • E porque é que o "DN" quase que silenciou estas dezenas de iniciativas, com centenas e centenas de intervenções analíticas, limitando-se, no melhor dos casos, a umas citações da intervenção de Jerónimo de Sousa? Será por serem «mais do mesmo»?
  • «Mais do mesmo» "Um Novo Rumo para a Serra da Estrela"? Ou "Habitação em Portugal hoje"? Ou  "Balanço da Acção Governativa na Área da Ciência & Tecnologia"? Ou...
Pode-se concordar ou discordar dessas análises. Agora dizer que é «mais do mesmo»... É para se auto dispensarem de analisar o que o PCP escreve (dá muito trabalho, não é verdade?). Se isto não é desonestidade intelectual, não sei o que seja… Enfim vamos conceder que estamos “apenas” perante ataques de preguicite e sectarite aguda.
Ai se o ridículo matasse....
                         
O meu agradecimento ao autor. Fez-me rir com gosto...
                      

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