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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A Crise do Sistema Capitalista: Petróleo, moedas, finanças, sociedades, Médio-Oriente

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Do derrubamento de Mossadegh à ofensiva contra a Síria

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Recordar os acontecimentos do Irão há 60 anos ajuda a compreender a atual estratégia dos EUA para o Médio Oriente. O discurso em que Obama anunciou que decidira bombardear a Síria inseriu-se numa política de dominação universal concebida no final da II Guerra Mundial.

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Tubarões! (Israel impede chegada de navio irlandês à Faixa de Gaza)

Israel threatens Rachel Corrie - Desenho de Carlos Latuff (Latuff2 on deviantART)

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Para Ler:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Piratas!...

Netanyahu, o Pirata sedento de sangue! - Desenho de Carlos Latuff (Latuff2 on deviantART)

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Para Ler:

Paco Arnau, Rebelión de 4 de Junho  de 2010

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Amer Shomali, Zan Studio - Ramallah, Rebelión de 3 de Junho  de 2010

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Publicado neste blog:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Terrorismo israelita contra internacionalismo humanitário

Josetxo Ezcurra

Para Ler:

As armas da "Frota da liberdade" (Ekrem Çetin e seu filho)

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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Condenação do acto de terrorismo de Estado de Israel

BASTARDS! Gaza aid ship attacked - Desenho de Carlos Latuff (Latuff2 on deviantART)

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Publicado neste blog:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Limpeza étnica...

Desenho de Carlos Latuff (Latuff2 on deviantART)

Publicado no jornal «Avante!»:

«O governo israelita aprovou uma norma que permite capturar e deportar os cidadãos palestinianos da Cisjordânia. A ONU já condenou por diversas vezes esta política»

«Todos os palestinianos são considerados potenciais criminosos»

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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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O que é o Sionismo

Stylianos Tsirakis (ST) – Em seu livro The Hidden History of Zionism (A História Oculta do Sionismo), você descreve quatro mitos sobre a história do sionismo. Nós gostaríamos que você explicasse um pouco seu livro.

Ralph Schoenman (RS) – O meu trabalho na Fundação Bertrand Russel foi importante por me dar a chance de documentar fatos da formação do Estado sionista de Israel. Em cursos e palestras que proferi em mais de uma centena de universidades americanas e européias, pude constatar que as pessoas não sabiam, não tinham conhecimento da história do movimento sionista, dos seus objetivos e de vários fatos. Nessas ocasiões deparei com concepções equivocadas sobre a natureza do Estado de Israel e foi isso que impulsionou o meu trabalho de escrever o livro, The Hidden History of Zionism, no qual eu abordo o que chamo de os quatro mitos que têm moldado a consciência nos Estados Unidos e na Europa sobre o sionismo e o Estado de Israel.

ST - Quais são esses quatro mitos?

RS – O primeiro mito é o da “terra sem povo para um povo sem terra“. Os primeiros teóricos sionistas, como Theodor Herzl e outros, apresentaram para o mundo a Palestina como uma terra vazia, visitada ocasionalmente por beduínos nômades; simplesmente, uma terra vazia, esperando para ser tomada, ocupada. E os judeus eram um povo sem terra, que se originaram historicamente na Palestina; portanto, os judeus deveriam ocupar essa terra. Desde o começo, os primeiros núcleos de colonos, promovidos pelo movimento sionista, foram caracterizados pela remoção, pela expulsão armada da população palestina nativa do local onde essa população vivia e trabalhava.

ST - Quais os outros três mitos?

RS – O segundo mito que o livro pretende discutir é o mito da democracia israelense. A propaganda sionista, desde o início da formação do Estado de Israel, tem insistido em caracterizar Israel como um Estado democrático no estilo ocidental, cercado por países árabes feudais, atrasados e autoritários. Apresentam então Israel como um bastião dos direitos democráticos no Oriente Médio. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Entre a divisão da Palestina e a formação do Estado de Israel, num período de seis meses, brigadas armadas israelenses ocuparam 75% da terra palestina e expulsaram mais de 800 mil palestinos, de um total de 950 mil. Eles os expulsaram através de sucessivos massacres. Várias cidades foram arrasadas, forçando assim a população palestina a refugiar-se nos países vizinhos, em campos de concentração e de refugiados. Naquele tempo, no período da formação do Estado de Israel, havia 475 cidades e vilas palestinas, que caíram sob o controle israelita. Dessas 475 cidades e vilas, 385 foram simplesmente arrasadas, deixadas em escombros, no chão, apagadas do mapa. Nas 90 cidades e vilas remanescentes, os judeus confiscaram toda a terra, sem nenhuma indenização. Hoje, o Estado de Israel e seus organismos governamentais, tais como o da Organização da Terra, controlam cerca de 95% da terra palestina.

Pela legislação existente em Israel, é necessário provar, por critérios religiosos ortodoxos judeus, a ascendência judaica por linhagem materna até a quarta geração, para poder possuir terra, trabalhar na terra ou mesmo sublocar terra. Como eu digo sempre, nas palestras em que apresento meus pontos de vista, em qualquer país do mundo (seja Brasil, EUA, onde for), se fosse necessário preencher requisitos parecidos com esses, ninguém duvidaria do caráter racista de tal Estado; seria notória a existência de um regime fascista.

A Suprema Corte em Israel tem ratificado que Israel é o Estado do povo judeu e que, para participar da vida política israelense, organizar um partido político, por exemplo, ou ter uma organização política, ou mesmo um clube público, é necessário afirmar que se aceita o caráter exclusivamente judeu do Estado de Israel. É um Estado colonial racista, no qual os direitos são limitados à população colonizadora, na base de critérios raciais.

O terceiro mito do qual falo em meu livro é aquele criado para justificativa da política de Israel, que se diz baseada em critérios de segurança nacional. A verdade é que Israel é a quarta potência militar do mundo. Desde 1948, os EUA deram a Israel US$ 92 bilhões em ajuda direta. A magnitude dessa soma pode ser avaliada quando observamos que a população israelense variou entre 2 a 3 milhões nesse período. Se o governo americano dá algum dinheiro para países como Taiwan, Brasil, Argentina, e a aplicação desse dinheiro tiver alguma relação com fins militares, a condição é que as compras desse material têm que ser feitas dos EUA. Mas há uma exceção: as compras de material bélico podem ser feitas também de Israel. Israel é tratado pelos EUA como parte de seu território, em todos os assuntos comerciais.

O que motivaria uma potência imperialista a subsidiar tanto um Estado colonial? A verdade é que Israel não pode mesmo existir sem a ajuda americana, sem os US$ 10 bilhões anuais. Israel é, portanto, a extensão do imperialismo na região do Oriente Médio. Israel é o instrumento através do qual a revolução árabe é mantida sob controle. É, portanto, o instrumento através do qual as ricas reservas do Oriente Médio são mantidas sob o controle do imperialismo americano. É também um meio através do qual os regimes sanguinários dos países árabes são mantidos no governo, graças ao clima de tensão gerado por uma possível invasão israelense.

O quarto mito a que me refiro no livro, que tem influenciado a opinião pública mundial, refere-se à origem do sionismo, à origem do Estado de Israel. O sionismo tem sido apresentado como o legado moral do holocausto, das vítimas do holocausto. O movimento sionista tem como que se “alimentado” da mortandade coletiva dos 6 milhões de vítimas da exterminação nazista na Europa. Esta é uma terrível e selvagem ironia. A verdade é bem o oposto disso. A liderança sionista colaborou com os piores perseguidores dos judeus durante o século XIX e o século XX, incluindo os nazistas.

Quando alguém tenta explicar isso para as pessoas, elas geralmente ficam chocadas, e perguntam: o que poderia motivar tal colaboração? Os judeus foram perseguidos e oprimidos por séculos na Europa e, como todo povo oprimido, foram empurrados, impelidos a desafiar o establishment, o statu quo. Os judeus eram críticos, eram dissidentes. Eles foram impelidos a questionar a ordem que os perseguia. Então, o melhor das mentes da inteligência judia foi impelido para movimentos que lutavam por mudanças sociais, ameaçando os governos estabelecidos. Os sionistas exploraram esse fato a ponto de dizer para vários governos reacionários que o movimento sionista iria ajudá-los a remover esses judeus de seus países. O movimento sionista fez o mesmo apelo ao Kaiser na Alemanha, obtendo dele dinheiro e armas. Eles se reivindicavam como a melhor garantia dos interesses imperialistas no Oriente Médio, inclusive para os fascistas e os nazistas.

ST - Como se deu essa colaboração dos sionistas com os nazistas?

RS – Em 1941, o partido político de Itzhak Shamir (conhecido hoje como Likud) concluiu um pacto militar com o 3º Reich alemão. O acordo consistia em lutar ao lado dos nazistas e fundar um Estado autoritário colonial, sob a direção do 3º Reich. Outro aspecto da colaboração entre os sionistas e governos e Estados perseguidores dos judeus é o fato de o movimento sionista ter lutado ativamente para mudar as leis de imigração nos EUA, na Inglaterra e em outros países, tornando mais difícil a emigração de judeus perseguidos na Europa para esses países. Os sionistas sabiam que, podendo, os judeus perseguidos na Europa tentariam emigrar para os EUA, para a Grã- Bretanha, para o Canadá. Eles não eram sionistas, não tinham interesse em emigrar para uma terra remota como a Palestina. Em 1944, o movimento sionista refez um novo acordo com Adolf Eichmann. David Ben Gurion, do movimento sionista, mandou um enviado, de nome Rudolph Kastner, para se encontrar com Eichmann na Hungria e concluir um acordo pelo qual os sionistas concordaram em manter silêncio sobre os planos de exterminação de 800 mil judeus húngaros e mesmo evitar resistências, em troca de ter 600 líderes sionistas libertados do controle nazista e enviados para a Palestina. Portanto, o mito de que o sionismo e o Estado de Israel são o legado moral do holocausto tem um particular aspecto irônico, porque o que o movimento sionista fez quando os judeus na Europa tinham a sua existência ameaçada foi fazer acordos, e colaborar com os nazistas.

Ralph Schoenman foi diretor-executivo da Fundação pela Paz Bertrand Russell, papel através do qual conduziu negociações com inúmeros chefes de Estado. Com seu trabalho assegurou a libertação de prisioneiros políticos em muitos países e fundou o Tribunal Internacional dos Crimes de Guerra dos Estados Unidos na Indochina, organização da qual foi secretário-geral. Velho militante, fundou o Comitê dos 100, que organizou a desobediência civil massiva contra as armas nucleares e as bases americanas na Grã-Bretanha. Foi também fundador e diretor da Campanha de Solidariedade ao Vietnã e diretor do Comitê “Quem Matou Kennedy?” Tem sido líder do Comitê por Liberdade Artística e Intelectual no Irã e co-diretor do Comitê em Defesa dos Povos Palestino e Libanês e do Movimento de Solidariedade de Trabalhadores e Artistas Americanos. Atualmente é diretor executivo da Campanha Palestina, que clama pelo fim de toda ajuda a Israel e por uma Palestina laica e democrática.

In

 

Conflito Israel Palestina: são os colonatos, estúpido

«São necessárias acções cruéis e poderosas. Se conhecermos a família devemos golpeá-la sem piedade, mulheres e filhos incluídos. De outro modo, a reacção será insuficiente. Não é necessário distinguir entre culpados e inocentes» David Ben Gurion, fundador do Estado de Israel, sobre a questão árabe

 O actual primeiro-ministro de Israel, Benjamin "Bibi" Netanyahu, parece ter estudado bem a lição...

A descoberta de uma Cisjordânia transformada em «arquipélago» por quarenta e dois anos de colonização e de «processos de paz».

O Estado de Israel nasceu, de facto, a partir de uma limpeza étnica. Em 1948, centenas de milhar de pessoas foram expulsas à força das suas casas e das suas terras na Palestina durante uma das mais tenebrosas operações terroristas da história humana. Os campos de concentração onde tantos judeus foram massacrados tinham sido encerrados apenas três anos antes. Centenas de vilas e aldeias da Palestina desapareceram do mapa e nos seus territórios surgiram povoações agora habitadas por judeus chegados de todo o mundo para um novo país chamado Israel. O massacre de Deir Iassin, aldeia nos arredores de Jerusalém, ficou como um símbolo dessa vaga de terror, tal como o de Sabra e Chatila em 1982, o de Jenin mais recentemente, e agora o de Gaza.

Uma nova grande vaga de refugiados foi obrigada a partir da Palestina em 1967 na sequência da chamada Guerra dos Seis Dias, através da qual Israel ocupou Jerusalém Oriental, a Cisjordânia e Gaza. O povo palestiniano ficou então distribuído pelo interior de Israel (onde os que ali permanecem são cidadãos de segunda), pelos territórios ocupados ou bloqueados (como é o caso de Gaza) e pelos numerosos campos de refugiados distribuídos pelo mundo árabe.

Em alguns desses campos situados no Líbano, na Jordânia ou nos territórios ocupados a história regista terríveis massacres cometidos por militares israelitas ou aliados seus em situações de completa impunidade perante civis indefesos, a maioria dos quais crianças ou mulheres.

Apesar de existirem períodos de grandes vagas de refugiados, a fuga de palestinianos da Palestina foi permanente durante as últimas seis décadas. Circunstâncias várias e convergentes provocaram e provocam essa emigração forçada: a confiscação constante de terras árabes por motivos administrativos, quase sempre arbitrários; a proibição imposta a famílias árabes de construírem ou reconstruírem as suas habitações; a permanente implantação de colonatos nos territórios ocupados, violando as Convenções de Genebra e outras normas internacionais elementares, além de imporem a anexação gradual de terras como facto consumado; a criação de dificuldades à vida quotidiana dos palestinianos, desde a multiplicação de postos militares de controlo à construção de estradas proibidas a palestinianos e que, na prática, isolam as suas comunidades umas das outras.

A par do bloqueio a Gaza, a construção do chamado muro de separação na Cisjordânia é um dos mais recentes artifícios para inviabilizar o Estado palestiniano. Através dessa vergonhosa e humilhante barreira física, que reforça o isolamento dos palestinianos entre si e que as autoridades israelitas apresentam como traçado da futura fronteira, o Estado de Israel está a consumar a anexação de 40 por cento da Cisjordânia, uma percentagem que é muito mais elevada quando se lhe soma a área ocupada pelos colonatos.

(sublinhados meus)

 

Ler Texto Integral

 

 

«Dois Estados para dois povos»???
Entretanto, a 10 de Março, começou o julgamento de Mohammad Barakeh, membro da Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista de Israel, Presidente do Hadash (Frente Democrática para a Paz e a Igualdade), deputado do Knesset (Parlamento), acusado de «agressão a um polícia»...

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