Não posso ficar Nem mais um minuto com você Sinto muito amor Mas não pode ser Moro em Jaçanã Se eu perder esse trem Que sai agora às onze horas Só amanhã de manhã
E além disso mulher Tem outra coisa Minha mãe não dorme Enquanto eu não chegar
Força Estranha Eu vi o menino correndo Eu vi o tempo Brincando ao redor do caminho daquele menino Eu pus os meus pés no riacho E acho que nunca os tirei O sol ainda brilha na estrada e eu nunca passei
Eu vi a mulher preparando outra pessoa O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga A vida é amiga da arte É a parte que o sol me ensinou O sol que atravessa essa estrada que nunca passou
Por isso uma força me leva a cantar Por isso essa força estranha Por isso é que eu canto, não posso parar Por isso essa voz tamanha
Eu vi muitos cabelos brancos na fonte do artista O tempo não pára e no entanto ele nunca envelhece Aquele que conhece o jogo Do fogo das coisas que são É o sol, é a estrada, é o tempo, é o pé e é o chão
Eu vi muitos homens brigando Ouvi seus gritos Estive no fundo de cada vontade encoberta E a coisa mais certa de todas as coisas Não vale um caminho sob o sol E o sol sobre a estrada é o sol sobre a estrada é o sol
Por isso uma força me leva a cantar Por isso essa força estranha Por isso é que eu canto, não posso parar Por isso essa voz tamanha
Histórico: Sim! A composição desta música é de Roberto Carlos. E não, ela não foi dedicada a nenhuma mulher. O "rei" Roberto compôs esta música para o amigo Caetano Veloso que estava exilado em Londres. Sabia das saudades que o amigo sentia de seu país e a dor e vazio por não poder voltar. Compôs então a música que, mais tarde se tornaria sucesso na voz do próprio Caetano. Nesta época muitos brasileiros viviam no exílio, ou seja, tiveram que fugir do Brasil por conta da forte repressão infligida pelos órgãos repressivos da ditadura militar.
Um dia a areia branca Seus pés irão tocar E vai molhar seus cabelos A água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir Pra ver você chegar E ao se sentir em casa Sorrindo vai chorar Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar De um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade De ficar mais um instante As luzes e o colorido Que você vê agora Nas ruas por onde anda Na casa onde mora Você olha tudo e nada Lhe faz ficar contente Você só deseja agora Voltar pra sua gente Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar De um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade De ficar mais um instante Você anda pela tarde E o seu olhar tristonho Deixa sangrar no peito Uma saudade, um sonho Um dia vou ver você Chegando num sorriso Pisando a areia branca Que é seu paraíso Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar De um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade De ficar mais um instante