Perguntas do PCP ao Governo sobre a Martifer
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Perguntas ao Governo sobre a Martifer
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Perguntas ao Governo sobre a Martifer
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Em Oliveira de Frades MARTIFER despede e ataca direitos dos trabalhadores
A Direcção da Organização Regional de Viseu do PCP, reuniu para a analisar os resultados das Eleições para o Parlamento Europeu, avaliar a situação económica e social que se vive no Distrito e os efeitos para as populações de três anos de política da troika, traçar as linhas de acção para o desenvolvimento da luta e o reforço do Partido.
1 – Num quadro distrital em que houve menos 15.160 inscritos nos cadernos eleitorais e votaram menos 14.623 eleitores, a CDU atingiu os 5% de votação absoluta, correspondentes uma subida da sua massa eleitoral de 8% e a mais 425 votos.
A “Aliança Portugal”, apesar de continuar a ser a força maioritária no Distrito, sofreu, como no país, uma estrondosa derrota, traduzida na perda de 23.275 votos, menos 33,8% de massa eleitoral, hecatombe que nem o pretendido efeito “Ruas, Soberano do Cavaquistão” conseguiu evitar.
Na hora de votar, os eleitores do Distrito não esqueceram os cortes sucessivos nos seus salários e pensões, o brutal aumento dos impostos, o encerramento indiscriminado de quase mil escolas, de serviços de saúde, de postos dos correios, da EDP e da Segurança Social, o investimento zero em infra-estruturas fundamentais para a qualidade de vida das populações, a determinação governamental de encerrar Tribunais e Repartições de Finanças.
Quanto ao PS, subiu uns escassos 4.361 votos, 31,2%, abaixo da percentagem nacional e longe das expectativas que alimentava. A reserva dos eleitores em confiar o voto ao PS tem razões objectivas, associadas à conivência efectiva deste partido com as políticas do governo e da troika, plasmadas nos PECs e na assinatura do nefasto “Memorando”. Foram estas políticas que conduziram ao encerramento dos SAPs e das escolas nos concelhos, à decisão de introduzir portagens na A24 e na A25, à redução do IRC para as empresas, enquanto subia a TSU e o IRS para os trabalhadores. O PS teve a resposta dos eleitores à sua postura de “oposição de faz de conta”.
A DORV do PCP analisou ainda os resultados eleitorais de outras candidaturas considerando que o resultado obtido por Marinho e Pinto em nome do MPT, é inseparável da dimensão de concepções populistas na sociedade portuguesa e da promoção que lhe foi dedicada por alguma comunicação social. A DORV registou igualmente o facto de outra candidatura que ostentava a foice e o martelo como símbolo no boletim de voto, o MRPP, ter subido a votação, situação que, em muitos casos, comprovadamente tinha como intenção o voto na CDU.
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Tal como o PCP previu no seu Comunicado de 19/12/07, correm fundadas notícias de que a Termalistur se prepara para vender o capital social da Empresa à Martifer, grupo com inconfessados interesses na área do turismo: sabemos que tem em carteira o estudo para construção de um grande resort na região de Lafões.
Significa isto, na prática, que o Presidente da Câmara e a maioria PSD, à revelia do controle político da Assembleia Municipal, estão prestes a consumar o crime há muito perseguido de vender a qualquer preço e à sorrelfa o património municipal mais valioso, os Balneários das Termas de S. Pedro do Sul.
Como vaticinamos em Dezembro/07, a venda das Termas (Balneário D. Afonso Henriques) pela Câmara à Termalistur, foi um mero expediente, uma cortina de fumo para encobrir os verdadeiros objectivos do "negócio". Como então dissemos, uma empresa tecnicamente falida como a Termalistur, não podia suportar sem recurso à alienação de património, os encargos com os empréstimos e o serviço da dívida. O Presidente da Câmara e o PSD sabiam isso de antemão, razão porque apostaram nesta "jogada", que leva a água ao seu moinho.
O lobo que persegue a presa e vê frustrados os intentos inventa sempre novas estratégias. Assim tem sido o obsessivo comportamento do Presidente da Câmara em relação à privatização das Termas. Todos estamos lembrados dos burlescos números de circo que este "negócio" já propiciou: empresas inventadas à pressa, negócios anulados já no cartório, assessores municipais a representar as empresas adquirentes, trapacices e mais trapacices que nos levam a questionar se, por de trás deste "negócio", não estará mais do que a consabida necessidade de injectar dinheiro na Câmara, para solver a falência a que os partidos nela representados a conduziram?
Senão vejamos: o Presidente da Câmara é simultaneamente presidente da Termalistur, cujo mandato vai para além do mandato autárquico. Se em 2009 não for eleito Presidente da Câmara, já tem o futuro assegurado como Administrador da Termalistur, ou com direito a choruda indemnização, em caso de improvável despedimento. Chama-se a isto: tratar da vidinha.
A consumar-se, esta notícia será mais uma história de perfídia contra o Concelho e os sampedrenses. Já estamos a ver badalarem o argumento das hipotéticas vantagens do Grupo Económico comprador. Uma coisa é certa: as Termas deixarão de pertencer ao Município e passarão a reverter a favor de uma empresa privada que acumulará os lucros para proveito próprio e não para reinvestir em obras públicas a favor da população do Concelho. Não esquecer que a Termalistur pagava à Câmara 150 mil euros por mês de rendas. Sendo que todo o investimento até agora feito no Balneário foi com dinheiros do erário público que todos pagámos e continuamos a pagar.
Em face deste desaforo, é legitimo perguntar: para que servem este Presidente e estes Vereadores? Porque não entregam a gestão da própria Câmara ao mesmo Grupo Económico? Pois...perdiam o emprego, não era?
Incompreensível é a passividade do Governo, do Tribunal de Contas e do Ministério Público perante a evidência pública de gestão danosa. Será devido ao mesmo síndrome que o PS local está quedo e mudo?
O PCP não se calará! Com a ajuda dos democratas e dos homens e mulheres de bem deste Concelho, não descansaremos na luta por umas Termas públicas e ao serviço da população.
(sublinhados meus)
S. Pedro do Sul, 15/05/2008
A Comissão Inter-Concelhia de Lafões do PCP
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