Centenário de Vasco de Magalhães-Vilhena (1916 - 1993)
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Vasco de Magalhães-Vilhena
Historiador Social das Ideias - Jornada de Homenagem
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Vasco de Magalhães-Vilhena
Historiador Social das Ideias - Jornada de Homenagem
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O Congresso Internacional Marx em Maio, perspectivas para o séc.XXI, organizado pelo Grupo de Estudos Marxistas, terá lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa nos próximos dias 3, 4 e 5 de Maio de 2012. Congresso multidisciplinar, incluindo participantes das áreas da filosofia, da história e da economia, mas também das ciências naturais, das artes plásticas, da política e do mundo sindical, o seu fio condutor será a actualidade e fertilidade do pensamento marxista enquanto instrumento fundamental de análise crítica. Num contexto de crise generalizada, pautada pela desconsideração do papel da racionalidade, da teoria e da cultura como elementos fundamentais de transformação, individual e colectiva, o Congresso Marx em Maio procurará contribuir para o aprofundamento de problemáticas centrais dos nossos dias e para o estímulo de um pensamento científico guiado por uma racionalidade crítica e dialéctica.
PARA MAIS INFORMAÇÕES: grupodeestudosmarxistas@gmail.com
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O Congresso Internacional Marx em Maio, perspectivas para o séc.XXI, organizado pelo Grupo de Estudos Marxistas, terá lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa nos próximos dias 3, 4 e 5 de Maio de 2012. Congresso multidisciplinar, incluindo participantes das áreas da filosofia, da história e da economia, mas também das ciências naturais, das artes plásticas, da política e do mundo sindical, o seu fio condutor será a actualidade e fertilidade do pensamento marxista enquanto instrumento fundamental de análise crítica. Num contexto de crise generalizada, pautada pela desconsideração do papel da racionalidade, da teoria e da cultura como elementos fundamentais de transformação, individual e colectiva, o Congresso Marx em Maio procurará contribuir para o aprofundamento de problemáticas centrais dos nossos dias e para o estímulo de um pensamento científico guiado por uma racionalidade crítica e dialéctica.
PARA MAIS INFORMAÇÕES: grupodeestudosmarxistas@gmail.com
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«Estados Unidos no tiene ninguna moral ni autoridad para hablar de la democracia, porque desde allá se gestaban golpes de estado, golpes militares, como ahora arman golpes civiles en Bolivia»
Artigo de Carlos Aboim Inglez escrito para o Diário de Notícias de 10 de Março de 1983, na passagem do centenário da morte de Karl Marx (14 de Março de 1883)
1. Não haverá hoje quem, minimamente culto e honesto, não reconheça em Karl Marx, sobre cuja morte passam, a 14 de Março, cem anos, um dos maiores pensadores de toda a história da Humanidade, um cientista de rara profundidade, envergadura enciclopédica, rigor intelectual e previsão genial. E também dificilmente alguém negará ter sido Marx um dos homens que, pela força do seu pensamento, mais ainda, que pela sua aliás notável actividade prática, maior influência exerceu sobre a vida ulterior da Humanidade.
Inclusive aqueles que hoje negam a validade do marxismo, os que o combatem, ou que combatem as forças sociais, políticas e intelectuais que o encarnam e continuam, mesmo esses usam-no, utilizam o marxismo, ou conhecimentos, conceitos, teorias de raiz marxista. E não é isto qualquer paradoxal contradição, nem sequer plágio consciente. Para uns, sendo o marxismo verdade, da verdade se têm de socorrer, mesmo negando-a e ocultando-a, para agirem eficazmente na prossecução dos seus interesses. Mas para outros, para todos, para a grande massa, do que se trata é que muito do que Marx descobriu e formulou se difundiu de tal forma (com a expansão e desenvolvimento do marxismo) que passou já hoje ao património do próprio senso comum e ao acervo do conhecimento científico mais generalizado.
Ler Texto Integral
Relatório Sobre o Algarve (Agosto de 1952) (Carlos Costa)
Neste Relatório conjugam-se - numa análise de notável finura e competência científica num quadro tão jovem - a pesquisa rigorosa das estatísticas, da legislação do trabalho, dos contratos colectivos e das disposições orgânicas das instituições de carácter social, da imprensa clandestina e legal (esta, apesar de tudo, não podia deixar que certas verdades transparecessem numa leitura avisada de classe...), com a procura de informações directas e insubstituíveis dos próprios trabalhadores. O conhecimento aprofundado das especificidades da estrutura económica e social da região em questão, das particularidades das diversas actividades profissionais aí desenvolvidas, dos problemas que afectavam a vida dos diferentes núcleos populacionais, permitem ao autor, combatendo ideias feitas erróneas, discernir perspectivas de acção fundamentadas e apontar formas e orientações de luta apropriadas à realidade objectiva.
Em resumo - e quem ler o Relatório não poderá deixar de o constatar - trata-se de uma obra de um revolucionário profissional, na autêntica acepção leninista, e de um exemplo vivo do estilo e do método de trabalho caracterizadores do Partido Comunista Português.
“Precariado”. Assim lhes chamou a jornalista São José Almeida nas páginas do “Público”. Fazendo um neologismo com o conceito marxista de proletariado. Mas do que se trata afinal? Que engloba neste novo conceito? Que características próprias apresenta?
A precariedade é uma praga social do nosso tempo. Mais de um milhão de trabalhadores tem vínculos precários. Mais de meio milhão são jovens. Os contratos a prazo, os recibos verdes, a prestação de serviços, as bolsas de investigação, os apoios de inserção, o trabalho temporário, são algumas das figuras que servem para eternizar a situação de precariedade.
O nosso País é o terceiro da União Europeia com maior percentagem de trabalhadores com contratos não permanentes. Ocupando a mesma posição quando o assunto é emprego por conta própria. Juntando a isto o trabalho a tempo parcial, verifica-se que 40,9% do emprego total em Portugal não apresenta a forma de contrato de trabalho sem termo e a tempo completo.
A precariedade dos vínculos laborais é a precariedade da vida. Cresce a precariedade dos vínculos e das condições de trabalho e aumenta a instabilidade e insegurança da vida dos jovens. A independência dos jovens, a organização de vida própria e a constituição de família são fortemente afectadas. Ter filhos, para os casais jovens nesta situação, é uma opção difícil e muitas vezes adiada. O acesso à habitação é em muitos casos uma impossibilidade.
A precariedade trás no bojo o objectivo da submissão à exploração. Os trabalhadores, as novas gerações, são seres humanos com dignidade e direito a uma vida melhor. Não podem ser peças descartáveis na engrenagem da exploração e do lucro. Ou serem simplesmente tratados como números estatísticos.
Acresce que a degradação do regime democrático não se expressa apenas em formas de proibição da democracia nas empresas. Ela acentua-se em resultado também das condições de vida e de trabalho.
Por um lado, temos forças da direita e alguns patrões a pretenderem que a democracia fique à porta da empresa. Por outro, assistimos ao desemprego, aos baixos salários, à precariedade – que cresceu a partir da generalização dos contratos a prazo, do trabalho temporário e dos falsos recibos verdes – a condicionarem o exercício de direitos individuais. Mas também os direitos colectivos.
É esta cada vez mais limitada e restritiva participação democrática e de exercício das liberdades, que está na base do medo e da perseguição, na gestão do quotidiano de cada um e de todos nos pequenos espaços, que tenderá a projectar-se em novos receios, em distanciamento e ausência de participação em todos os outros domínios da nossa vida colectiva.
No seu discurso no dia 25 de Abril, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, falou em casos de jovens com sucesso. Uma infinita minoria. “Esqueceu”, significativamente, a imensa maioria que acima referimos.
Portugal está aprisionado pelos interesses dos grupos económicos e financeiros. Cujos lucros aumentam todos os anos, à custa dos sacrifícios da maioria do povo e do comprometimento do desenvolvimento do país. No próximo dia 30 de Maio os trabalhadores mostrarão, com a sua participação na Greve Geral, que é necessário e é possível mudar de rumo. Para que haja respeito por quem trabalha. Para que os direitos sejam cumpridos.
In "Jornal do Centro" - Edição de 18 de Maio de 2007
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