Campeonato do Mundo de Futebol Atolado em corrupção e nepotismo
Dizem os jornalistas sul-africanos que a suite «renascentista» escolhida pelo presidente da FIFA, Joseph Blatter, no Hotek Michelangelo de Sandton, tinha uma passadeira vermelha diante da porta, uma habitação do tamanho de um campo de futebol, um «jacuzzi» decorado em estilo africano e um minibar individual com cubos de gelo da marca Evian. As instalações estão no último piso de uma das torres do hotel de cinco estrelas que domina o distrito económico mais branco e mais rico de Johannesburgo. Monarca indiscutido da República mundial do futebol, o coronel construiu a sua sucessão a Havelange no trono da FIFA com os votos da Confederação África e a promessa (primeiro na Alemanha em 2000 e depois em 2004 na presença de Mandela) do primeiro Mundial da história do continente negro. Isso explica por que é uma figura tão popular na região. A tal ponto que num almoço de gala realizado em Johannesburgo, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, lhe atribuiu a Ordem dos Companheiros de Oliver Reginald Tambo, uma da mais prestigiosas do país atribuídas a personalidades estrangeiras. Tambo, juntamente com Mandela, foi um dos grandes lutadores contra o apartheid.
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