«A vida e as realizações de Antonio Meucci devem ser reconhecidas e seu trabalho na invenção do telefone deve ser reconhecido (...) Se Meucci tivesse conseguido pagar a taxa de 10 dólares para manter a patente após 1874, nenhuma patente poderia ter sido dada a Bell».
A declaração consta de uma resolução da Câmara dos Representantes dos EUA, aprovada em 2002, que restitui ao inventor italiano Antonio Meucci o mérito pela invenção de um dispositivo de comunicação por voz, a que chamou «telettrofono», considerado como o primeiro telefone.
Nascido em Florença, Meucci emigrou para a América para escapar às acusações de conspiração por participar no movimento de unificação da Itália.
Instalado em Nova Iorque, onde em 1851 acolheu o Giuseppe Garibaldi, Meucci não dispôs de meios para registrar permanentemente a sua invenção, pelo que fez um registo temporário enquanto procurava investidores.
Um dos contactos foi com a Western Union Telegraph Company, que não se interessou pelo invento.
Em 1876, Alexander Graham Bell, que partilhara um laboratório com Meucci, registou a patente e fez um negócio lucrativo com a Western Union.
Meucci processou-o, mas morreu antes de uma deliberação e o caso foi encerrado.
Bell ficou com os louros da invenção até ao reconhecimento de Meucci.
O percurso histórico do Hospital mais antigo da capital francesa (651-2020)
Hôtel-Dieu de Paris gravura medieval
Feito para refúgio de indigentes e enfermos, o Hôtel-Dieu de Paris (Albergue de Deus) é um dos hospitais mais antigos do mundo e foi, até à Renascença, o único hospital parisiense intra-muros.
A sua história começa na Idade Média, quando o bispo Landry, tido como santo pela Igreja Católica, o dedica a São Cristóvão.
Como era uso na época, o Hôtel-Dieu oferece comida e abrigo aos pobres, para além de cuidados médicos.
Hôtel-Dieu de Paris sala de tratamentos
O estabelecimento permanece nas mãos da Igreja durante vários séculos, mas com a Revolução (1789-1799) passa a vigorar o princípio da laicidade e os hospitais ficam na alçada dos municípios ou do Estado.
Após vários incêndios e obras de reconstrução, em 1877 o espaço do Hôtel-Dieu é considerado exíguo e pouco salubre.
L’incendie de l’Hôtel-Dieu, en 1772 - pintura de Jean-Baptiste-François Génillion, Museu Carnavalet
Novas instalações são construídas nas proximidades, junto da catedral de Notre-Dame.
A prestação de cuidados de saúde profissionaliza-se e os hospitais tornam-se locais de transmissão de saber, passando, a partir de finais de 1801, a ser classificados em função da sua especialização.
Hospital Hôtel-Dieu 1830
Vinculado actualmente à Faculdade de Medicina Paris-Descartes, o Hôtel-Dieu acolhe também um hotel turístico.
Em 2019, parte do espaço do Albergue de Deus foi cedido a um promotor imobiliário, por 80 anos, a troco de 144 milhões de euros.
«De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens» e «Fostes resgatados por grande preço, não queirais tornar-vos servos dos homens» são duas máximas de D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto entre 1952 e 1982, e uma figura emblemática da segunda metade do século XX.
Defensor da Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada em 1948, sempre conviveu mal com a ditadura fascista de Salazar.
A seguir à campanha do General Humberto Delgado para a Presidência da República e à fraude eleitoral montada pelo regime, tornou-se conhecido o 'pró-memória' enviado pelo bispo a Salazar a anteceder um encontro com o então Presidente do Conselho.
No documento, conhecido erradamente como Carta a Salazar (13 de Julho de 1958), propunha para debate temas como a equidade e justiça social, o direito à greve, o sindicalismo livre e não tutelado pelo Estado corporativo e a livre criação de partidos.
Salazar não perdoa o desaforo e o bispo é condenado oficiosamente ao exílio.
Regressa a Portugal em 1969, nunca deixando de ser uma figura polémica e incómoda.
Considerado o fundador da narrativa italiana, o sábio, humanista e poeta Giovanni Boccaccio considerava a arte de contar histórias como um valor fundamental da sociedade e não apenas um entretenimento.
Nascido em Paris, filho de um mercador toscano, viveu grande parte da sua vida entre Florença e Nápoles, onde estudou Direito Canónico e conviveu com as elites intelectuais napolitanas, nomeadamente as do círculo de Petrarca, por quem nutria profunda admiração.
Autor de um notável número de obras, Boccaccio é sobretudo conhecido pelo seu «Decameron», escrito entre 1348 e 1353, que o torna no primeiro grande realista da literatura universal.
A obra narra a fuga de sete mulheres e três homens de Florença, atacada pela Peste Negra, para o campo, onde durante a quarentena de 15 dias cada um tem de contar uma história.
Admirador de Dante Alighieri, Boccaccio foi autor de uma das primeiras biografias do escritor, poeta e político florentino: o «Trattatello in laude di Dante», ou «Vita di Dante».
Ao ler a obra de Dante «A Comédia», ficou tão deslumbrado que a renomeou de «A Divina Comédia», título com que seria imortalizada.
Para a posteridade ficou o texto de Boccaccio com os seus comentários sobre a obra: «Esposizioni sopra la Comedia di Dante».
A data da Páscoa foi fixada no século IV, no Concílio I de Niceia (ano 325).
Os padres conciliares estabeleceram que a festa que celebra a ressurreição de Cristo fosse no primeiro domingo depois da primeira Lua cheia da Primavera.
A data é coincidente com rituais pagãos muito anteriores para celebrar a Festa da Primavera, como os dedicados às deusas da fertilidade, do renascimento, nas mitologias anglo-saxã, nórdica e germânica, ou à deusa grega Eos, dita do Amanhecer, a fenícia Astarte ou a babilónica Ishtar.
Pelas semelhanças no que respeita aos rituais de fertilidade e às festividades do Equinócio da Primavera, comuns a persas, romanos, judeus e arménios, muitos historiadores sugerem que uma boa parte dos símbolos ainda hoje ligados à Páscoa cristã, como os ovos coloridos e os folares, associados à ideia de renovação periódica da natureza, são reminiscências desses rituais.
Em Portugal, sobretudo no Alentejo, como noutros países do Sul da Europa, são comuns os folares representando aves e répteis, numa associação directa ao ovo, símbolo da fertilidade, como o lagarto de Castelo de Vide, o dragão e o dinossauro das ilhas gregas, ou a serpente mítica dos sicilianos.
São oferecidos aos rapazes, enquanto as raparigas recebem folares com um ovo na barriga.
A carta com o título «J'Accuse», em que o escritor francês Émile Zola acusa o governo de francês de encobrir a verdade no caso Dreyfus – um escândalo político que dividiu a França no final do século XIX –, fez a manchete do diário L'Aurore, que esgota em poucas horas os 300 000 exemplares da sua edição.
«O meu dever é falar, não quero ser cúmplice. As minhas noites seriam atormentadas pelo espectro do inocente que paga, na mais horrível das torturas, por um crime que não cometeu» – escreveu Zola, denunciando a situação do capitão Alfred Dreyfus, de origem judaica, acusado num processo fraudulento, conduzido à porta fechada, de espionagem a favor da Alemanha, condenado e deportado para a Guiana Francesa.
Zola, apoiado por vários intelectuais, entre os quais Anatole France, Georges Courteline, Octave Mirbeau ou Claude Monet, lutará até à sua morte pela reabilitação de Alfred Dreyfus, o que vem a suceder anos mais tarde.
O Forte de Peniche foi durante muitos anos a prisão de alta segurança do fascismo, onde eram encarcerados, depois de «julgados» e condenados pelos tribunais especiais, portugueses que se empenhavam na luta contra o regime opressor.
O Forte de Peniche contém, para lá das suas espessas muralhas e nos edifícios gradeados onde os presos viviam, não só marcas profundas de sofrimento mas também elevados exemplos de coragem que por isso o converteram em local de uma memória colectiva a preservar, mantendo e respeitando as marcas desse passado, o legado de resistência e luta do povo português.
Sabe-se, conhece-se, ninguém pode ignorar que o Forte de Peniche é talvez o mais simbólico dos locais da resistência ao fascismo. Ali milhares de cidadãos, das mais diversas profissões e originários um pouco de todo o País, sofreram o pior dos isolamentos, castigos, maus-tratos, privações de todo o tipo.
Não pode ser esquecido que dentro daquelas fortes muralhas, em celas de tamanho diminuto, milhares de portugueses passaram parte das suas vidas encarcerados para que possamos hoje viver, todos, em liberdade.
«Mais de 600 ex-presos políticos, seus familiares, amigos e muitos democratas, aprovaram no sábado, 29 de Outubro, um apelo onde se exige que o Governo ponha fim ao projecto de concessão da Fortaleza de Peniche, que, a ser concretizado, seria mais um passo na política de fazer esquecer que o fascismo existiu, com todo o seu cortejo de crimes, e representaria um atentado à democracia, conquista inseparável da resistência do povo português à ditadura.
(...)
No local que o Executivo PS quer transformar num hotel à beira mar plantado, o mesmo que os presos nem sequer podiam ver, estiveram pessoas do Porto, Coimbra, Marinha Grande, Peniche, Algarve, Beja, Évora, Barreiro, Baixa da Banheira, Setúbal, Almada, Vila Franca de Xira, Alhandra, Algueirão, Sintra, Montemor-o-Novo, Alpiarça e Couço e de muitos outros locais do País, para dizer «Não» à intenção de entregar a privados o Forte de Peniche, local histórico da resistência ao fascismo e da luta pela liberdade, onde milhares de portugueses foram sujeitos às mais severas condições de isolamento, maus tratos e às tristemente célebres medidas de segurança que prolongavam indefinidamente as penas de prisão decididas pelos tribunais plenários.
No apelo «Em defesa da Fortaleza de Peniche, símbolo da repressão e da luta contra o fascismo», dirigido ao primeiro-ministro e aprovado com emoção e lágrimas, sob uma intensa salva de palmas, refere-se que «há valores que não podem, nem devem, ser mercantilizados» e lembra-se que «os edifícios da Cadeia do Forte de Peniche, onde estiveram 2500 presos, encerram uma história de milhares de anos de vidas privadas de liberdade e sujeitas a um regime prisional odioso que não poupava os familiares dos presos, também eles sujeitos a actos de repressão, arbitrariedade e humilhação» e «numerosas manifestações de luta, solidariedade, dignidade e apego à liberdade».
Museu da Resistência
«O respeito pela memória de milhares de portugueses que deram o melhor das suas vidas, e muitos a própria vida, por um Portugal livre e democrático, exige a preservação da Fortaleza de Peniche como símbolo da resistência e da luta contra o fascismo», sublinha o documento, acrescentando: «O dever do Estado não é atentar contra um dos mais significativos símbolos da repressão», mas sim «adoptar as medidas políticas e financeiras para garantir a preservação da Fortaleza de Peniche como património nacional ao serviço da comunidade e assegurar a instalação de um verdadeiro museu da resistência que cumpra a imperiosa função de dar a conhecer às jovens gerações o que significaram 48 anos de ditadura fascista para o nosso País, quantos sacrifícios impôs aos portugueses e o que foi a heróica luta do povo pela liberdade e pelas conquistas da Revolução de Abril».»
A antiga cadeia do Forte de Peniche deve assim seguir o mesmo rumo que a Prisão do Aljube, hoje transformada em local também de memória, devidamente ilustrado e documentado.
A descoberta de carvão nos finais do século XVIII em S. Pedro da Cova provocou profundas alterações no quotidiano de uma população que vivia e dependia essencialmente da agricultura. Com o início da exploração mineira, S. Pedro da Cova transformou-se num centro industrial de grande importância à escala regional, para onde se deslocaram trabalhadores provenientes de todo o País. Neste importante complexo industrial mineiro chegou a extrair-se, durante a década de 30 do século XX, 70 por cento da produção nacional de carvão.
A exploração das minas de carvão manteve-se como a principal actividade da freguesia até o limiar da década de 70 do século passado e, apesar do seu encerramento há já mais de quatro décadas, ainda hoje a freguesia é marcada pela extracção do carvão e pela vida sofrida de mineiros e suas famílias.
Se a memória que hoje predomina na população desta terra nos remete para as duras condições de trabalho, os acidentes, as mortes, ou a manutenção até quase ao encerramento das minas de relações sociais que fazem lembrar a sociedade feudal, também a resistência e a luta dos mineiros por melhores condições de vida e de trabalho é a memória que este povo escolheu como sua.
A mobilização
(...)
O facto de as minas de São Pedro da Cova estarem mobilizadas pelo Ministério da Guerra é fundamental para a compreensão da greve de 1946, já que, desde 1943, um Delegado do referido Ministério (Capitão Miranda) controlava todas as movimentações dos operários.
As condições de trabalho
(...)
Os relatos e depoimentos dos mineiros não precisam de ser ficcionados para os considerarmos como «trágicos» no que toca à caracterização do trabalho no interior das minas. Também as precárias condições de segurança em que labutavam estes trabalhadores originavam graves acidentes de trabalho, significando nalguns casos a própria morte. Um relatório estatístico referente a 1939 indica-nos que nesse ano foram contabilizadas 524 vítimas de acidentes de trabalho ocorridos nestas minas, o que equivale a cerca de 28 por cento do total dos trabalhadores, sendo que 64 por cento desses mesmos acidentes implicaram mais de sete dias de incapacidade de cada uma das suas vítimas. Também na análise do registo diário do pessoal em serviço, referente ao dia anterior à paralisação de 1946, regista-se a existência de 45 sinistrados e 124 doentes, entre mineiros e enchedores, número este assumido pela própria empresa.
(...)
A repressão, as prisões e a resistência
(...)
E é precisamente no conteúdo da correspondência trocada entre o Delegado do Ministério da Guerra, destacado para as minas de S. Pedro da Cova, o Governador Civil e a PIDE, que se pode encontrar algumas das medidas de carácter repressivo que foram tomadas no sentido de inverter o sentido dos acontecimentos.
É num contexto de fortes medidas repressivas que vão ser detidos 31 operários, sendo que na sua maioria eram analfabetos e muitos deles estavam mobilizados ao abrigo do referido decreto governamental.
A repressão é, por sinal, uma das principais memórias que a população guarda da greve de 1946:
(...)
Uma luta vitoriosa
Os efeitos da greve fizeram-se sentir, designadamente ao nível dos salários. Em todos os cadastros referentes a trabalhadores das minas de carvão em serviço no referido ano, pode-se encontrar informação sobre um significativo aumento salarial, registado em 16 de Abril de 1946, mês posterior ao fim da greve. Tendo presente que os baixos salários foram das razões mais apontadas para o início do protesto, este aumento salarial, na média superior aos 15 por cento, representou uma «vitória» nas pretensões dos operários grevistas, dando a este movimento uma dimensão e alcance muito mais significativos.
Com a greve de 1946 nas minas de S. Pedro da Cova, foi lançado o germe para um movimento que ganhará, nos anos e décadas seguintes, uma nova expressão.
Os abaixo assinados democratas antifascistas, surpreendidos com as recentes notícias sobre a concessão do Forte de Peniche, empenhados na defesa da necessária preservação da memória e resistência ao fascismo e pelo respeito de milhares de portugueses que deram o melhor das suas vidas para que o povo português pudesse viver em liberdade, apelam ao Governo para que o Forte de Peniche permaneça património nacional, símbolo da repressão fascista e da luta pela liberdade.
Primeiros subscritores
José Pedro Soares Marília Villaverde Cabral Domingos Abrantes António Borges Coelho Luísa Tito de Morais José Ernesto Cartaxo José Pinheiro Lopes de Almeida Catalina Pestana Mário de Carvalho Maria José Ribeiro Manuela Bernardino Ana Aranha António Redol Conceição Matos Alfredo Caldeira Diana Andringa Deolinda Machado Abílio Fernandes Eulália Miranda Comandante Manuel Begonha Capitão de Mar e Guerra Carlos Machado dos Santos Coronel Vasco Lourenço Adelino Pereira da Silva Silvina Miranda Alfredo Matos Viale Moutinho Ilda Figueiredo Manuel Pedro Maria Lourença Cabecinha António Gervásio António Regala Jorge Sarabando Manuel Gusmão Francisco Braga Jaime Serra Carlos Costa Almirante Martins Guerreiro Francisco Melo José Barata Moura Pilar del Río Odete Santos Américo Leal Sisaltina Maria dos Santos Joaquim Judas Sérgio Godinho Maria do Céu Guerra Nuno Brederode dos Santos Margarida Tengarrinha Manuel Carvalho da Silva Silvestre Lacerda Henrique Espírito Santo Eugénio Pinto Basto Nuno Ramos de Almeida Paulo de Carvalho António Vilarigues Guilherme da Fonseca Coronel José Emílio da Silva Georgete Ferreira Dulce Rebelo Levy Baptista
Pessoalmente concordo com esta petição e cumpro com o dever de a fazer chegar ao maior número de pessoas, que certamente saberão avaliar da sua pertinência e actualidade.
«2 -Pelo simbolismo que encerra, não podemos deixar de criticar de forma veemente o facto de o governo ter colocado nesta lista a Fortaleza de Peniche, ignorando a importância histórica e cultural de um espaço onde não é possível conciliar a actividade hoteleira e turística com a necessidade de preservar integralmente as suas características prisionais históricas. A concretizar-se a concessão da Fortaleza, estamos perante um dos mais significativos ataques à memória colectiva dos portugueses, particularmente sobre um período da nossa história contemporânea que deve ser do conhecimento das futuras gerações e, simultaneamente, de uma manifestação de desprezo para com a luta antifascista em Portugal que se desenvolveu durante quase meio século. O que deveria estar a ser discutido neste momento era a valorização e divulgação do espaço enquanto testemunho da sua função prisional durante o fascismo, designadamente, com a actualização e enriquecimento do projecto de musealização existente, e não a concessão a privados.»
A necessidade de resolver os crescentes problemas de trânsito e a iminência da exposição universal de 1900 foram dois factores determinantes para a aprovação pelo Conselho Municipal de Paris do projecto da primeira linha de Metropolitano da capital francesa, da autoria do engenheiro civil Fulgence Bienvenüe.
As obras, a cargo da Compagnie du Chemin de Fer Métropolitain de Paris, tiveram início em 4 de Outubro de 1898 e demoraram dois anos, tendo a linha chamada Porte de Vincennes – Porte Maillot sido inaugurada em 19 de Julho de 1900, coincidindo estrategicamente com o início dos Jogos Olímpicos de Verão, organizados no Bosque de Vincennes.
Um ano depois, Fulgence Bienvenüe previa a construção de novas linhas, de forma a que nenhum ponto de Paris ficasse a mais de 500 metros de uma estação de Metro, o que facto viria a suceder nas décadas seguintes.
Actualmente o Metro de Paris é o segundo mais concorrido da Europa, só superado pelo Metro de Moscovo, contando com uma rede de mais de 200 quilómetros, 16 linhas, mais de 300 estações e prestando serviço a cerca de 4,5 milhões de passageiros por dia.
Nas novas linhas o Metro é totalmente automático, sem condutor e quase silencioso.