A propósito da «bondade» do capital estrangeiro...
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A cada vez mais relevante presença, autónoma ou articulada com o capital nacional, do capital estrangeiro origina inevitavelmente uma elevada drenagem para o exterior de riqueza cá produzida. O capital estrangeiro em Portugal
- reduz o rendimento nacional disponível, o mercado de capitais para investimento e reinvestimento,
- foge do investimento de raiz,
- chega a destruir actividades produtivas, interessando-se apenas pela clientela, a carteira de encomendas e os circuitos de comercialização,
- assenta demasiadamente na mão-de-obra barata e nos apoios públicos, modelando negativamente o perfil de especialização do país e subvertendo a gestão de fundos,
- transfere para fora centros de decisão, favorecendo o comando de sectores e empresas estratégicas segundo os planos e as conveniências das “empresas mãe”, das sociedades gestoras de participações sociais do capital multinacional.
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