Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Emprego e exclusão do mercado de trabalho em Portugal durante a «troika» e o governo PSD/CDS

«Passos Coelho em recentes declarações públicas afirmou que tinham sido criados 130.000 empregos, procurando criar na opinião pública a ideia de que se estava a assistir à recuperação de emprego, ou mesmo a ideia de que se tinha invertido o ciclo de destruição de emprego em Portugal. Interessa por isso analisar esta questão importante e com objetividade. E para isso vai-se utilizar os dados do INE, que são os tecnicamente mais credíveis de que se dispõem, repondo assim a verdade.

A DESTRUIÇÃO DE 471.700 EMPREGOS COM A “TROIKA" E O GOVERNO PSD/CDS

O gráfico 1, construído com dados divulgados pelo INE, mostra como o emprego total tem variado em Portugal, após a entrada da “troika” e do governo PSD/CDS.»

 

A situação dos precários em Portugal

  • «Os trabalhadores independentes (trabalhadores por conta própria sem empregados, segundo o INE) mais os trabalhadores contratados a prazo
  • A dimensão desta realidade em Portugal e consequências económicas e sociais»

 

Diferenças salariais prejudicam mulheres

-

Em 68 de 84 actividades económicas, as mulheres auferem os salários médios mensais de base inferiores aos dos homens, sendo que os ganhos médios mensais dos homens (que incluem compensação por trabalho suplementar, prémios e outros benefícios) são também superiores aos das mulheres em 71 actividades.

Os dados constam no Relatório Sobre Diferenciações Salariais por Ramos de Actividade, encomendado pelo Governo e divulgado dia 4, segundo o qual a remuneração média mensal das mulheres era 18 por cento inferior à dos homens.

O documento constata que, «quanto mais elevado é o nível de qualificação maior é o diferencial salarial», sendo «particularmente elevado entre os quadros superiores», em que o rácio entre a remuneração das mulheres e a dos homens era, em 2011, de 72,2 por cento para a remuneração média de base e de 71,2% em relação à média do ganho. Ou seja, nestas categorias profissionais, as mulheres ganham 27 por cento menos do que os homens.

Inversamente, a diferença salarial é menor entre os níveis de qualificação mais baixos, como, por exemplo, entre praticantes e aprendizes (5% e 8,2% em termos de remuneração média de base e de ganho, respectivamente).

O documento assinala ainda que «o crescimento da presença feminina no mercado de trabalho, bem como o aumento da escolarização, não tem tido um efeito equivalente no acesso aos cargos de decisão das empresas e na sua participação na decisão.»

-

Destruição de 42.000 empregos no 1º Trim. de 2014

«O INE (www.ine.pt) acabou de divulgar as Estatísticas do Emprego referentes ao 1º Trim.2014. E os dados divulgados revelam um facto insólito. Entre o 4º Trim.2013 e o 1º Trim.2014 foram destruídos em Portugal 42 mil empregos, pois o emprego total passou de 4.468,9 mil para 4.426,9 mil, invertendo assim, infelizmente, a tendência verificada no último trimestre de 2013 que a propaganda governamental tinha utilizado intensamente para manipular a opinião pública, o que mostra que o aumento do emprego em Portugal é precário com um crescimento anémico. No entanto, apesar da redução do emprego, o desemprego diminuiu no 1º Trim.2014 em 19,9 mil pois, entre o 4º Trim.2013 e o 1º Trim.2014, passou de 808,9 mil para 788,1 mil.»

-

As Estatísticas do Emprego no 4º trimestre de 2013 e do ano de 2013

-

Os dados das Estatísticas do Emprego agora divulgados revelam uma situação a todos os títulos anómala e que é bem demonstrativa da situação degradante em que se encontra a nossa economia e o nosso país, já que a redução do número de desempregados em Portugal não tem correspondência na criação de empregos e não é consequência do crescimento económico da nossa economia, que não se verifica, já que continuamos em recessão.

Aquilo a que se assiste hoje é ao abandono do mercado de trabalho, por desistência de milhares e milhares de trabalhadores que caíram no desemprego, é à saída maciça de centenas de milhares de portugueses, em especial jovens, que procuram no estrangeiro resposta para as suas necessidades de emprego e é à ocultação de perto de 150 000 desempregados, através de programas de emprego e formação por parte do IEFP, que fazem reduzir artificialmente a taxa de desemprego, manobra que custou ao Estado, só em 2013 e até Novembro, 423 milhões de euros.

-

Desemprego - A realidade e a Propaganda

-

Nota sobre as Estatísticas do Emprego no 3º trimestre de 2013

 

1. O INE divulgou os resultados das Estatísticas do Emprego do 3º trimestre de 2013, os quais revelam uma estimativa da taxa de desemprego neste trimestre de 15,6%, valor inferior em 0,2 pontos percentuais ao trimestre homólogo do ano anterior e 0,8 pontos percentuais abaixo do registado no 2º trimestre do ano. De acordo com estes dados o número de desempregados em sentido restrito era no 3º trimestre do ano de 838.600, menos 32.300 desempregados do que no trimestre homólogo e menos 47.400 desempregados do que no trimestre anterior.

2. Ao mesmo tempo que estima uma redução do número de desempregados no 3º trimestre do ano comparativamente ao trimestre homólogo de 2012, o INE estima também que a população empregada neste trimestre se reduza em cerca de 103 mil pessoas comparativamente com o trimestre homólogo. Ou seja, no 3º trimestre do ano comparativamente com o trimestre homólogo de 2012 o desemprego caíu, mas o emprego também caíu, o que fez com que a população activa se tenha reduzido em 135.000 pessoas.

3. Ao mesmo tempo que a população activa sofreu esta redução em termos homólogos a população inactiva aumentou no 3º trimestre em 30.000 pessoas. A partir daqui podemos concluir que entre o 3º trimestre de 2012 e o 3º trimestre de 2013, 30 mil portugueses que perderam o seu emprego desistiram de procurar emprego e passaram a inactivos, enquanto 105 mil desempregados se viram forçados a emigrar.

4. Os dados das Estatísticas do Emprego agora divulgados revelam uma situação a todos os títulos anómala e que é bem demonstrativa da situação degradante em que se encontra a nossa economia e o nosso país, já que ao mesmo tempo que o desemprego baixa, o que é aparentemente bom, o emprego baixa 3 vezes mais, o que é muito mau.

5. A redução do número de desempregados em Portugal não é consequência hoje do crescimento económico da nossa economia, que não se verifica já que continuamos em recessão, mas do abandono do mercado de trabalho por desistência de milhares e milhares de trabalhadores que caíram no desemprego e da saída maciça de centenas de milhares de portugueses em especial jovens, que procuram no estrangeiro resposta para as suas necessidades de emprego.

-

A Crise do Sistema Capitalista: Alemanha - milhões em busca de trabalho

  • No país com a economia mais pujante da Europa, e com uma das mais baixas taxas oficiais de desemprego, há afinal 7,5 milhões de pessoas que procuram trabalho.

  • Quem o constata é o Escritório Federal de Estatística (Destatis), num estudo divulgado dia 15 de Agosto, onde conclui que para além dos 2,5 milhões de desempregados que procuram activamente um emprego, há mais 3,7 milhões de trabalhadores (dos quais 1,7 milhões trabalham a tempo inteiro) que precisam de um segundo emprego para suprir às suas necessidades e ainda outros 1,2 milhões, designados como «reserva silenciosa», que apesar de não procurarem activamente outra ocupação desejariam obtê-la.

  • O estudo revela que dos que trabalham a tempo parcial e que pretendem trabalhar mais, 72 por cento são mulheres. No que se refere aos que já estão com jornada completa (a partir de 32 horas semanais) mas procuram um segundo trabalho, 73% são homens.

  • As razões remontam às reformas laborais impostas pelos governos sociais-democratas/verdes de Gerhard Schröder, entre 2003 e 2005, que se destinavam supostamente a dinamizar o mercado de trabalho.

  • Na verdade, como o estudo mostra claramente, as reformas laborais e da protecção social trouxeram consigo um aumento significativo da precariedade laboral e uma desvalorização geral do trabalho que agravaram as desigualdades salariais.

  • O fenómeno do chamado «minijobs», uma modalidade de emprego subvencionado pelo Estado com um salário máximo de 400 euros e um limite de 40 horas mensais, poderá ter retirado das estatísticas milhões de desempregados, mas seguramente que não respondeu às necessidades e aspirações das famílias, que continuam em busca de uma solução que lhes permita viver com dignidade.

-

Publicado neste blogue:

-

Equador: O objectivo do governo é erradicar o trabalho infantil

  • O governo liderado por Rafael Correa conseguiu, nos últimos cinco anos, arrancar cerca de 450 mil menores do mercado laboral. A contribuir para tal está um subsídio estatal de 35 dólares mensais por cada criança que esteja matriculada no sistema de ensino e faça exames médicos regulares. Este programa, revelou o executivo equatoriano, abrange já um milhão e 200 mil beneficiários e elevou a taxa de frequência escolar para perto dos 90 por cento do total da população entre os 5 e os 17 anos.

  • O objectivo do governo do Equador é erradicar o trabalho infantil no prazo máximo de 20 anos, meta orçada em 960 milhões de dólares, mas as autoridades defendem que «os benefícios superam largamente os custos».

  • A luta contra o trabalho infantil no Equador foi recentemente elogiada pela Unicef, que confirmou que, nos últimos seis anos, a percentagem de crianças forçadas a entrarem no mercado laboral diminuiu de 17 para 6 por cento.

-

Publicado neste blog:

A Crise do Sistema Capitalista: Desemprego e Precariedade

  • A taxa de desemprego nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) permanecia nos 7,9 por cento em Maio. Segundo estatísticas oficiais, a Espanha é o território onde o índice é mais elevado, 24,6 por cento, seguido de Portugal, 15,2 por cento, e da Irlanda, 14,6 por cento.

  • Os dados da OCDE afirmam ainda que no total estavam contabilizados no espaço da organização quase 48 milhões de desempregados, isto é, mais três milhões que em Abril. Cerca de 12 milhões destes são jovens.

  • No conjunto dos países zona euro, detalham igualmente os registos da OCDE, a taxa de desemprego cifra-se em 7,3 por cento da população activa.
  • Dados da OCDE mostram ainda que na Alemanha os contratos com baixos salários representam 20 por cento dos empregos a tempo inteiro, percentagem acima da registada na Grécia (13,5%) ou na Itália (8%).

 

  • O alerta foi dado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT): se não forem rapidamente adoptadas políticas favoráveis ao crescimento, dentro de quatro anos haverá mais 4,5 milhões de desempregados, a somar aos 17,4 milhões hoje existentes na zona euro.

  • A OIT alerta que o número de contratos temporários entre os jovens quase duplicou desde o início da crise económica, representando já quase 50 por cento do emprego juvenil. 

  • Um estudo da OIT mostra que entre o segundo trimestre de 2008 e 2011, a taxa de emprego jovem em part-time aumentou cerca de 3,6 pontos percentuais na União Europeia, enquanto na Espanha ou na Irlanda a subida chegou a 11,8 e 20,7 pontos percentuais, respectivamente.

  • Em cinco países (Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal e Eslovénia), o aumento do trabalho temporário entre os jovens foi de dez pontos percentuais.

  • Segundo dados da organização relativos a 2011, cerca de 56 por cento dos jovens portugueses trabalhavam com vínculos precários, contra 20 por cento dos trabalhadores mais velhos. Estes valores são superiores à média europeia, em que 42 por cento dos jovens tinham trabalhos temporários, contra 11 por cento dos mais velhos.

  • O risco para os jovens é ficarem permanentemente numa situação precária, com reduzidas perspectivas profissionais, em termos de progressão e de evolução salarial.

  • O mesmo estudo mostra que, entre 2005 e 2010, os trabalhos temporários mal remunerados cresceram três vezes mais depressa do que outro tipo de empregos.

  • Hoje, um em cada cinco postos de trabalho é um «minijob». Uu seja, quase cinco milhões de trabalhadores têm nesta espécie de emprego a sua principal fonte de rendimento.

-

Desemprego já atinge 1,3 milhão de portugueses

«Os portugueses ficaram a saber pela boca do 1º ministro Passo Coelho, no discurso que fez na festa do PSD no Pontal, que o desemprego em Portugal não é um problema importante porque "o que era importante não falhamos". Nas próprias palavras do 1º ministro; o desemprego é uma mera "nota negativa". E isto no dia em que o INE divulgou os dados sobre o desemprego do 2º Trimestre de 2012, que revelavam que 1,3 milhões de portugueses estavam desempregados ou subempregados por falta de trabalho, e estatísticas recentes da Segurança Social informavam que o número de desempregados a receber subsidio de desemprego tinha diminuído no 2º Trimestre deste ano, apesar do desemprego continuar a aumentar. Mas analisemos os dados divulgados pelo INE e pela Segurança Social para se poder avaliar a dimensão da insensibilidade social e da falta de respeito pelos desempregados do 1º ministro. »

-

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Links

  •  
  • A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    K

    L

    M

    N

    O

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    W

    X

    Y

    Z

    Arquivo

    1. 2023
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2022
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2021
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2020
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2019
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2018
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2017
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2016
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2015
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2014
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2013
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2012
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2011
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2010
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2009
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2008
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2007
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D