Um manifestante empunha uma bandeira nacional invertida, um sinal de grande aflição e pedido de ajuda, perto de um edifício em chamas, em Minneapolis, estado do Minnesota, EUA, durante os protestos pela morte de George Floyd
Mapa de dia 1 de Junho
Mapadia 2 de Junhocidades com manifestações com mais de 100 participantes.
Minneapolis – Saint Paul está marcado a vermelho.
Protestos indignados contra a morte do afro-americano Georges Floyd, ocorrida na sequência de uma detenção policial violenta, prosseguem em várias cidades norte-americanas.
Duas pessoas morreram durante os confrontos nas manifestações em Cicero, Chicago.
Foram detidas 5.600 pessoas desde o início das manifestações(dados de 2 de Junho).
Polícia e guarda nacional estão nas ruas em mais de 140 cidades dos USA. Na «democrática» New York carros da polícia carregam sobre os manifestantes.
Jornalistas da CNN são presos em directo. Outros são atingido, de propósito, por balas de borracha e gás lacrimógeneo.
O presidente Donald Trump apela à repressão e à violência e ameaça com os militares.
No ano passado os gastos militares atingiram 1.773 mil milhões de euros (quase 9 vezes o Orçamento do Estado de Portugal), o que equivale a um aumento de 3,6 por cento.
Na liderança, com o maior orçamento, estão os EUA que, em 2019, aumentaram o orçamento 5,3 pontos percentuais.
As despesas militares norte-americanas representam 38 por cento dos gastos militares mundiais.
A sua intervenção está relatada por si no livro "Operação Viragem Histórica", coordenado pelo Comandante Almada Contreiras.
Foi autor de três livros que espelham, com grande brilho literário o percurso de vida, ainda que ficcionado, de um militar de Abril. O terceiro chama-se "Quatro Estações em Abril". Foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Democrata convicto foi, até que a saúde o deixou, um difusor empenhado e entusiasta dos ideais de Abril, levando, sobretudo às escolas e colectividades, os valores da liberdade, da democracia e da justiça social, objectivos maiores da Revolução dos Cravos.
Nesta hora de pesar, o PCP endereça a toda a família de Diamantino Gertrudes da Silva, sentidas condolências, prestando homenagem pública ao militar valoroso, ao democrata empenhado, ao humanista e homem de cultura.
Transcrevemos abaixo o texto que Fernando Augusto Machado, Professor Jubilado da Universidade do Minho, amigo pessoal e contemporâneo do malogrado, nos fez chegar sobre Gertrudes da Silva:
O 25 de Abril de 1974 foi um ponto de partida determinante para o processo de construção da democracia que hoje temos a dita de viver. Processo por vezes sinuoso, com percalços e vicissitudes tantas vezes inesperados, às vezes mesmo obstaculizados ou até combatido por arautos saudosos dos tempos idos… mas processo, que ainda o é, também persistentemente defendido por nós e muitos nos ideais e fins que a Revolução de Abril em tempo inicial definiu ancorados na liberdade, igualdade, justiça e paz.
Mas é também um ponto de chegada tornado rutura à longa época de opressão, de desigualdade, de injustiça e mesmo de guerra em que o país persistia num isolacionismo deprimente ao espaço e tempo da circunstância. Foi tempo negro, sim, mas sempre com a chama de luta persistente em que o PCP, não há história que o possa negar, foi protagonista notado, e por isso perseguido, ao lado de muitos outros inconformados e esperançados resistentes.
Pois bem, nesse ponto de partida para o presente, e de chegada com esperança de futuro, tiveram papel primordial aqueles que continuamos a chamar CAPITÃES DE ABRIL. Eis a razão primeira e maior da sentida homenagem do PCP ao nosso “capitão” Gertrudes da Silva que nos deixa mas que permanecerá na nossa memória e na História de Portugal escrita com letras de ouro assentes em padrões de liberdade, de justiça e paz. Ele foi protagonista ativo e relevante nesse corajoso momento de rutura e assim continuou até ao fim, envolto nos ideais que na madrugada libertadora de abril ele ajudou a nascer e que, em sua homenagem, nos vemos obrigados a defender. Ele nos pede…
A insurreição marca o início da luta armada para a libertação da Argélia, submetida desde 1830 pela França à exploração colonial, à discriminação racial e à opressão nacional.
Confrontada com a feroz repressão das mais elementares reivindicações democráticas e nacionais e com o massacre de populações inteiras, a resistência, organizada na Frente de Libertação Nacional, lança ataques em vários locais do país contra instalações militares, postos de polícia, centros de comunicações e organismos públicos.
A resposta das autoridades coloniais foi o terrorismo de estado mais brutal, incluindo o recurso indiscriminado à tortura e o bombardeamento de populações inteiras com napalm.
O povo árabe e berbere argelino pagou um elevado preço pela sua libertação: um milhão e meio de mortos.
A independência foi conquistada a 5 de Julho de 1962.
Investigue-se até às ultimas consequências, doa a quem doer.
Falam assim os que falam em nome deste povo. Os mesmos que sem pestanejar nos mandam para as guerras que há, ao arrepio da Constituição da República Portuguesa(CRP) que juraram cumprir e fazer cumprir. Os mesmos que calam o envolvimento do nosso país em estratégias agressivas e de destruição de nações inteiras com o único objectivo de partilhar umas migalhas do festim para os senhores do Mundo que se apropriam das riquezas naturais desses países.
No entanto esses mesmos são os que assistem, em silêncio, à destruição do sistema de saúde militar, não se importando de envolver o nosso país em acções contrárias aos princípios estabelecidos no nº1 do Artigo 7º da CRP “da solução pacífica dosconflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados...” deixando sem suporte aqueles que, em cumprimento desses desígnios, põem em risco a própria vida.
Investigue-se, mas investiguem-se a sério os porquês de tudo isto, até às últimas consequências e doa a quem doer.
Não é a CRP a Lei Fundamental da República Portuguesa?
No nº2 do Artigo 7º não está escrito “Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.”?
Quem decide aumentar o envolvimento de Portugal na NATO, com participação activa na sua estratégia de agressão, domínio e exploração de outros povos, ao serviço do imperialismo norte-americano e seus aliados europeus, não está em flagrante incumprimento da Lei Fundamental?
E, não deixemos também de investigar o envolvimento do nosso país na ameaça a países com os quais mantemos relações diplomáticas e de crescente interesse mútuo, em particular no cerco à Federação Russa através do chamado “escudo anti-míssil” e da força de intervenção rápida (equipada e treinada para intervir em cenários de guerra de elevada intensidade), recentemente criados.
E, aqui não podemos deixar de, mais uma vez, alertar para o perigoso caminho que nos estão a impor. A Federação Russa é uma grande potência nuclear tal como os EUA. Entrar neste jogo como alvo é ainda mais perigoso.
Uma última palavra para a família dos soldados vítimas do rigor da instrução militar a que foram sujeitos: O nosso respeito sem limites por todos os que põem as suas vidas ao serviço da Pátria que tanto amamos.
A propósitodesta notícia, e de quem a publica, recorde-se que aBBC, tida como órgão de referência, deu como provado a existência do golpe. A notícia espalhou-se por todo o planeta, contribuindo para a neutralização do protesto de amplos sectores da opinião pública mundial. Um milhão de mortos depois a BBC veio reconhecer que tinha sido manipulada. Apresentou desculpas. Mas os homens, mulheres e crianças, vítimas mortais da repressão, já não podiam receber esse acto de contrição.
«Há meio século consumou-se uma das grandes chacinas da História.
A partir de Outubro de 1965, os militares indonésios, com o apoio activo e directo do imperialismo norte-americano, massacraram cerca de um milhão de comunistas, sindicalistas e membros dos poderosos movimentos de massas indonésios.
O genocídio indonésio é um dos mais sangrentos episódios da grande guerra de classes mundial com que o imperialismo procurou conter e derrotar o ascenso do poderoso movimento de libertação nacional e social da segunda metade do Século XX, sob o impacto da derrota do nazi-fascismo e do prestígio imenso da União Soviética e do movimento comunista internacional.»
«Um realizador de cinema pede a um assassino que recrie, em filme, as torturas e crimes que cometeu na vida real. Este, encantado com a oferta, dispõe-se a isso com entusiamo e diligência. O resultado da experiência é uma alucinação cinematográfica que adquire proporções épicas quando se descobre que o criminoso é um dos líderes mais sanguinários dos esquadrões da morte na Indonésia, bandos de carniceiros que, em 1965, acabaram com a vida de um milhão de pessoas em menos de um ano. «The Act of Killing», deJoshua Oppenheimer, é a consequência desse assustador delírio de fama dos genocidas indonésios que, no entanto, hoje vivem como heróis no seu país.»
O Golpe Militar de 1965
Em 1965, o Governo Indonésio foi derrubado pelos militares. Sukarno, o primeiro presidente da Indonésia, fundador do movimento não alinhado e líder da revolução nacional contra o colonialismo holandês, foi destituído e substituído pelo General Suharto. O Partido Comunista Indonésio (PKI), que havia apoiado firmemente o Presidente o Presidente Sukarno, que não era comunista, foi proibido de imediato. Na véspera do golpe, o PKI era o maior partido comunista do mundo fora de um país comunista.
Depois do golpe militar de 1965, qualquer pessoa poderia ser acusada de ser comunista: sindicalistas, agricultores sem terras, intelectuais, chineses Em menos de um ano e com a ajuda directa de certos governos ocidentais, mais de um milhão destes comunistas foram assassinados, assegura a equipa de The Act of Killing.
Os EUA aplaudiram o massacre, que consideraram uma grandiosa vitória sobre o comunismo. A revista Time informava que era uma das melhores notícias para o Ocidente em anos, na Ásia, enquanto o The New York Times escrevia: Um raio de luz na Ásia.
A cimeira que a NATO realiza em Varsóvia nos próximos dias representa, pelos seus objectivos, mais um ousado e perigoso passo no sentido da intensificação da sua acção agressiva e, nomeadamente, já forte pressão militar sobre a Federação Russa.
Em Portugal, como noutros países, ecoará uma vez mais a exigência e a urgência de dissolução deste bloco político-militar agressivo.
(...)
O aperto do cerco à Rússia, sendo porventura um dos principais objectivos da cimeira de amanhã e depois, não é o único. O próprio secretário-geral da NATO, na já referida entrevista a um órgão de comunicação social polaco, referiu-se ainda ao alargamento da presença e acção da NATO no Médio Oriente e Norte de África, ao aumento dos gastos militares dos países membros europeus para dois por cento do PIB e ao reforço da cooperação entre a NATO e a UE como outros pontos constantes da agenda da reunião de Varsóvia. Todos eles desenvolvem decisões assumidas em cimeiras anteriores
No âmbito desta campanha, foi publicado um folheto em que as organizações promotoras denunciam o pendor agressivo da NATO e apresentam as suas propostas para pôr termo às ameaças à paz que ela constitui, que pode ler aqui.
De igual modo foi criado um Jornal em que pode ler aqui os seguintes artigos: “Não aos objectivos belicistas da Cimeira de Varsóvia”, “Não às armas nucleares: desarmamento!”, “Tentáculos da destruição”, “Cimeira de Varsóvia: ameaça aberta à segurança e à paz”, “Escudo anti-míssil: grave ameaça à paz”, “Os povos querem a paz”, “Milhões para a guerra” e “Dissolução dos blocos político-militares: princípio constitucional”.
«No quadro da estratégia da NATO tendo como foco principal a Rússia, decorrem desde o dia 6 de Junho os maiores exercícios da Aliança Atlântica após a chamada «guerra fria». Pela primeira vez desde o início da invasão da URSS pelas tropas nazis, a 22 de Junho de 1941, tanques de guerra germânicos atravessam a Polónia em direcção a Leste.
As manobras realizadas com o sugestivo nome de Anaconda, mobilizam 31 mil militares e milhares de veículos de 24 países. Os EUA contribuem com 14 mil soldados, a Polónia com 12 mil e a Grã-Bretanha com 800, sendo os que mais empenham as respectivas forças armadas nestes «jogos de guerra».
Paralelamente, no Báltico, continua a registar-se intensa actividade por parte de aviões de espionagem norte-americanos. Domingo, 5, justamente um dia antes do início do simulacro da NATO na Polónia, uma aeronave militar dos EUA foi detectada na fronteira do enclave russo de Kaliningrado. Tratou-se da 16.ª operação semelhante nas últimas semanas.»