«As eleições nos EUA são expressão da crise do sistema. Os seus resultados contribuirão para o ulterior aprofundamento dessa crise. Nos EUA e a nível mundial.
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Uma coisa é certa: seja nos EUA ou na UE, a palavra de ordem é militarizar. Os povos nada têm a esperar dos defensores do grande capital, a não ser exploração, miséria e guerra.»
Não se diz uma só palavra sobre as causas socioeconómicas e ideológicas desta situação...
Por iniciativa do PCP, Partidos Comunistas e Operários de todos os continentes tornaram pública uma posição comum que alerta para os grandes perigos que a NATO representa para a paz e em que se apela ao desenvolvimento da luta pela paz, contra a corrida aos armamentos, pelo fim das agressões e ingerências do imperialismo e pela dissolução da NATO.
A Aliança do Tratado do Atlântico Norte (NATO) realiza uma nova Cimeira em Chicago, a 20 e 21 de Maio.
A NATO é uma estrutura militar ofensiva, responsável por guerras injustas e ilegítimas, por graves violações dos direitos do homem, por autênticos crimes – na Jugoslávia, no Afeganistão, no Iraque ou na Líbia.
Sob o pretexto do «combate ao terrorismo», da não proliferação de «armas de destruição massiva» ou da dita «ingerência humanitária», a NATO tem promovido a militarização das relações internacionais, a corrida aos armamentos, a ameaça do terror nuclear, a ingerência, as agressões e ocupações militares, tornando o mundo mais inseguro e violento e comprometendo a paz mundial.
Liderada pelos EUA e tendo a União Europeia como seu «pilar europeu», a NATO tem vindo a aumentar o número de países membros e a reforçar as suas parcerias e meios, no sentido de ampliar a sua área de intervenção.
A revisão do seu conceito estratégico na sua última cimeira, realizada em Lisboa, em Novembro de 2010, definiu a intervenção em todas as regiões do mundo como objectivo da NATO e alargou o leque de pretextos a serem usados para «justificar» a sua acção belicista.
Através da NATO, os EUA e os seus aliados procuram impor pelo domínio militar o controlo de recursos naturais e de mercados e a superioridade geoestratégica – liquidando milhares de vidas humanas, destruindo países e recursos, espalhando a violência e o sofrimento; desrespeitando os direitos dos povos e as soberanias nacionais; instrumentalizando a Organização das Nações Unidas e subvertendo a sua Carta.
Num momento em que a crise tem servido de desculpa para atacar os direitos e as conquistas dos trabalhadores e dos povos, as despesas e o investimento em novas tecnologias militares não cessam de aumentar, sendo que cerca de 70% dos gastos militares no mundo são dos países membros da NATO – os grandes responsáveis pela agudização da situação económica e social são os mesmos que promovem a corrida aos armamentos, a militarização das relações internacionais e a guerra.
Portugal, membro fundador da NATO pela mão do regime fascista, tem vindo a pautar a sua política externa pela submissão a interesses alheios às aspirações e anseios de paz do povo português.
A Constituição da República Portuguesa – nascida da libertação do fascismo e do anseio do fim da guerra colonial e da paz, conquistadas após o 25 de Abril de 1974 – preconiza a resolução pacífica dos conflitos internacionais, o desarmamento, a soberania e a independência nacional, a não-agressão e a não-ingerência, a dissolução dos blocos político-militares, a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração dos povos.
Contrariando a Lei Fundamental, os sucessivos governos têm vindo a comprometer Portugal com a NATO e os seus crimes, enviando tropas portuguesas para actos de agressão a outros povos. Enquanto se impõem sacrifícios ao povo português e se corta nas despesas sociais, utilizam-se milhões de euros para adaptar e dispor as Forças Armadas Portuguesas às exigências da NATO.
Na sua Cimeira de Chicago, a NATO – ao mesmo tempo que procura assegurar a sua «retirada» ordenada do atoleiro do Afeganistão –, reafirma a instalação do sistema antimíssil dos EUA na Europa e o compromisso dos países membros da NATO na manutenção e no desenvolvimento de capacidades militares e na partilha de meios e de custos da sua política belicista - o que já mereceu a aceitação do governo português.
Este é um rumo que contraria as aspirações e os direitos dos povos a um mundo de paz, de solidariedade e cooperação e que constitui a maior ameaça à paz e à segurança internacional.
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Assim, por ocasião da Cimeira da NATO em Chicago, e dando continuidade aos objectivos e aos compromissos da Campanha «Paz Sim! NATO Não!», realizada em Portugal em 2010, afirmamos:
A exigência da retirada imediata das forças portuguesas envolvidas em agressões da NATO, nomeadamente do Afeganistão;
A rejeição da instalação do sistema míssil dos EUA na Europa e de qualquer participação de Portugal neste;
A rejeição da escalada de guerra no Médio Oriente, nomeadamente contra a Síria e o Irão;
A reclamação do fim das bases militares estrangeiras e das instalações da NATO em território nacional;
A reclamação da dissolução da NATO;
A exigência do desarmamento e do fim das armas nucleares e de destruição massiva;
A exigência do cumprimento dos princípios da Carta das Nações Unidas e da Constituição da República Portuguesa, em respeito pela soberania e igualdade dos povos.
Maio de 2012
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Organizações que subscreveram até o momento: - Associação de Intervenção Democrática – ID Associação dos Agricultores do Distrito de Lisboa Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin Associação Projecto Ruído Casa do Alentejo Colectivo Mumia Abu-Jamal Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura Recreio e Desporto Conselho Português para a Paz e Cooperação Ecolojovem – Os Verdes Frente Anti-Racista Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra Iniciativa Jovem Interjovem – CGTP-IN Juventude Comunista Portuguesa Movimento Democrático de Mulheres Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal União de Resistentes Antifascistas Portugueses União dos Sindicatos de Lisboa – CGTP/IN Voz do Operário
Pobre e infeliz Haiti. Primeiro a longa e feroz ditadura de Duvalier, com os seus sinistros ton-ton macoute. Depois um brevíssimo governo democrático, cujo presidente foi deposto por uma intervenção militar dos EUA & da França. Segue-se uma longa ocupação militar, com a cumplicidade activa de países latino-americanos que se prestaram a enviar tropas para colaborar com o império. Mais recentemente um terramoto gigante que deixou o país destruído. E este foi seguido de imediato por uma invasão em grande escala de tropas estado-unidenses. O estado calamitoso do país, com as infraestruturas de saneamento básico arruinadas, levou à epidemia de cólera iniciada em 2010. E agora, 17 de Janeiro, para culminar, Baby Doc , o filhote do antigo ditador Duvalier, retorna de Paris . Ele volta protegido pelas tropas do imperialismo e dos governos latino-americanos que o servem – como o do Brasil, Chile e Uruguai. Vem tomar posse dos despojos. Tal como os abutres, também quer um naco do moribundo.
Alfredo Pérez Rubalcabaes un político español perteneciente al Partido Socialista Obrero Español. (...) Desde abril de 2006 es ministro del Interior. El 21 de octubre de 2010 tomó posesión como vicepresidente primero y portavoz del Gobierno, conservando además sus responsabilidades en el Ministerio del Interior.
Generalísimoes el término que denota a un rango militar superior al Mariscal de Campo y al Gran Almirante. (...) En su uso presente, el término Generalísimo se aplica habitualmente a un oficial militar que toma el poder a través de un golpe de Estado, o que ha suspendido los mecanismos constitucionales previamente instituidos, convirtiéndose en jefe de la rama ejecutiva del Estado, y que se basa en su cargo como jefe supremo de las fuerzas armadas para obtener legitimidad política.