Travar a liquidação da PT, apurar responsabilidades, defender o interesse nacional
Travar a liquidação da PT, apurar responsabilidades, defender o interesse nacional
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Travar a liquidação da PT, apurar responsabilidades, defender o interesse nacional
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Passividade e incapacidade, impotência e incompetência, assim podemos caracterizar o comportamento do Governo e do Ministério da Economia para com o sector da construção civil e imobiliário.
O avolumar da crise chegou entretanto a um ponto tal que atingimos uma fase aguda e a ruptura. Para aí apontam todos os indicadores:
8543 empresas terem fechado portas em 2011 (mais 61 por cento do que em 2010), prevendo-se, caso nada seja feito, que mais 13 mil encerrem até final deste ano.
Só no primeiro trimestre deste ano foram eliminados 38 300 postos de trabalho (mais de metade da redução do emprego total no País), segundo dados do INE, que admitiu que até Dezembro esse número suba para 140 mil.
Este é um sector com uma importância vital – vale 18,2% do PIB, considerando globalmente construção civil e imobiliário –, com um «elevado grau de interdependência na cadeia de valor da fileira», a par da sua «densa transversalidade com outras fileiras e sectores industriais e de serviços».
Isto sem falar dos impactos no sector financeiro, com o crédito à construção e ao imobiliário a rondar os 38 mil milhões de euros e as imparidades a aproximarem-se dos 200 mil milhões de euros.
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O PCP colocou ao Ministério da Economia as questões que pode ler AQUI. A resposta que obteve é bem o exemplo de como o Governo trata as questões sérias da defesa do emprego e das empresas.
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São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:
* Gasolina: +5%
* Gasóleo: +7%
* Electricidade: +13,6%
* Gás natural: entre +21% e + 38%
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«O preço da energia pago pelas famílias em Portugal é muito superior ao preço médio dos países da União Europeia. E não se pense que são apenas os combustíveis, que têm merecido a atenção dos media. A situação é ainda mais grave em relação à electricidade e ao gás natural. Para provar isso, vamos utilizar dados divulgados pela própria Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia. E para que depois as empresas e seus defensores não possam vir com a desculpa esfarrapada que a culpa é da elevada carga fiscal que existe em Portugal, como habitualmente fazem com o propósito de enganar a opinião pública, vamos utilizar, para a comparação, preços sem impostos (sem IVA e sem ISP), ou seja, preços que revertem totalmente para as empresas, e que constituem a fonte dos seus lucros.
Em Portugal, nos primeiros sete meses de 2010, o preço da gasolina95 sem impostos foi, em todos os meses, sempre superior ao preço médio da UE27 entre 3% e 7%, e o do gasóleo entre 6% e 7%. Isto determinou que só nos primeiros sete meses de 2010 os portugueses tenham sido obrigados a pagar a mais às empresas 29,7 milhões € pela gasolina95 que consumiram e mais 143,8 milhões € pelo gasóleo. Em relação aos preços espanhóis também sem impostos, os cobrados em Portugal pelas empresas, só nos primeiros sete meses de 2010, determinaram que os portugueses tenham sido obrigados a pagar mais 2,5 milhões € pela gasolina95 e mais 56,7 milhões € pelo gasóleo que consumiram. Repetindo, tudo isto sem impostos para que as empresas e os seus defensores nos media não possam utilizar a justificação, como habitualmente fazem, que a culpa é da carga fiscal ser mais elevada em Portugal.»
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São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:
ERSE defende aumento de 3,2% no preço do gás natural
– mas no 1º semestre de 2009 as famílias portuguesas já pagaram €62,4 milhões a mais do que deviam
«O problema dos preços elevados da energia em Portugal não se limita apenas aos preços dos combustíveis. A ERSE, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, cujo presidente é nomeado pelo governo e tem revelado estar refém das empresas, defende que os preços do gás natural em Portugal aumentem em 2010, em média, 3,2% , ou seja, quatro vezes mais do que a taxa de inflação prevista pelo governo que é 0,8%, e também mais do que os aumentos previsíveis dos salários em 2010.
Mas há distritos em que a ERSE defende um aumento ainda maior. Por ex., na região abrangida pela EDPGás (distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo) a subida é de +4,2%; na abrangida pela Duriensegás (Amarante, Bragança, Chaves e Vila Real) o aumento é de +3,9%; na região abrangida pela Dianagás (Évora e Sines) o aumento é de +3,5%. E isto em relação aos consumos anuais até 10.000m3, porque em relação aos superiores, os preços ficam liberalizados podendo as empresas fixarem os que quiserem.»
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São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:
«O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), tem-se multiplicado, na última semana, em declarações aos órgãos de comunicação social, para dizer que os preços do gás pagos pelas famílias em Portugal vão descer em média 4,1% a partir de Junho de 2009, como isso representasse um grande medida e também um grande beneficio para os portugueses. Mas o que ele não fala nem explica é a situação escandalosa que se verifica no mercado de gás em Portugal e também no da electricidade, igualmente da sua responsabilidade, em que as famílias portuguesas continuam a pagar preços muito superiores aos preços da União Europeia.
De acordo com dados que a Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia acabou de divulgar, em 2008, os preços do gás natural em Portugal sem impostos, ou seja, aqueles preços que revertem na sua totalidade para as empresas, e que constituem a fonte dos seus lucros, que são pagos também pelas famílias portuguesas, eram muito superiores aos preços médios da União Europeia. E a diferença para mais era a seguinte: +49,2% para as famílias que consomem anualmente até 20 Gigajoule; +53,5% para as famílias que consomem anualmente de 20 a 200 Gigajoule, e +46,2% para as famílias que consomem anualmente 200 ou mais Gigajoule.»
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