Todos os anos há a “época” das gripes. E para essas estamos relativamente avisados e muitos já estão preparados para as enfrentar. Todavia, todos os anos morrem milhares de portugueses em resultado da gripe. Para além desses, é incrível como ainda há tanta gente que, em cima da gripe, morre de frio porque não tem dinheiro para se aquecer. O Estado deveria subvencionar o aquecimento dessas pessoas.
Há uma entidade chamada Programa Nacional de Vigilância da Gripe, que depende do Ministério da Saúde, mas, ao que me parece, não atua preventivamente. Apenas informa reativamente com estudos sobre o que se passou.
Todos os anos morrem mais de três mil portugueses da chamada gripe comum e de frio. Na época de 2017/2018 morreram 3.700 portugueses e na época de 2018/2019 morreram 3.331. Um número brutal, pessoas de todas as idades que passam despercebidos da opinião pública. Há um programa de vacinação, mas nem sempre totalmente eficaz em resultado das variações genéticas dos vírus e do aparecimento de novos vírus, sabe-se lá de onde.
«O governo colocou em discussão pública, através da Separata do Boletim do Trabalho e Emprego, nº 5 de 7 de Novembro 2016, a qual está disponível AQUI para quem quiser analisar e dar o seu contributo um projeto de decreto-lei que visa substituir a atual Direção Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas (ADSE) por um Instituto Público de gestão participada (ADSE,IP).
Este projeto de decreto-lei está em discussão durante 20 dias a contar da data da sua publicação, portanto quem quiser dar o seu contributo/opinião pode fazê-lo até ao dia 27 de Novembro de 2016.
Em primeiro lugar, interessa referir que, a nosso ver, é positivo que o governo tenha abandonado a intenção de transformar a ADSE numa mútua, o que determinaria que ela fosse rapidamente capturada por um grupo de interesses minoritário que depois utilizaria a ADSE em seu proveito.
A experiencia de mútuas, nomeadamente de grande dimensão, em Portugal é elucidativa disso para quem as conheça.
E o risco de tal acontecer era muito grande tendo em conta que a ADSE movimenta anualmente cerca de 600 milhões € (por isso gera grandes apetites) e que os grupos privados de saúde estão vitalmente interessados em a controlar porque é um importante instrumento de financiamento.»
As mortes por doenças respiratórias em Portugal aumentaram cerca de 30 por cento em 15 anos, com a mortalidade por pneumonias a registar um crescimento superior a 50 por cento.
Segundo dados do relatório de 2014 do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, divulgados dia 4, morreram mais de 13 mil pessoas por doença respiratória, quando em 1998 os óbitos foram pouco acima dos 10 mil.
Sobre as causas deste retrocesso, o presidente do Observatório, Artur Teles de Araújo, admitiu a possibilidade de atraso no diagnóstico e referenciação destes pacientes, bem como dificuldades na prevenção nomeadamente do tabagismo.
Os locais com consultas de cessação tabágica caíram para metade e o número de consultas passou de 223 para 116, entre 2009 e 2013.
As políticas de destruição do Serviço Nacional de Saúde MATAM!
O número de camas de internamento diminuiu nos hospitais públicos e aumentou nos privados, entre 2002 e 2013, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados na véspera do Dia Mundial da Saúde, que se assinalou anteontem.
As contas do INE indicam que, em 2002, existiam 28 733 camas de internamento nos hospitais públicos, número que baixou para 25 029 em 2013.
Pelo contrário, as camas nos hospitais privados aumentaram de 8 429 para 10 474 no mesmo período.
Ou seja, em 2013, os hospitais públicos oficiais tinham aproximadamente menos 3700 camas de internamento do que em 2002 e os privados mais duas mil camas.
Já na semana passada, o presidente cessante da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), Joaquim Abreu de Sousa, alertou na Assembleia da República que «o tratamento dos doentes com cancro em Portugal está no vermelho», porque as instituições estão «no limite».
O médico referiu que por falta de camas 266 doentes oncológicos não puderam ser operados em 2014, apesar de haver equipas disponíveis.