A verdade verdadinha de Caracas (parte 2)
Regressemos à Venezuela.(...)
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Regressemos à Venezuela.(...)
«O campo bolivariano saiu vitorioso em 18 dos 20 actos eleitorais. Porém, seria pouco acertado retirar importância ao desaire eleitoral agora sofrido pela revolução venezuelana, primeira derrota em eleições legislativas. Um revés cuja avaliação aturada caberá fazer às forças revolucionárias bolivarianas. Salta à vista que a votação da MUD supera largamente a base social da oligarquia e burguesia venezuelanas. Por outro lado, parte do campo popular que apoia o processo bolivariano absteve-se de votar. As massas têm revelado uma disponibilidade quase incansável de mobilização ao logo destes 16 anos. Contudo, nas urnas acabaram por se expressar os efeitos do desgaste social resultantes da continuada política de chantagem, desestabilização e agressão económica – agravado pela baixa do preço do crude – de que é alvo o poder de Caracas por parte do imperialismo. O que não obsta à necessidade de encarar os sérios problemas, limitações e deficiências no plano interno.»
«Sendo certo que o regime democrático venezuelano é presidencial e que o mandato de Nicolás Maduro só termina em 2019, estando atribuído ao executivo poderes de condução política e governação da nação, a distribuição e correlação de forças na Assembleia Nacional não é de todo inócua.»
«O PCP salienta que estas eleições se realizaram no contexto de uma conjuntura económica particularmente desfavorável em resultado da baixa do preço do petróleo e no quadro de grandes operações de desestabilização e boicote económico dos sectores mais reaccionários venezuelanos articuladas com a ingerência do imperialismo contra a Revolução Bolivariana.»
«O desfecho venezuelano confere atualidade à pergunta: é possível pela via institucional transformar radicalmente uma sociedade capitalista, utilizando as instituições criadas pela burguesia para atingir os seus objetivos?»
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Bento de Jesus Caraça - Um exemplo de confiança no futuro
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Em 2006, o candidato da oligarquia venezuelana, Manuel Rosales, obteve 4,3 milhões de votos. Com essa votação, teria ganho qualquer eleição presidencial realizada na Venezuela até à altura (para dar uma ideia, Caldera foi eleito presidente em 93 com 1,7 milhões votos, e Lusinchi (83), Andreas Perez (88) e Chavez (98 e 2001), foram-no com menos de 4 milhões de votos). E no entanto, Rosales sofreu a maior derrota de sempre, já que Chavez reuniu o voto de 7,3 milhões de venezuelanos, obtendo uma votação que superava mesmo o total de votantes em qualquer eleição anterior na Venezuela.
(sublinhados meus)
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