Hipátia de Alexandria - Gravura de Elbert Hubbard, 1908
«Havia em Alexandria uma mulher chamada Hipácia (ou Hipátia), filha do filósofo Teón, que fez tantas realizações em literatura e ciência que ultrapassou todos os filósofos da época. Tendo progredido na escola de Platão e Plotino, ela explicava os princípios da filosofia a quem a ouvisse, e muitos vinham de longe receber os ensinamentos», diz Sócrates, o Escolástico, na História Eclesiástica (século V).
Não há certezas quanto à sua data de nascimento (entre 350 e 370 d.C.) nem da sua morte (entre 415 e 416), mas sabe-se que foi vítima do conflito entre religião e ciência em que a cidade de Alexandria estava mergulhada nos séculos IV e V da era cristã.
Influenciados por Cirilo, patriarca de Alexandria, cujos seguidores espalharam o boato de que a filósofa se dedicava à bruxaria, fanáticos cristãos capturaram Hipátia, arrastaram-na para uma igreja, despiram-na e apedrejaram-na até à morte. O corpo foi depois esquartejado e queimado.
Cirilo não foi responsabilizado pelo crime e veio a ser canonizado como São Cirilo de Alexandria.
Pagã num tempo dominado por tensões religiosas, Hipátia. uma das primeiras mulheres a estudar e ensinar matemática, astronomia e filosofia e a única que dirigiu o Museu de Alexandria, permanece como um símbolo da libertação das mulheres.
Natural de Varsóvia, na Polónia, Marie Curie estudou em Paris, numa época em que mundo universitário e científico era essencialmente masculino.
Licenciou-se em 1.º lugar em Ciências Matemáticas e Física, na Sorbonne, onde foi a primeira mulher a leccionar.
Juntamente com o marido, Pierre Curie, estudou os fenómenos da radiação, recebendo ambos o Prémio Nobel da Física, em 1903; foi a primeira mulher com tal distinção.
Em 1911, já viúva, Marie recebe o Nobel da Química «em reconhecimento (...) pela descoberta dos elementos rádio e polónio [em homenagem à Polónia], o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elemento».
Numa atitude verdadeiramente altruísta, o casal Curie não registou a patente do processo de produção do rádio nem da sua aplicação no tratamento de cancro e outras doenças.
Muito do que se faz hoje na medicina nuclear deve-se ao caminho aberto por Marie Curie e da aplicação das suas descobertas ao serviço da humanidade.
«Contrariamente ao que se podia pensar, ou mesmo por vezes se afirma, a discriminação remuneratória com base no género não tem diminuído em Portugal.
O quadro 1, com dados do Eurostat, mostra até um aumento no nosso país.
Nos outros países da União Europeia verifica-se igualmente este tipo de discriminação, o que mostra que a U.E. também não é imune a este tipo de desigualdade.»
1. Assinala-se o 30.º aniversário da Conferência do PCP «A Emancipação da Mulher no Portugal de Abril», realizada a 15 e 16 de Novembro de 1986. Os objectivos que nortearam a sua realização, os seus conteúdos, as suas principais teses e direcções de trabalho têm constituído uma importante âncora no plano teórico e na acção prática do PCP.
A realização desta Conferência foi decidida pelo Comité Central do PCP, que levou a cabo um amplo debate interno, tendo como objectivos «a afirmação da responsabilidade do PCP e de todos os membros do Partido, mulheres e homens, numa causa que todos consideramos justa: a causa da emancipação da mulher».
2. As principais teses e direcções de trabalho desta Conferência mantêm uma inegável actualidade. Entre elas destaca-se:
Realizada a 15 de Novembro de 1986, no Pavilhão dos Desportos (Lisboa), esta Conferência Nacional do PCP, passados que são 30 anos, permanece como uma iniciativa sem paralelo em Portugal dedicada às questões da emancipação da mulher.
Com a Revolução de Abril, pela acção revolucionária das massas e em que as mulheres foram participantes activas, num curto espaço de tempo as mulheres alcançaram um conjunto de conquistas que alteraram profundamente as suas condições de vida e o seu estatuto discriminatório na sociedade e na família. Conquistas que representaram progressos significativos na longa luta das mulheres pela sua emancipação e que abriram perspectivas de novos passos nesse processo.
Foi, pois, no Portugal de Abril, num quadro em que já estava em marcha a contra-revolução no sentido de liquidar as conquistas alcançadas e em que persistiam concepções retrógradas e reaccionárias acerca do papel da mulher na sociedade e na família, que o Partido ousou levar a cabo esta Conferência.
A dívida pública de Portugal representou no segundo trimestre do ano 131,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, 243,3 mil milhões de euros.
De acordo com dados do Eurostat divulgados dia 24, Portugal tinha a terceira maior dívida pública da União Europeia, relativamente ao PIB, só inferior à da Grécia (179,2%) e da Itália (135,5%).
O endividamento do Estado agravou-se 2,8 pontos percentuais face ao primeiro trimestre do ano e 2,9 p.p. em comparação com igual período de 2015, sendo o segundo país com o maior aumento trimestral, a seguir à Grécia (3,1 p.p.) e à frente da Letónia (2,6 p.p.); e o terceiro com maior aumento homólogo, a seguir à Grécia (+9,7 p.p.) e à Letónia (+3,7 p.p.).
Em sentido contrário, as maiores descidas trimestrais ocorreram na Finlândia (-2,7 p.p.), na Irlanda (-2,6 p.p.) e na Hungria (-1,6 p.p.) e, em termos homólogos, na Irlanda (-13 p.p.), na Holanda (-3,3 p.p.) e na Hungria (-3,2 p.p.).
Em termos médios, face ao segundo trimestre de 2015, a dívida pública na zona euro baixou 0,9 pontos percentuais (de 92,1% para 91,2%) e 3,2 pontos percentuais no conjunto da UE28 (de 87,5% para 84,3%).
População diminui e envelhece
A população de Portugal será de 10,3 milhões no final deste ano, segundo projecções das Nações Unidas divulgadas dia 20, que referem uma descida média anual de 0,4 por cento do número de residentes entre 2010 e 2016.
O relatório sobre o «Estado da População Mundial», elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a População, calcula que já este ano as pessoas com 65 anos ou mais vão representar um quinto (21%) do total da população portuguesa, enquanto as crianças até 14 anos não serão mais do que 14 por cento.
Somente três países apresentam um peso maior do grupo com 65 anos ou mais, no conjunto da população: Japão, com 27 por cento, Itália, (23%) e Grécia (22%).
Portugal está entre os 17 países com crescimento negativo da população, entre o total analisado, apresentando uma esperança de vida à nascença, entre 2015 e 2020, de 84 anos para as mulheres e de 79 anos para os homens.
O relatório refere ainda que a taxa de fertilidade em Portugal é de 1,2 por cada mulher, a mais baixa entre os países analisados, juntamente com a República da Moldávia e a Bósnia e Herzegovina.
Famílias endividadas poupam menos
Quase metade das famílias portuguesas tinha dívidas no valor médio de quase 50 mil euros, e 30 por cento desses agregados familiares deram a sua habitação principal como garantia dessas dívidas.
Os dados, relativos a 2013, constam do Inquérito à Situação Financeira das Famílias divulgado, dia 26, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A habitação principal tinha um peso dominante (82,4%) na dívida dos agregados familiares, enquanto o peso do valor da dívida associada a hipotecas de outros imóveis era de 10,6 pro cento e o de empréstimos não garantidos por imóveis era de 6,2 por cento.
Ainda segundo dados do INE, revelados dia 31, a poupança das famílias portuguesas voltou a cair em 2015 face ao ano anterior, representando 4,4 por cento do rendimento disponível, um novo mínimo dos últimos 20 anos.
Passadas mais de 24h, ainda é difícil pensar em algo para vos escrever…
Quando comecei a fazer judo, não tinha muita noção de nada. Do quanto teria de treinar, do quão longe podia chegar. Depois começou a crescer em mim uma paixão enorme por este desporto, a competitividade, que sempre tive, fazia o meu coração bater cada vez mais forte, fazia a vontade de ganhar ser cada vez maior. Naturalmente começou a fazer parte do meu ADN, o orgulho em representar o meu país, o nosso país, Portugal.
12 anos depois dos meus primeiros Jogos Olímpicos, 11 medalhas em Europeus e 5 em mundiais, depois, o sonho tornou-se realidade.
Eu tive receio, tive dúvidas, não sabia o que ia acontecer. Terminar a carreira sem a “tal” medalha, era uma possibilidade. O que não era uma possibilidade era desistir de trabalhar para que ela fosse uma realidade.
Trabalhei, não desisti, acreditei, tive receio, fui com receio mesmo, fui também com coragem. Consegui. Primeira medalha olímpica do judo feminino português. História pelo meu país. O meu país… isso era o mais importante de tudo. Não era eu, éramos nós, ali, naquele tapete da Arena Carioca 2.
O que é que eu sinto?
Alegria que não cabe. Se eu consegui, TU também consegues. Não desistam de lutar por aquilo em que acreditam.
Obrigada do fundo do coração a todos os que trabalharam comigo para esta conquista e obrigada pelo carinho de todos. Valeu a pena lutar. Valerá sempre.
Telma Monteiro, no final da conquista da medalha de Bronze, explicou o que sentia ao conseguir este feito inédito.
«Se tinha sido paciente para esperar, hoje tinha de ser o meu dia. Foi um dia de total de superação e não pensei nos outros Jogos Olímpicos anteriores para que não fossem um fantasma», afirmou.
A judoca não escondeu a emoção por ter conseguido a primeira medalha de Portugal no Rio’2016: «Lutei com tudo o que tinha. Os combates foram difíceis, mas estava aqui para fazer história pelo meu País. Dedico a vitória à minha família, ao meu Clube e ao meu treinador».
A judoca defrontou e venceu a neozelandesa Darcina Manuel, 25.ª do ranking mundial, na segunda ronda da categoria -57 kg. Isto porque na primeira ronda, da qual Telma Monteiro ficou isenta, a neozelandesa venceu a russa Irina Zabludina, 23.ª da hierarquia.
Nos quartos de final - no combate com Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, líder mundial da categoria - Telma Monteiro foi eliminada por passividade no Golden Score. A atleta do SL Benfica pode agora ainda ser repescada e lutar pela medalha de Bronze.
No combate de acesso à luta pela medalha de Bronze, Telma Monteiro enfrentou a francesa Automne Pavia. No sétimo encontro entre as duas, a judoca do Sport Lisboa e Benfica venceu por ippon.
Parabéns à Telma Monteiro e ao seu clube, o SL Benfica
Recorde-se que Telma Monteiro, de 30 anos, conquistou ainda, em campeonatos da Europa, cinco medalhas de ouro alcançados em Baku (2015) Chelyabinsk (2012), Tbilissi (2009), Belgrado (2007), Tampere (2006) (estas duas últimas na categoria de -52 kg), uma medalha de prata no currículo (Istambul em 2011) e cinco de bronze (Montpellier - 2014, Budapeste - 2013, Viena-2010, Roterdão-2005 e Bucareste-2004).
No seu palmarés, incluem-se ainda três medalhas de prata (vice-campeã) nos Mundiais de 2007 (Rio de Janeiro) na categoria de -52Kg, 2009 (Roterdão) e 2010 (Tóquio) na categoria de -57Kg, uma de bronze no Mundial de 2005 (Cairo).
Os vídeos são de facto brutais e dizem respeito apenas ao período 2013-2016...
As últimas palavras do último discurso de Martin Luther King:
(...) Well, I don't know what will happen now. We've got some difficult days ahead. But it doesn't matter with me now. Because I've been to the mountaintop. And I don't mind. Like anybody, I would like to live a long life. Longevity has its place. But I'm not concerned about that now. I just want to do God's will. And He's allowed me to go up to the mountain. And I've looked over. And I've seen the promised land. I may not get there with you. But I want you to know tonight, that we, as a people will get to the promised land. And I'm happy, tonight. I'm not worried about anything. I'm not fearing any man. Mine eyes have seen the glory of the coming of the Lord.
Bem, eu não sei o que acontecerá agora. Teremos alguns dias difíceis. Mas, para mim, isso não importa. Porque eu estive no cimo da montanha. E não me importo. Como todos, gostaria de ter uma vida longa. Por que não? Mas não estou preocupado com isso agora. Só quero fazer a vontade de Deus. E Ele permitiu que eu subisse a montanha. E eu vi lá de cima. E vi a terra prometida. Talvez não vos acompanhe até lá. Mas, quero que saibam esta noite que nós, como povo, chegaremos à terra prometida. E estou feliz esta noite. Nada me preocupa. Não temo nenhum homem. Os meus olhos viram a glória da chegada do Senhor.
O PCP endereçou hoje uma mensagem à Federação Portuguesa de Atletismo que abaixo transcrevemos:
«O PCP felicita a Federação Portuguesa de Atletismo, atletas e equipas técnicas pelos brilhantes resultados alcançados, que constituem um reconhecimento ao seu esforço e valor, e um elemento de prestígio para Portugal.
Decorre entre 6 e 10 de julho o Campeonato da Europa de Atletismo, competição que tem como palco Amesterdão, na Holanda.
Destaque nesta jornada inicial para a Medalha de Prata de Ana Dulce Félix nos 10 000 metros. A atleta do SL Benfica realizou uma prova espetacular batendo mesmo por larga escala o seu recorde pessoal, cortando a meta na 2.ª posição com 31.19.03 minutos, a pouco mais de seis segundos da vencedora, a turca Yasemin Can. O pódio completou-se com a norueguesa Karoline Grodval.
Carla Salomé Rocha foi 12.ª classificada na prova.
Parabéns à Ana Dulce Félix e ao seu clube, o SL Benfica